Não podia esquecer esta postagem: desejo aos que me acompanham neste blog um ótimo natal e um feliz 2011. E aos fiéis e perseverantes amigos (as), um natal e ano novo também especial. Desejo a estes muita saúde para que não me abandonem neste ano que está surgindo.
beijos
Carlos Mosquera
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Métodos de comunicação
(...) O filósofo Wittgenstein distinguiu dois métodos de comunicação e representação: "dizer" e "mostrar". Dizer, no sentido de fazer uma proposição, é afirmativo e requer uma estreita associação da estrutura lógica e sintática com o que está sendo afirmado. Mostrar não é afirmativo; apresenta afirmações diretamente, de um modo não simbólico, mas, como Wittgenstein foi obrigado a admitir, não possui uma gramática ou estrutura sintática básica. (Alguns anos depois de o Tractatus de Wittgenstein ter sido publicado, seu amigo Piero Straffa fez um gesto ao estalar os dedos e perguntou: "Qual é a estrutura lógica disso?" Wittgenstein não soube responder.)
Assim como Noam Chomsky revolucionou o estudo da linguagem, Stephen Kosslyn revolucionou o estudo da imagética, e enquanto Wittgenstein escreve sobre "dizer" e "mostrar", Kosslyn fala em modos de representação "descritivos" e "figurativos". Ambos estão disponíveis ao cérebro normal e são complementares, permitindo que usemos ora um, ora outro, e frequentemente os dois juntos (...)
Do livro: O olhar da mente, de Oliver Sacks, 2010.
Assim como Noam Chomsky revolucionou o estudo da linguagem, Stephen Kosslyn revolucionou o estudo da imagética, e enquanto Wittgenstein escreve sobre "dizer" e "mostrar", Kosslyn fala em modos de representação "descritivos" e "figurativos". Ambos estão disponíveis ao cérebro normal e são complementares, permitindo que usemos ora um, ora outro, e frequentemente os dois juntos (...)
Do livro: O olhar da mente, de Oliver Sacks, 2010.
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Dia nacional do cego
Jânio Quadros, no dia 26/07/61, institui o dia 13 de dezembro como DIA NACIONAL DO CEGO.
Essa iniciativa foi decorrente da necessidade em incentivar a integração dos Deficientes Visuais em nosso país.
Salve-os.
Essa iniciativa foi decorrente da necessidade em incentivar a integração dos Deficientes Visuais em nosso país.
Salve-os.
terça-feira, 30 de novembro de 2010
Tropa de Elite 3
Pelo tamanho do sucesso que o Tropa de Elite 2 fez, não tenham dúvidas que em breve aparece o 3. Coincidência ou não as invasões da favela do Alemão e Cruzeiro no rio de Janeiro, mostram como somos aficcionados por uma "maldade." Deixo para os estudiosos da área esta análise, me preocupa apenas a "nossa desilusão" para as outras notícias neste momento. As Assembléias (não é a de Deus) e as Casas dos vereadores se divertem nestas horas, basta dar uma olhadinha para constatar o que estão fazendo. Lógico que alguém ganha com isso.
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
O OLHAR DA MENTE
Acabo de ler uma entrevista do neurologista-escritor, Oliver Sacks, sobre o lançamento do seu novo livo "O olhar da mente", editora Companhia da Letras, R$44,00 (232 págs.), quando ele faz uma analogia da "neovisão" (expressão minha) com uma máquina fotográfica. (...)"o conjunto olho-cérebro está menos para câmera digital e mais para simulador de realidade virtual, usando pistas às vezes enviesadas para construir um modelo do mundo na cabeça de cada pessoa." Só isso basta para correr e comprar o livro.
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Matéria do Jornal Folha de São Paulo - domingo, 21 de dezembro
SERTÃO TEM SURTO DE DOENÇAS GENÉTICAS.
Pesquisadores estão achando moléstias desconhecidas no interior da PB; casamento consanguíneo é a causa.
(...) como relatava a própria mulher, a moléstia era comum na usa cidade natal, Serrinha dos Pintos, no sertão do RN. Silvana dos Santos (bióloga) descobriu no nordeste mais de 70 casos de uma doença até então desconhecida, a síndrome Spoan, que paralisa os membros inferiores e afeta a visão.
Depois de descrever a SPOAN pela primeira vez em artigo científico de 2005, a bióloga encontrou outros problemas genéticos no sertão, causados por um mesmo motivo: o casamento consanguíneo entre primos.
(...) Há médicos que relatam retardo mental em casos de MUCOPOLISSACARIDOSE (doença metabólica causada por deficiência de enzimas), sem avaliar se há mais casos na família e qual é a origem do problema", diz ela.
Pesquisadores estão achando moléstias desconhecidas no interior da PB; casamento consanguíneo é a causa.
(...) como relatava a própria mulher, a moléstia era comum na usa cidade natal, Serrinha dos Pintos, no sertão do RN. Silvana dos Santos (bióloga) descobriu no nordeste mais de 70 casos de uma doença até então desconhecida, a síndrome Spoan, que paralisa os membros inferiores e afeta a visão.
Depois de descrever a SPOAN pela primeira vez em artigo científico de 2005, a bióloga encontrou outros problemas genéticos no sertão, causados por um mesmo motivo: o casamento consanguíneo entre primos.
(...) Há médicos que relatam retardo mental em casos de MUCOPOLISSACARIDOSE (doença metabólica causada por deficiência de enzimas), sem avaliar se há mais casos na família e qual é a origem do problema", diz ela.
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Só para confundir
Cérebro X Filosofia = formação de conceitos e imagens para os cegos (e/ou outras deficiências)
Não é o objetivo aqui explicar em detalhes as minhas alucinações, mas levar com isso novas reflexões.
Começo pelo cérebro: A área tegmentar ventral e o núcleo acumbente, áreas próximas e que mantém um circuito próprio, ajudam os indivíduos, entre outras coisas a receber dos sentidos informações sobre o que está acontecendo com o corpo. Podemos afirmar com isso que, nossos prazeres podem ser modulados pela dopamina que interage diretamente com essas duas áreas cerebrais. São as tais áreas de recompensa do cérebro.
Lembram-se do filósofo HUME? Pois bem, ele afirmava que o conhecimento se processa apenas do que captamos com os nossos sentidos (visão???). Outro filósofo conhecido de todos, KANT, ao contrário de Hume, diria que já existem intuições desde o nascimento, estruturas essas de pensamento que dão significado à percepção sensorial. Em outras palavras, Kant, escreve dizendo que, sem as pecepções sensoriais as informações recebidas pelos sentidos (visão???) não fariam sentido.
Como ficam os cegos? Como ficam as pessoas que não fazem contato direto com este mundo?
Não é o objetivo aqui explicar em detalhes as minhas alucinações, mas levar com isso novas reflexões.
Começo pelo cérebro: A área tegmentar ventral e o núcleo acumbente, áreas próximas e que mantém um circuito próprio, ajudam os indivíduos, entre outras coisas a receber dos sentidos informações sobre o que está acontecendo com o corpo. Podemos afirmar com isso que, nossos prazeres podem ser modulados pela dopamina que interage diretamente com essas duas áreas cerebrais. São as tais áreas de recompensa do cérebro.
Lembram-se do filósofo HUME? Pois bem, ele afirmava que o conhecimento se processa apenas do que captamos com os nossos sentidos (visão???). Outro filósofo conhecido de todos, KANT, ao contrário de Hume, diria que já existem intuições desde o nascimento, estruturas essas de pensamento que dão significado à percepção sensorial. Em outras palavras, Kant, escreve dizendo que, sem as pecepções sensoriais as informações recebidas pelos sentidos (visão???) não fariam sentido.
Como ficam os cegos? Como ficam as pessoas que não fazem contato direto com este mundo?
Desculpas
Fui avisado por uma rara leitora deste blog que a imagem abaixo já foi postada meses atrás.
Mil desculpas e obrigado pela ajuda. Sem você (s) este blog seria repetitivo e mais chato ainda.
inté
Mil desculpas e obrigado pela ajuda. Sem você (s) este blog seria repetitivo e mais chato ainda.
inté
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Imagem corporal dos cegos
Como os cegos veem? Como formam a imagem de si e dos outros? Como os outros sentidos reorganizam-se para formar as imagens. Muita coisa pode ser dita sobre este tema, desde depoimentos pessoais até incursões neurofisiológicas. Inicio a introdução desse assunto pelas revisões de DOLTO, NASIO e SCHILDER, 1999.
> Tato = pode ser usado para reconhecimento do corpo
> Informações culturais = importância do meio para ajudar a formar conceitos
> Atividade física como referência = tõnus corporal informa a tensão exercida pelo corpo
> Tamanho das roupas = grande ou pequenas, sempre estão associados ao tamanho do corpo
> Informações sobre o peso e altura = dimensões corporais podem ser usadas para comparações, assim, o tema pode ser usado como referência.
> Tato = pode ser usado para reconhecimento do corpo
> Informações culturais = importância do meio para ajudar a formar conceitos
> Atividade física como referência = tõnus corporal informa a tensão exercida pelo corpo
> Tamanho das roupas = grande ou pequenas, sempre estão associados ao tamanho do corpo
> Informações sobre o peso e altura = dimensões corporais podem ser usadas para comparações, assim, o tema pode ser usado como referência.
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
domingo, 7 de novembro de 2010
Parabéns
Parabéns aos organizadores do IV CBEE - Congresso Brasileiro de Educação Especial, realizado em São Carlos/SP nesta semana.
Organizem-se para o V CBEE.
Organizem-se para o V CBEE.
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Presentes que quero ganhar sempre
Participei nesta semana do 1º Fórum de Educação, organizado pela editora IBPEX, um dia repleto de temas sobre Educação Especial. Além de encontrar "velhos" e bons amigos, como também ex-alunos, recebi de lembrança e com muita honra, dois livros: Educação Especial, pesquisa e prática, da colega e professora Regiane Banzzatto Bergamo. Ainda não li mas, um tema que estava faltando no mercado. O segundo presente foi "Deficiência Motora, intervenções no ambiente escolar" da também colega Jocian Machado Bueno. Só pelo título percebe-se o quanto este material pode ser útil em nossas escolas ditas inclusivas.
Como livro a gente não ganha sempre, prometo "devorá-los" e em seguida comento-os.
Como livro a gente não ganha sempre, prometo "devorá-los" e em seguida comento-os.
LOUCURA É DELÍRIO
(...) Segundo Foucault, a essência da loucura é o delírio, quando o discurso descola do real. Foucault argumenta fortemente que esta á a definição de loucura: uma verbalização de que o sujeito está descolado da realidade. Não envolve conceitos como alucinação ou violência, e, sim, uma definição pelo discurso: delírio é loucura. Seu argumento é histórico, foi assim que as pessoas foram sendo primeiro segregadas, depois separadas, depois institucionalizadasm PELO DISCURSO. Essa premissa, base de grande parte do que vem depois em sua obra, é assustadora e dá o tom amedrontador ao trabalho de Foucault.
A causa da institucionalização das pessoas por loucura sempre foi o discurso, e não os atos.
Delírio é uma palavra de origem latina: "de" quer dizer descolado da, desgrudado da, como o prefixo "de" é usado línguas modernas. "Lira" são aquelas reentrâncias que existem em galhos grossos de árvores grandes, frondosas, onde pássaros pequenos fazem seus ninhos.
(...) Estar fora da casinha, então, significa delirar.
Do livro FORA DA CASINHA de Paulo Rogério Bittencourt
Uma análise histórica da loucura através dos séculos
2ª edição
A causa da institucionalização das pessoas por loucura sempre foi o discurso, e não os atos.
Delírio é uma palavra de origem latina: "de" quer dizer descolado da, desgrudado da, como o prefixo "de" é usado línguas modernas. "Lira" são aquelas reentrâncias que existem em galhos grossos de árvores grandes, frondosas, onde pássaros pequenos fazem seus ninhos.
(...) Estar fora da casinha, então, significa delirar.
Do livro FORA DA CASINHA de Paulo Rogério Bittencourt
Uma análise histórica da loucura através dos séculos
2ª edição
O corpo, espelho partido da história - Evgen Bavcar
"O essencial é visto pelo coração”, dizia Saint-Éxupéry.
Também se torna visível pelo meu sonho de uma nova Antígona que não seja somente a que nos propõem as imagens visuais.
O olhar aproximado dos deficientes da vista possibilita a percepção material do substrato do mundo e do nosso corpo, ainda que seja no espelho velado da visão do cego.
Este reflexo não representa perigo de suicídio pela identificação absoluta do sujeito com o objeto, isto é, daquele que olha e daquele que vê e se sabe insubstituível na sua presença corporal.
Referindo-me aos intérpretes gregos do oráculo, sustento que a palavra do corpo ferido do cego pode portar nela uma força redentora e evidenciar o conteúdo abstrato e mentiroso das realidades virtuais que ficam sem volume nem consistência perceptíveis pelo nosso corpo.
Para mim, a única possibilidade de me assegurar da existência é um corpo-a-corpo permanente do objeto da percepção com o sujeito que percebe.
Na minha qualidade de fotógrafo, tento considerar a câmara escura como espaço infinito em que as imagens podem surgir.
Também nossa terra é uma câmara escura onde os astrofísicos podem às vezes observar as estrelas diretamente, mas no mais das vezes às cegas, com a ajuda de instrumentos e da imaginação, conforme observa o astrofísico Peter Von Balmoos.
‘A obscuridade do momento vivido” não diz respeito somente aos cegos, mas a toda a humanidade em busca do infinito.
Também se torna visível pelo meu sonho de uma nova Antígona que não seja somente a que nos propõem as imagens visuais.
O olhar aproximado dos deficientes da vista possibilita a percepção material do substrato do mundo e do nosso corpo, ainda que seja no espelho velado da visão do cego.
Este reflexo não representa perigo de suicídio pela identificação absoluta do sujeito com o objeto, isto é, daquele que olha e daquele que vê e se sabe insubstituível na sua presença corporal.
Referindo-me aos intérpretes gregos do oráculo, sustento que a palavra do corpo ferido do cego pode portar nela uma força redentora e evidenciar o conteúdo abstrato e mentiroso das realidades virtuais que ficam sem volume nem consistência perceptíveis pelo nosso corpo.
Para mim, a única possibilidade de me assegurar da existência é um corpo-a-corpo permanente do objeto da percepção com o sujeito que percebe.
Na minha qualidade de fotógrafo, tento considerar a câmara escura como espaço infinito em que as imagens podem surgir.
Também nossa terra é uma câmara escura onde os astrofísicos podem às vezes observar as estrelas diretamente, mas no mais das vezes às cegas, com a ajuda de instrumentos e da imaginação, conforme observa o astrofísico Peter Von Balmoos.
‘A obscuridade do momento vivido” não diz respeito somente aos cegos, mas a toda a humanidade em busca do infinito.
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
Ponto cego
Gostaria de compartilhar algumas reflexões sobre a biofilosofia da percepção visual orientado pelo autor Philippe Meyer (O olho e o cérebro). Necessário estas discussões para que possamos compreender a educação com um "novo olhar". Podemos iniciar a reflexão discutindo como o cérebro interpreta o que os olhos captam das informações do meio. Acho que nossos "cérebros" estão preparados em parte para responder todas as necessidades. Só conseguimos responder o que enxergamos quando temos as informações anteriores armazenadas, caso contrário, não conseguimos identificar o que vemos. E o ponto cego? Edme Mariotte, físico amador residente em Dijon, comunicou em 1666 à Academia de Ciências as suas Observações sobre o órgão da visão, pelos quais demonstrava a existência de um ponto cego no campo visual. E o que isso tem a ver com a educação? As descobertas, segundo Philippe, demonstram que, ao lado do conhecimento explícito, há lugar para um conhecimento implícito. Isto devido a tal PONTO CEGO, ou seja, um olhar não desejado, uma tomada de consciência não intencional do meio ambiente (p.77). Esse conhecimento implícito (do "olhar" do ponto cego) que é automático, corre o risco, da mesma forma que uma sensação percebida, de entrar nos ARQUIVOS da memória e de deixar uma RASTRO ulteriormente recuperável.
o autor ainda informa, sobre os nossos "pontos cegos" que existe uma síndrome similar à da visão cega relacionada com o tato. Chamada por essa razão de "tato cego" (blind touch).
Isso tudo pode fazer-nos pensar que, muitas coisas que vemos e não percebemos podem um dia ser usado para novas percepções e outras, que achamos que "vemos", nunca serão decodificadas pois não foram processadas organizadamente em nosso cérebro. por isso existe a diferença básica entre ver e enxergar.
o autor ainda informa, sobre os nossos "pontos cegos" que existe uma síndrome similar à da visão cega relacionada com o tato. Chamada por essa razão de "tato cego" (blind touch).
Isso tudo pode fazer-nos pensar que, muitas coisas que vemos e não percebemos podem um dia ser usado para novas percepções e outras, que achamos que "vemos", nunca serão decodificadas pois não foram processadas organizadamente em nosso cérebro. por isso existe a diferença básica entre ver e enxergar.
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
O nascimento de uma pedagogia especial
Em 1873, D. Antônio da Costa (1900, p. 155) fa uma viagem ao Minho para mostrar num 4º capítulo como funciona a Escola de surdos-mudos em Guimarães. Descreve uma "casa do estudo mais parece uma oficina: machinas, instrumentos, collecções de dinheiro, quadros intuituvos, tudo ali está" (p.49). Aí, tudo era baseado nas lições das coisas e destinado a deenvolver capacidades profissionais. Mostra-nos uma instituição modelar onde há o padre Aguilar, que usa de muit amor e de muito empenho para elevar o nível do sucesso escolar. Faz-nos lembrar Pestalozzi e Froebel, já que educa os deficientes auditivos segundo "os grandes princípios do ensino pela alegria e pelo coração"(p.47). Conta-nos depois que no ano de 1823, talvez como consequência da revolução liberal, o ensino dos surdos-mudos iniciou-se com o sueco Pedro Bory, com o governo a dotar a sua escola com 4600$000 réis. Em 1828, Bory foge de Portugal aterrado com os acontecimentos políticos. Também em 1832, o subdirector dessa escola, Chrispim da Cunha, é encarcerado por suspeitas de ser constitucional. Logo em 1834, de facto, poupava-se radicalmente na educação dos surdos-mudos. Deixava de haver escola (COSTA, 1900, p.50). A escola de surdos-mudos do Padre Aguilar em Guimarães era a única que exista em Portugal. (...)
O ensino dos anormaes - preocupações em Coimbra e em Portugal no início do século XX
Aires Antunes Diniz
In: Educar em Revista, n. 23/2004 Editora UFPR
O ensino dos anormaes - preocupações em Coimbra e em Portugal no início do século XX
Aires Antunes Diniz
In: Educar em Revista, n. 23/2004 Editora UFPR
terça-feira, 12 de outubro de 2010
Surdocegueira: Classificação de acordo com a intensidade das perdas
> Surdocegueira total;
> Surdez profunda com resíduo visual;
> Surdez moderada ou leve com cegueira;
> Surdez moderada com resíduo visual;
> Perdas leves, tanto auditivas quanto visuais;
TIPOS
> Cegueira congênita e surdez adquiridas;
> Cegueira e surdez adquiridas;
> Surdez congênita e cegueira adquiridas;
> Baixa visão com surdez congênita ou adquirida;
> Cegueira e surdez congênitas.
> Surdez profunda com resíduo visual;
> Surdez moderada ou leve com cegueira;
> Surdez moderada com resíduo visual;
> Perdas leves, tanto auditivas quanto visuais;
TIPOS
> Cegueira congênita e surdez adquiridas;
> Cegueira e surdez adquiridas;
> Surdez congênita e cegueira adquiridas;
> Baixa visão com surdez congênita ou adquirida;
> Cegueira e surdez congênitas.
terça-feira, 5 de outubro de 2010
Síndrome do X-frágil
Acho que o trecho a seguir do livro O CÉREBRO EM TRANSFORMAÇÃO de Suzana Herculano-Houzel, tem uma referência muito grande com o assunto da matéria que está logo abaixo (neurônios-espelho).
(...) Ao nascer - e ao longo dos primeiros anos de vida, enquanto mais matéria-prima sináptica é adicionada a ele -, o cérebro é como um bloco de pedra bruta que contém em si todas as esculturas possíveis. Esse cérebro é capaz de aprender russo, alemão, chinês (e ainda bem, pois não tinha como adivinhar em que país nasceria!), tornar-se concertista, operário, professor ou atleta olímpico. No que ele se tornará, depende do cinzel empunhado pela vida, pelo ambiente, pelas escolhas que o próprio cérebro vai fazendo no caminho. É o bloco esculpido - e não o bruto, cheio de possibilidades, mas ainda bruto - que permite as habilidades refinadas do adulto.
E como na escultura, se a eliminação das sobras de matéria-prima é incompleta, o resultado final fica comprometido: uma das características de várias formas de retardo mental, como a síndrome do X-frágil, são falhas no mecanismo de eliminação sináptica durante a infância e a adolescência. Com sinapses demais e sem conseguir livrar-se delas, o cérebro fica congelado na infância - no seu estado de bloco de mármore cheio de possibilidades, mas incapaz de realizá-las.(...)
(pg. 68)
(...) Ao nascer - e ao longo dos primeiros anos de vida, enquanto mais matéria-prima sináptica é adicionada a ele -, o cérebro é como um bloco de pedra bruta que contém em si todas as esculturas possíveis. Esse cérebro é capaz de aprender russo, alemão, chinês (e ainda bem, pois não tinha como adivinhar em que país nasceria!), tornar-se concertista, operário, professor ou atleta olímpico. No que ele se tornará, depende do cinzel empunhado pela vida, pelo ambiente, pelas escolhas que o próprio cérebro vai fazendo no caminho. É o bloco esculpido - e não o bruto, cheio de possibilidades, mas ainda bruto - que permite as habilidades refinadas do adulto.
E como na escultura, se a eliminação das sobras de matéria-prima é incompleta, o resultado final fica comprometido: uma das características de várias formas de retardo mental, como a síndrome do X-frágil, são falhas no mecanismo de eliminação sináptica durante a infância e a adolescência. Com sinapses demais e sem conseguir livrar-se delas, o cérebro fica congelado na infância - no seu estado de bloco de mármore cheio de possibilidades, mas incapaz de realizá-las.(...)
(pg. 68)
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
Neurônios - Espelho
Espero que ainda não tenha publicado, neste espaço, nada sobre os neurônios-espelho, caso contrário, raro leitor, me perdoem.
É uma descoberta muito recente, coisa de uns dez anos, descoberta por dois cientistas Italianos quando pesquisavam outros temas, usando macacos como cobaias. Devido à esta descoberta, muitos estudos científicos relacionados à emoções e movimentos estão hoje em dia sendo refeitos. A educação também vai precisar rever alguns dos seus conceitos. Com o andamento das pesquisas sobre neurônios-espelho, acredita-se que as relações sobre sensações e intenções também estejam relacionadas aos neurônios da imitação. Este estudo mostra que nascemos e crescemos imitando, que aprendemos pela imitação e, se isso não acontecer, as sequelas são devastadoras. Pode-se imaginar que as crianças autistas, alguns deficientes intelectuais e outros devam ter falhas no aproveitamento dessas células.
Também parece que estes neurônios também operam no córtex somatossensorial, a área que registra o tato. Os exemplos dos mais velhos para as crianças em crescimento devem ser "modelos", caso contrário, o cérebro vai "imitar".
É uma descoberta muito recente, coisa de uns dez anos, descoberta por dois cientistas Italianos quando pesquisavam outros temas, usando macacos como cobaias. Devido à esta descoberta, muitos estudos científicos relacionados à emoções e movimentos estão hoje em dia sendo refeitos. A educação também vai precisar rever alguns dos seus conceitos. Com o andamento das pesquisas sobre neurônios-espelho, acredita-se que as relações sobre sensações e intenções também estejam relacionadas aos neurônios da imitação. Este estudo mostra que nascemos e crescemos imitando, que aprendemos pela imitação e, se isso não acontecer, as sequelas são devastadoras. Pode-se imaginar que as crianças autistas, alguns deficientes intelectuais e outros devam ter falhas no aproveitamento dessas células.
Também parece que estes neurônios também operam no córtex somatossensorial, a área que registra o tato. Os exemplos dos mais velhos para as crianças em crescimento devem ser "modelos", caso contrário, o cérebro vai "imitar".
domingo, 26 de setembro de 2010
Fernando Pessoa
Se a nossa vida é provisória,
que seja linda e louca nossa história,
pois o valor das coisas
não está no tempo que elas duram,
mas na intensidade com que acontecem.
Por isso existem momentos inesquecíveis
e pessoas incomparáveis.
que seja linda e louca nossa história,
pois o valor das coisas
não está no tempo que elas duram,
mas na intensidade com que acontecem.
Por isso existem momentos inesquecíveis
e pessoas incomparáveis.
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Crianças e Aprendizagem
No decorrer destes últimos séculos, principalmente no último, as crianças foram compreendidas como tábula rasa, ou seja, nasciam como uma folha em branco. Muito tempo esta teoria foi aceita pela ciência, as experiências eram fundamentais para que as pessoas pudessem aprender. Acreditava-se, ainda há setores da população que acreditam nisso, que os primeiros meses de vida, pelo fato da criança ser muito passiva, elas não aprendiam nada. Como a ciência também evolui, descobriu-se que, a mente das crianças são ativas, mesmo aparentemente elas apresentarem um comportamento passivo - passam muito tempo dormindo.
No início do século passado aparece para o mundo Jean Piaget, com suas teorias das Estruturas Cognitivas Complexas. Piaget observou e confirmou dados imprtantes dos bebês: as representações de objetos, espaço, tempo, causalidade e personalidade que ocorriam nos dois primeiros anos de vida. Além disso, concluiu que o mundo dos bebês é uma fusão egocêntrica dos mundos interir e exterior.
No outro lado do mundo e na mesma época, outro gênio da psicologia já destilava seuas teorias: Vigotsky
Em outro momento, escrevo sobre as teoras de Vigotsky
No início do século passado aparece para o mundo Jean Piaget, com suas teorias das Estruturas Cognitivas Complexas. Piaget observou e confirmou dados imprtantes dos bebês: as representações de objetos, espaço, tempo, causalidade e personalidade que ocorriam nos dois primeiros anos de vida. Além disso, concluiu que o mundo dos bebês é uma fusão egocêntrica dos mundos interir e exterior.
No outro lado do mundo e na mesma época, outro gênio da psicologia já destilava seuas teorias: Vigotsky
Em outro momento, escrevo sobre as teoras de Vigotsky
domingo, 19 de setembro de 2010
Referência
Boa leitura.
INCLUSÃO: uma questão, também, de visão. O aluno cego na escola comum.
Autora: Luzia Guacira dos Santos Silva
Editora UFPB, 2008
"O texto com que a autora nos brinda neste livro não é, apenas, um relato de um processo de aprendizagem, ou uma demonstração do uso de estratégias de ensino utilizadas com uma criança cega; ele retrata uma experiência profissional bem sucedida junto a uma criança cega em contínuo crescimento e expansão, numa constante superação de si mesma "(...).
INCLUSÃO: uma questão, também, de visão. O aluno cego na escola comum.
Autora: Luzia Guacira dos Santos Silva
Editora UFPB, 2008
"O texto com que a autora nos brinda neste livro não é, apenas, um relato de um processo de aprendizagem, ou uma demonstração do uso de estratégias de ensino utilizadas com uma criança cega; ele retrata uma experiência profissional bem sucedida junto a uma criança cega em contínuo crescimento e expansão, numa constante superação de si mesma "(...).
Livros falados
Repassando.
A Audioteca Sal e Luz é uma instituição filantrópica, sem fins lucrativos, que produz e empresta livros falados (audiolivros). Mas o que seria isto? São livros que alcançam cegos e deficientes visuais (inclusive os com dificuldade de visão pela idade avançada), de forma totalmente gratuita.
Seu acervo conta com mais de 2.700 títulos, que vão desde literatura em geral, passando por textos religiosos até textos e provas corrigidas voltadas para concursos públicos em geral. São emprestados sob a forma de fita K7, CD ou MP3.
Para ter acesso ao nosso acervo, basta se associar na nossa sede, que fica situada à Rua Primeiro de Março, 125- Centro.RJ. Não precisa ser morador do Rio de Janeiro.
A outra opção foi uma alternativa que se criou, face à dificuldade de locomoção dos deficientes na nossa cidade. Eles podem solicitar o livro pelo telefone, escolhendo o título pelo site, e enviaremos gratuitamente pelos Correios.
A nossa maior preocupação reside no fato que, apesar do governo estar ajudando imensamente, é preciso apresentar resultados. Precisamos atingir um número significativo de associados, que realmente contemplem o trabalho, senão ele irá se extinguir e os deficientes não poderão desfrutar da magia da leitura. Só quem tem o prazer na leitura, sabe dizer que é impossível imaginar o mundo sem os livros...
A Audioteca não precisa de dinheiro, mas de DIVULGAÇÃO!!
Audioteca Sal e Luz.
Rua Primeiro de Março, 125- 7º Andar. Centro - RJ. CEP 20010-000
Fone: (21) 2233-8007
Horário de atendimento: 08:00 às 16:00 horas
http://audioteca.org.br/noticias.htm
A Audioteca Sal e Luz é uma instituição filantrópica, sem fins lucrativos, que produz e empresta livros falados (audiolivros). Mas o que seria isto? São livros que alcançam cegos e deficientes visuais (inclusive os com dificuldade de visão pela idade avançada), de forma totalmente gratuita.
Seu acervo conta com mais de 2.700 títulos, que vão desde literatura em geral, passando por textos religiosos até textos e provas corrigidas voltadas para concursos públicos em geral. São emprestados sob a forma de fita K7, CD ou MP3.
Para ter acesso ao nosso acervo, basta se associar na nossa sede, que fica situada à Rua Primeiro de Março, 125- Centro.RJ. Não precisa ser morador do Rio de Janeiro.
A outra opção foi uma alternativa que se criou, face à dificuldade de locomoção dos deficientes na nossa cidade. Eles podem solicitar o livro pelo telefone, escolhendo o título pelo site, e enviaremos gratuitamente pelos Correios.
A nossa maior preocupação reside no fato que, apesar do governo estar ajudando imensamente, é preciso apresentar resultados. Precisamos atingir um número significativo de associados, que realmente contemplem o trabalho, senão ele irá se extinguir e os deficientes não poderão desfrutar da magia da leitura. Só quem tem o prazer na leitura, sabe dizer que é impossível imaginar o mundo sem os livros...
A Audioteca não precisa de dinheiro, mas de DIVULGAÇÃO!!
Audioteca Sal e Luz.
Rua Primeiro de Março, 125- 7º Andar. Centro - RJ. CEP 20010-000
Fone: (21) 2233-8007
Horário de atendimento: 08:00 às 16:00 horas
http://audioteca.org.br/noticias.htm
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Pesticidas aumetam TDAH em crianças e jovens
Há anos diversos estudos apontam a exposição a pesticidas organofosforados - compostos orgânicos à base de fóforo -, ainda em uso na agricultura, como um importante fator de risco para o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) em crianças que vivem na zona rural. Um novo estudo feito por cientistas das Universidades de Harvard, nos EUA, e de Montreal, no Canadá, com 1.139 crianças de diversas cidades americanas, traz evidências de que essa associação é forte também no ambiente urbano. Os pesquisadores analisaram a concentração de metabólitos de pesticidas organofosforados mais comuns na urina de crianças de 8 a 15 anos entre 2000 e 2004. Para um desses metabólitos, níveis mais altos que a concentração média das detectáveis se associram a um risco duas vezes maior de diagnóstico de TDAH. Publicado na revista Pediatrics, a pesquisa é um alerta sobre a constante e difusa presença de pesticidas no cotidiano, mesmo de quem vive nos grandes centros. Essas substâncias chegam à mesa por meio dos alimentos e da água, sobrevivem por anos no ambiente e têm efeitos biológicos de longo prazo, afetando principalmente o sistema nervoso e o endócrino.
Revista Mente e Cérebro, n.212, set. 2010, p. 23
Revista Mente e Cérebro, n.212, set. 2010, p. 23
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
O ENTERRADO VIVO
É sempre no passado aquele orgasmo,
é sempre no presente aquele duplo,
é sempre no futuro aquele pânico
É sempre no meu peito aquela garra.
É sempre no meu tédio aquele aceno.
É sempre no meu sono aquela guerra.
É sempre no meu trato o amplo distrato.
Sempre na minha firma a antiga fúria.
Sempre no mesmo engano o outro retrato.
É sempre nos meus pulos o limite.
É sempre nos meus lábios a estampilha.
É sempre no meu não aquele trauma.
Sempre no meu amor a noite rompe.
Sempre dentro de mim meu inimigo.
E sempre no meu sempre a mesma ausência.
Carlos Drummond de Andrade
é sempre no presente aquele duplo,
é sempre no futuro aquele pânico
É sempre no meu peito aquela garra.
É sempre no meu tédio aquele aceno.
É sempre no meu sono aquela guerra.
É sempre no meu trato o amplo distrato.
Sempre na minha firma a antiga fúria.
Sempre no mesmo engano o outro retrato.
É sempre nos meus pulos o limite.
É sempre nos meus lábios a estampilha.
É sempre no meu não aquele trauma.
Sempre no meu amor a noite rompe.
Sempre dentro de mim meu inimigo.
E sempre no meu sempre a mesma ausência.
Carlos Drummond de Andrade
Lembranças e Tempo
(...)"No decorrer da evolução, os seres humanos desenvolveram um relógio biológico ajustado a esse ritmo alternado de claridade e escuridão. Esse relógio, localizado no hipotálamo do cérebro, governa o que denomino TEMPO CORPORAL.
Mas há um outro tipo totalmente diverso de tempo. O TEMPO MENTAL diz respeito à maneira como experimentamos a passagem do tempo e como organizamos nossa cronologia. Apesar do tiquetaque constante do relógio, a passagem do tempo pode parecer rápida ou lenta, curta ou longa. E essa variabilidade pode ocorrer em diferentes escalas, de décadas, estações, semanas e horas, até minúsculos intervalos musicais - como a duração de uma nota ou o momento de silêncio entre duas notas. Nós também situamos os eventos no tempo, decidindo quando eles ocorreram, em ordem e em escala, se na escala de uma vida inteira ou de apenas alguns segundos.
Não sabemos como o tempo mental se relaciona com o relógio biológico do tempo corporal. Também não sabemos se o tempo mental depende de algum mecanismo de registro temporal ainda desconhecido, ou se a nossa percepção de duração e sequência dos eventos se baseia principalmente, ou exclusivamente, em processamento de informações. Se esta for a alternativa verdadeira, o tempo mental deve ser determinado pela atenção que dispensamos aos eventos e às EMOÇÕES QUE SENTIMOS quando eles ocorrem. O tempo mental deve ser também influenciado pela maneira como registramos esses eventos e pelas inferências que fazemos ao percebê-los e recordá-los."
Antonio Damásio
Revista Scientific American - Brasil (Em busca da consciência, n. 40)
Mas há um outro tipo totalmente diverso de tempo. O TEMPO MENTAL diz respeito à maneira como experimentamos a passagem do tempo e como organizamos nossa cronologia. Apesar do tiquetaque constante do relógio, a passagem do tempo pode parecer rápida ou lenta, curta ou longa. E essa variabilidade pode ocorrer em diferentes escalas, de décadas, estações, semanas e horas, até minúsculos intervalos musicais - como a duração de uma nota ou o momento de silêncio entre duas notas. Nós também situamos os eventos no tempo, decidindo quando eles ocorreram, em ordem e em escala, se na escala de uma vida inteira ou de apenas alguns segundos.
Não sabemos como o tempo mental se relaciona com o relógio biológico do tempo corporal. Também não sabemos se o tempo mental depende de algum mecanismo de registro temporal ainda desconhecido, ou se a nossa percepção de duração e sequência dos eventos se baseia principalmente, ou exclusivamente, em processamento de informações. Se esta for a alternativa verdadeira, o tempo mental deve ser determinado pela atenção que dispensamos aos eventos e às EMOÇÕES QUE SENTIMOS quando eles ocorrem. O tempo mental deve ser também influenciado pela maneira como registramos esses eventos e pelas inferências que fazemos ao percebê-los e recordá-los."
Antonio Damásio
Revista Scientific American - Brasil (Em busca da consciência, n. 40)
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
Até breve, DORINA NOWILL
Há muitos anos tive o prazer de conhecer a Dna. Dorina, como me apresentaram. Na ocasião ficou encantada com o trabalho que eu realizava com "Judô para cegos" e eu, impávido, dizendo que era eu que estava encantado em conhecê-la. Não a vi mais depois daquele encontro, somente torcia para que ela e a sua "Fundação Dorina Nowill para Cegos" continuasse a ser o que era, uma grande representação de cegos no Brasil e na América Latina.
Nasceu em 1919, a cegueira alcançou-a aos 17 anos. Depois de todas as dificuldades encontradas na vida por ser cega, em 1946, criou a Fundação. Deixou-nos ontem (dia 29/08/2010), são 91 anos de lutas, entre elas, pela própria sobrevivência, mais acredito que, a mais difícil ela conseguiu mostrar para todos nós, criar uma Fundação no Brasil para auxiliar as pessoas cegas.
Que continue iluminada, como sempre foi.
Nasceu em 1919, a cegueira alcançou-a aos 17 anos. Depois de todas as dificuldades encontradas na vida por ser cega, em 1946, criou a Fundação. Deixou-nos ontem (dia 29/08/2010), são 91 anos de lutas, entre elas, pela própria sobrevivência, mais acredito que, a mais difícil ela conseguiu mostrar para todos nós, criar uma Fundação no Brasil para auxiliar as pessoas cegas.
Que continue iluminada, como sempre foi.
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP)
Conceitos esses que usamos em casa, nas escolas, nas aprendizagens em geral mas, nem sempre sabemos como defini-lo. Para ajudar em nossas práticas, sejam elas na Educação Especial ou mesmo na Escola Regular, a compreensão de alguns conceitos de aprendizagens são fundamentais. Alguns parecendo-se muito estáticos, sem uma lógica para a dinâmica que é a educação dos nossos dias, outros, talvez mais próximos do nosso cotidiano. Começo por ZDP, muito discutido em nossas escolas.
"Um primeiro conceito é o desenvolvido por Vygotsky, que poderia ser enunciado como a distância que existe entre as capacidades, conhecimentos e realizações da criança quando resolve um problema ou realiza uma tarefa por si mesma e sem ajuda, ao que denomina zona de desenvolvimento atual (ZDA), e o que é capaz de realizar com orientação, ajuda ou apoio do adulto."
"Como a zona de desenvolvimento proximal ou potencial não é algo estático, não é algo que a criança "possui", como se cria, e quais são seus limites? A zona de desenvolvimento proximal cria-se e amplia-se sem limites em função do PROCESSOS INTERATIVOS que se estabelecem entre a mãe e a criança, entre os pais e a criança, entre umas crianças e outros com distintos níveis de capacidade, entre o aluno e o professor. A zona de desenvolvimento proximal cria-se num entorno social que possibilita a realização de atividades de ensino-aprendizagem. Bruner fala que o desenvolvimento da criança depende dos andaimes que lhe proporcionam as ajudas, guias, orientações do entorno social."
Manual de dificuldades de aprendizagem. Linguagem, leitura, escrita e matemática.
Jesus Nicasio García
"Um primeiro conceito é o desenvolvido por Vygotsky, que poderia ser enunciado como a distância que existe entre as capacidades, conhecimentos e realizações da criança quando resolve um problema ou realiza uma tarefa por si mesma e sem ajuda, ao que denomina zona de desenvolvimento atual (ZDA), e o que é capaz de realizar com orientação, ajuda ou apoio do adulto."
"Como a zona de desenvolvimento proximal ou potencial não é algo estático, não é algo que a criança "possui", como se cria, e quais são seus limites? A zona de desenvolvimento proximal cria-se e amplia-se sem limites em função do PROCESSOS INTERATIVOS que se estabelecem entre a mãe e a criança, entre os pais e a criança, entre umas crianças e outros com distintos níveis de capacidade, entre o aluno e o professor. A zona de desenvolvimento proximal cria-se num entorno social que possibilita a realização de atividades de ensino-aprendizagem. Bruner fala que o desenvolvimento da criança depende dos andaimes que lhe proporcionam as ajudas, guias, orientações do entorno social."
Manual de dificuldades de aprendizagem. Linguagem, leitura, escrita e matemática.
Jesus Nicasio García
Faça amigos
"Faça amigos na dor e você nunca estará sozinho"
Ken Chlouber, minerador do Colorado (EUA) e criador da prova Leadville Trail 100
Ken Chlouber, minerador do Colorado (EUA) e criador da prova Leadville Trail 100
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Estudo mostra preconceito contra crianças estrábicas
Matéria da Folha de São Paulo, 19 de agosto de 2010:
Um olho prestando atenção no gato, outro no peixe da frigideira. Ser vesgo não é só ter de ouvir piadas como essa, mas sofrer preconceito na hora de conseguir um emprego ou um parceiro.
O grupo que já demonstrara esses efeitos sociais do estrabismo agora relata que a criança estrábica tem menos chances de ser convidada para festinhas de aniversário.
Segundo Stefania Margherita Mojon-Azzi, Andrea Kunz e Daniel Stéphane Mojon, o precoceito contra crianças estrábicas aparece já em torno dos seis anos.
A equipe recrutou para o estudo 118 crianças de três a 12 anos que eram pacientes de uma clínica de oftalmologia em Saint Gallen, Suíça; nenhuma era estrábica.
Os pesquisadores usaram fotos de crianças que seriam ou não convidadas para a suposta festa. A mesma foto era alterada para criar um "gêmeo" estrábico. Um dos "gêmeos" era esotrópico (vesgo como o olho para fora), outro era endotrópico (vesgo com o olho para dentro).
Havia um conjunto de fotos de um garoto e outro de uma menina, um total de seis fotos. A cor da camiseta também era modificada na foto.
Cada criança tinha que escolher quatro vezes, ou seja, poderia convidar um estrábico de zero a quatro vezes. Entre 48 crianças com idade entre seis e oito anos, nada menos que 18 não convidariam nenhum vesgo; 17 escolheram só uma vez, 11 o fizeram duas vezes e apenas duas escolheram três vezes. Nenhuma escolheu o estrábico as quatro vezes.
Um olho prestando atenção no gato, outro no peixe da frigideira. Ser vesgo não é só ter de ouvir piadas como essa, mas sofrer preconceito na hora de conseguir um emprego ou um parceiro.
O grupo que já demonstrara esses efeitos sociais do estrabismo agora relata que a criança estrábica tem menos chances de ser convidada para festinhas de aniversário.
Segundo Stefania Margherita Mojon-Azzi, Andrea Kunz e Daniel Stéphane Mojon, o precoceito contra crianças estrábicas aparece já em torno dos seis anos.
A equipe recrutou para o estudo 118 crianças de três a 12 anos que eram pacientes de uma clínica de oftalmologia em Saint Gallen, Suíça; nenhuma era estrábica.
Os pesquisadores usaram fotos de crianças que seriam ou não convidadas para a suposta festa. A mesma foto era alterada para criar um "gêmeo" estrábico. Um dos "gêmeos" era esotrópico (vesgo como o olho para fora), outro era endotrópico (vesgo com o olho para dentro).
Havia um conjunto de fotos de um garoto e outro de uma menina, um total de seis fotos. A cor da camiseta também era modificada na foto.
Cada criança tinha que escolher quatro vezes, ou seja, poderia convidar um estrábico de zero a quatro vezes. Entre 48 crianças com idade entre seis e oito anos, nada menos que 18 não convidariam nenhum vesgo; 17 escolheram só uma vez, 11 o fizeram duas vezes e apenas duas escolheram três vezes. Nenhuma escolheu o estrábico as quatro vezes.
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Sapos, experiências e sistema nervoso
Relato agora um trecho do livro "A árvore do conhecimento" do Humberto Maturana e Francisco Varela, nesta experiência, os autores mostram como nosso sistema nervoso se impõe graças as conectividades, o mundo ao redor é apenas um cenário. A visão mais uma vez é a mair prova disso. Criamos o "nosso" mundo graças as nossas conveniências cerebrais. A experiência é feita com sapos. Vamos "escutar" os autores.
(...) Toma-se um girino, ou larva de sapo, corta-se a borda de seu olho - respeitando o nervo óptico - e faz-se com ele um giro de 180 graus. Deixa-se que o animal assim operado complete seu desenvolvimento larvar e sua metamorfose, até que se transforme num adulto. Toma-se agora o sapo experimental e, com o cuidado de cobrir o olho virado, mostra-se a ele uma MINHOCA. A língua se projeta para adiante e acerta perfeitamente o alvo. Repetimos o experimento, dessa vez cobrindo o olho normal. E verificamos que o animal lança a língua com um desvio de exatamente 180 graus. Ou seja, se a presa está abaixo do animal ou à sua frente, como seus olhos apontam um pouco para o lado ele gira e projeta a língua para cima e para trás. O animal atira sua língua como se a zona da retina onde se forma a imagem da presa estivesse em sua posição normal.
Esse experimento revela, DE FORMA DRAMÁTICA, que para o animal o acima e o abixo e o adiante e o atrás NÃO EXISTEM em relação ao mundo exterior, do mesmo modo que existem para o observador. O que há é uma correlação INTERNA entre o lugar onde a RETINA recebe uma determinada perturbação e as contrações musculares que movem a lingua, a boca, o pescoço e, por fim, o corpo inteiro do sapo.
(...) Toma-se um girino, ou larva de sapo, corta-se a borda de seu olho - respeitando o nervo óptico - e faz-se com ele um giro de 180 graus. Deixa-se que o animal assim operado complete seu desenvolvimento larvar e sua metamorfose, até que se transforme num adulto. Toma-se agora o sapo experimental e, com o cuidado de cobrir o olho virado, mostra-se a ele uma MINHOCA. A língua se projeta para adiante e acerta perfeitamente o alvo. Repetimos o experimento, dessa vez cobrindo o olho normal. E verificamos que o animal lança a língua com um desvio de exatamente 180 graus. Ou seja, se a presa está abaixo do animal ou à sua frente, como seus olhos apontam um pouco para o lado ele gira e projeta a língua para cima e para trás. O animal atira sua língua como se a zona da retina onde se forma a imagem da presa estivesse em sua posição normal.
Esse experimento revela, DE FORMA DRAMÁTICA, que para o animal o acima e o abixo e o adiante e o atrás NÃO EXISTEM em relação ao mundo exterior, do mesmo modo que existem para o observador. O que há é uma correlação INTERNA entre o lugar onde a RETINA recebe uma determinada perturbação e as contrações musculares que movem a lingua, a boca, o pescoço e, por fim, o corpo inteiro do sapo.
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Cegos, cheiros e atração sexual
Como as pessoas cegas são atraídas pelo sexo oposto? Alguns podem afirmar que pelo simples fato da presença física e pela conversa estabelecida são suficientes para a atração. Outros dirão que é pelo tato; os mais romântico têm certeza que o amor à primeira "vista" (sem trocadilho) não precisa da visão.
Não sei se respondo esta questão, mas uma teoria neurofisiológica pode muito bem ajudar-nos. Empresto as imformações do livro "O cérebro em transformação" da Suzana Herculano-Houzel.
...As diferenças começam já na porta de entrada (nariz), na primeira estrutura que detecta os feromônios: o órgão vomeronasal, situado estrategicamente no nariz, que é atravessado incessantemente por correntes de ar que trazem amostras do ambiente. Um vez detectados por receptores específicos, presentes em algumas espécies (como a nossa) também no epitélio olfativo, feromônios podem ou não produzir uma sensação consciente de cheiro - mas, por definição, provocam uma alteração no comportamento.
Do órgão vomeronasal em diante, os machos, homens inclusive, têm mais neurônios do que as fêmeas em todas as estruturas da chamada "via vomeronasal", que processam os sinais trazidos pelos feromônios. Nos humanos, o órgão vomeronasal é sexualmente dimórfico tanto em estrutura quanto em função: além de possuir mais neurônios nos homens do que nas mulheres, a resposta elétrica registrada na estrutura a feromônios sintéticos é diferente neles e nelas.
Portanto, só pela aproximação de uma pessoa do sexo oposto, sem o uso da visão, já é o suficiente para sentirmos atração. Lógico que, se a visão estiver presente, podemos decidir com mais precisão.
É isso.
Não sei se respondo esta questão, mas uma teoria neurofisiológica pode muito bem ajudar-nos. Empresto as imformações do livro "O cérebro em transformação" da Suzana Herculano-Houzel.
...As diferenças começam já na porta de entrada (nariz), na primeira estrutura que detecta os feromônios: o órgão vomeronasal, situado estrategicamente no nariz, que é atravessado incessantemente por correntes de ar que trazem amostras do ambiente. Um vez detectados por receptores específicos, presentes em algumas espécies (como a nossa) também no epitélio olfativo, feromônios podem ou não produzir uma sensação consciente de cheiro - mas, por definição, provocam uma alteração no comportamento.
Do órgão vomeronasal em diante, os machos, homens inclusive, têm mais neurônios do que as fêmeas em todas as estruturas da chamada "via vomeronasal", que processam os sinais trazidos pelos feromônios. Nos humanos, o órgão vomeronasal é sexualmente dimórfico tanto em estrutura quanto em função: além de possuir mais neurônios nos homens do que nas mulheres, a resposta elétrica registrada na estrutura a feromônios sintéticos é diferente neles e nelas.
Portanto, só pela aproximação de uma pessoa do sexo oposto, sem o uso da visão, já é o suficiente para sentirmos atração. Lógico que, se a visão estiver presente, podemos decidir com mais precisão.
É isso.
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
PABLO NERUDA
Quero apenas cinco coisas
Primeiro é o amor sem fim
A segunda é ver o outono
A terceira é o grave inverno
Em quarto lugar o verão
A quinta coisa são teus olhos
Não quero ser...sem que me olhes
Abro mão da primavera para que
continues me olhando.
Primeiro é o amor sem fim
A segunda é ver o outono
A terceira é o grave inverno
Em quarto lugar o verão
A quinta coisa são teus olhos
Não quero ser...sem que me olhes
Abro mão da primavera para que
continues me olhando.
Exercícios Cerebrais
Não está com vontade de praticar esportes? Não faz mal: simplesmente imagine! Apenas isso pode aumentar a força muscular. Pelo menos é o que garantem pesquisadores da Clínica Cleveland, em Ohio, nos Estados Unidos. O médico Vinoth Ranganathan e seus colegas pediram a 30 adultos saudáveis que mentlizassem da forma mais intensa e detalhada possível o curvr do dedo mínimo de uma das mãos. Após treinamento de 15 min. diários, cinco dias por semana, durante 12 semanas, a força muscular do dedo "mentalizado" dos atletas mentais aumentou em aproximadamente 35%. Tomografias demonstraram que áreas do cérebro frontal que preparam os movimentos se tornaram mais ativas. Aparentemente, o aumento da força deveu-se a uma "linha direta" entre o cérebro e os músculos.
Revista Mente e Cérebro, nº 211, 2010, p.43
Revista Mente e Cérebro, nº 211, 2010, p.43
DARWIN e os OLHOS
"Supor que o olho, com todos os seus dispositivos inimitáveis para ajustar o foco a diferentes distâncias, acomodar-se a diferentes quantidades de luz e corrigir as aberrações esfércas e de cor, poderia ter-se formado por seleção natural parece, e confesso sem receio, um absurdo até o mais alto grau."
Do livro "A linguagem de Deus" de Francis S. Collins (diretor do projeto genoma)
Do livro "A linguagem de Deus" de Francis S. Collins (diretor do projeto genoma)
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
Tratamento com botox
Sorria, você está sendo filmado! Acho que por isso as pessoas se preocupam tanto com às aparências. Nosso cartão de visitas, o rosto. O botox ou a "toxina botulínica", usado hoje em dia na medicina, para os procedimentos de estética e neuromuscular, tem sua origem de aplicação em uma área diferente do que se conhece nos dias de hoje.
A toxina botulínica é um agente paralisante produzido pela bactéria "Clostridium Botulinum", causadora do botulismo. Pois bem, depois de muitos estudos, principalmente na década de 60, comprovou-se que, o botulismo bloqueava a liberação da acetilcolina - neurotransmissor, responsável pela contração muscular.
Constatato isso, em 1980, essa droga foi testado em humanos, para o tratamento de ESTRABISMO. Isso mesmo, os testes do botox começam com os oftalmologistas, com doses pequenas da droga. Além disso, foi testado também para os espasmos involuntários da musculatura das pálpebras e distonias. Pelas observações nestes testes, outros pesquisadores, mais tarde, introduzem a toxina para a área da estética, o que é muito difundido nos dias de hoje.
A inovação dessas aplicações, depois da oftalmologia e estética, é a toxina botulínica utilizada nas espasticidades (neurologistas), nos casos recomendados de paralisia cerebral. Com as aplicações, diminui-se as espasticidades nestes pacientes e a reabilitação acaba se tornando mais interessante.
A toxina botulínica é um agente paralisante produzido pela bactéria "Clostridium Botulinum", causadora do botulismo. Pois bem, depois de muitos estudos, principalmente na década de 60, comprovou-se que, o botulismo bloqueava a liberação da acetilcolina - neurotransmissor, responsável pela contração muscular.
Constatato isso, em 1980, essa droga foi testado em humanos, para o tratamento de ESTRABISMO. Isso mesmo, os testes do botox começam com os oftalmologistas, com doses pequenas da droga. Além disso, foi testado também para os espasmos involuntários da musculatura das pálpebras e distonias. Pelas observações nestes testes, outros pesquisadores, mais tarde, introduzem a toxina para a área da estética, o que é muito difundido nos dias de hoje.
A inovação dessas aplicações, depois da oftalmologia e estética, é a toxina botulínica utilizada nas espasticidades (neurologistas), nos casos recomendados de paralisia cerebral. Com as aplicações, diminui-se as espasticidades nestes pacientes e a reabilitação acaba se tornando mais interessante.
quarta-feira, 28 de julho de 2010
Princípios de Orientação e Mobilidade planejado em ciclos
Como havia comentado anteriormente neste blog, retomo o que venho escrevendo sobre Orientação e Mobilidade (OM).
Nos anos 80 inicie meu trabalho com judô para cegos(professor e treinador), havia muitos alunos (todos cegos de uma Escola Especializada em Curitiba/Pr) de diversar idades ansiosos para conhecer e treinar judô. Em pouco tempo "nossa" turma já era referência no Brasil e consequentemente fui "empurrado" como técnico da seleção do Brasil de judô para cegos, com ambições de participar da Paraolímpíada de Seul, isso aconteceria em 1988. Naquela época o esporte paraolímpico no Brasil estava começando, por isso, tudo era novidade.
Feita a introdução, retomo o título da matéria: OM planejado em ciclos. Na mesma época, também trabalhava como professor de OM, conheci e aprendi estas técnicas e o processo todo na ONCE (Organização Nacional dos Cegos da Espanha). Mesmo assim, faltava alguma coisa para ajudar na concepção deste planejamento em OM. Como professor de Educação Física e usando os " CICLOS DE TREINAMENTO" para as aulas de judô, adaptei o que MATVEIEV (treinador Russo, especialista em planejamento de treinamentos físicos) organizou e apliquei os MACRO-MESO e MICROCICLOS nas sessões de OM. O que aconteceu depois?
Conto nos próximos encontros, se não você me abandona. Aguarde.
Nos anos 80 inicie meu trabalho com judô para cegos(professor e treinador), havia muitos alunos (todos cegos de uma Escola Especializada em Curitiba/Pr) de diversar idades ansiosos para conhecer e treinar judô. Em pouco tempo "nossa" turma já era referência no Brasil e consequentemente fui "empurrado" como técnico da seleção do Brasil de judô para cegos, com ambições de participar da Paraolímpíada de Seul, isso aconteceria em 1988. Naquela época o esporte paraolímpico no Brasil estava começando, por isso, tudo era novidade.
Feita a introdução, retomo o título da matéria: OM planejado em ciclos. Na mesma época, também trabalhava como professor de OM, conheci e aprendi estas técnicas e o processo todo na ONCE (Organização Nacional dos Cegos da Espanha). Mesmo assim, faltava alguma coisa para ajudar na concepção deste planejamento em OM. Como professor de Educação Física e usando os " CICLOS DE TREINAMENTO" para as aulas de judô, adaptei o que MATVEIEV (treinador Russo, especialista em planejamento de treinamentos físicos) organizou e apliquei os MACRO-MESO e MICROCICLOS nas sessões de OM. O que aconteceu depois?
Conto nos próximos encontros, se não você me abandona. Aguarde.
Referência bibliográfica
Para quem acredita apenas na ciência, para quem não acredita na ciência e defende o criacionismo.
"A LINGUAGEM DE DEUS" Um cientista apresenta evidências de que ELE existe.
autor: Francis S. Collins (diretor do Projeto Genoma) 5ª edição. Editora Gente, 2006.
Não sei se a leitura desse livro serve para mudar de opinião, mas talvez possa ajudar a compreender um pouco mais da ciência.
"A LINGUAGEM DE DEUS" Um cientista apresenta evidências de que ELE existe.
autor: Francis S. Collins (diretor do Projeto Genoma) 5ª edição. Editora Gente, 2006.
Não sei se a leitura desse livro serve para mudar de opinião, mas talvez possa ajudar a compreender um pouco mais da ciência.
segunda-feira, 26 de julho de 2010
segunda-feira, 19 de julho de 2010
Novas descobertas sobre as causas do autismo
(...) A partir de dentes de leite de uma criança de 5 anos com autismo atendida no Centro de Estudos do Genoma Humano da Universidade de São Paulo (USP), um dos centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids) financiados pela FAPESP, os cientistas obtiveram células-tronco de pluripotência induzida (iPSC, na sigla em inglês) e as transformaram em neurônios no laboratório. Dessa forma, puderam observar uma importante alteração num determinado canal de cálcio cujo bom funcionamento é de extrema importância nos estágios iniciais do processo de desenvolvimento dos neurônios. "Há menos cálcio alterando a ativação de vias celulares que podem estar relacionadas com o aparecimento do autismo neste caso".
Marcos Pivetta. Revista de Pesquisa da FAPESP. Julho de 2010, n. 173, p.50
Marcos Pivetta. Revista de Pesquisa da FAPESP. Julho de 2010, n. 173, p.50
sexta-feira, 16 de julho de 2010
Agenda
> I Simpósio Internacional de Imagem Corporal e I Congresso Brasileiro de Imagem Corporal
Campinas/SP, 09 e 10 de gosto de 2010.
inf: www.fef.unicamp.br/imagemcorporal2010
> Encontro dos Docentes de Educação Física e Esportes Adaptados
São Paulo/SP
27 a 29 de agosto de 2010
http://www.cefep.faefi.ufu.br/
> JOPEF Wellness 2010
Curitiba/Pr
04 a 07 de novembro de 2010
korppus@korppus.com.br ou (41) 3018-6222
Campinas/SP, 09 e 10 de gosto de 2010.
inf: www.fef.unicamp.br/imagemcorporal2010
> Encontro dos Docentes de Educação Física e Esportes Adaptados
São Paulo/SP
27 a 29 de agosto de 2010
http://www.cefep.faefi.ufu.br/
> JOPEF Wellness 2010
Curitiba/Pr
04 a 07 de novembro de 2010
korppus@korppus.com.br ou (41) 3018-6222
Cultura Visual
Ver, olhar, enxergar, mirar, deslumbrar são temas deste blog, com conotações quase sempre biológica e terapêutica. Não poderia esquecer dos meus poucos leitores que me cobram do outro "olhar". Não sei se vou conseguir respondê-los, só pedindo ajuda: "Filosofia da Criação" MArly Ribeiro Meira. Ed. Mediação, 2ª edição, 2007, p. 29
(...) O conceito de cultura visual está relacionado a ema esfera estética ligada a formas de trabalho que vão desde a exploração da natureza, assim como ela é, ou configurada em imagens, à produção de obras socialmente ligadas a um trabalho de visibilidade, exigindo um pensamento VISUAL em conexão com o corpo, as mãos, o conhecimento sensível da experiência estética, da difusão e da transmissão por IMAGENS.
Michel de Certeau (1996) atribui a Michel Foucault a iniciativa de dar ênfase à CULTURA VISUAL cotidiana, no sentido de ela ser o ARQUIVO, a presença de registros, objetos, textos, como demarcações disposicionais de poder e saber da cultura ocidental. Propõe a sua investigação como a busca de efeitos e as afecções causadas na sociedade pelas FORÇAS, formas e signos que alteram as AÇÕES, as produções e as atuações sociais, assim como as projeções que poderão desencadear devires, mas que começam a nos afetar a partir do hoje e do imediato. Certeau, Boudier e Foucault atribuem ao cotidianos cultural o lugar em que os acontecimentos deixam-se capturar, na sua ilógica/analógica/paralogia, junto aos saberes institucionalizados (...)
(...) O conceito de cultura visual está relacionado a ema esfera estética ligada a formas de trabalho que vão desde a exploração da natureza, assim como ela é, ou configurada em imagens, à produção de obras socialmente ligadas a um trabalho de visibilidade, exigindo um pensamento VISUAL em conexão com o corpo, as mãos, o conhecimento sensível da experiência estética, da difusão e da transmissão por IMAGENS.
Michel de Certeau (1996) atribui a Michel Foucault a iniciativa de dar ênfase à CULTURA VISUAL cotidiana, no sentido de ela ser o ARQUIVO, a presença de registros, objetos, textos, como demarcações disposicionais de poder e saber da cultura ocidental. Propõe a sua investigação como a busca de efeitos e as afecções causadas na sociedade pelas FORÇAS, formas e signos que alteram as AÇÕES, as produções e as atuações sociais, assim como as projeções que poderão desencadear devires, mas que começam a nos afetar a partir do hoje e do imediato. Certeau, Boudier e Foucault atribuem ao cotidianos cultural o lugar em que os acontecimentos deixam-se capturar, na sua ilógica/analógica/paralogia, junto aos saberes institucionalizados (...)
segunda-feira, 5 de julho de 2010
Orientação e Mobilidade
Acho que já comentei neste espaço sobre a minha próxima publicação: Orientação e Mobilidade. Pretendo escrever neste blog algumas partes do capítulo do livro que estou escrevendo. Começo comentando sobre formação de conceitos na cegueira. A referência é SCHEFFER, 1995
Concreto: habilidade para identificar características específicas de um objeto;
Funcional: habilidade para identificar o que o objeto faz e o que se pode fazer com o objeto
Abstrato: síntese das maiores características do objeto.
Na referência abaixo, pode-se aprofundar o assunto.
Concreto: habilidade para identificar características específicas de um objeto;
Funcional: habilidade para identificar o que o objeto faz e o que se pode fazer com o objeto
Abstrato: síntese das maiores características do objeto.
Na referência abaixo, pode-se aprofundar o assunto.
Indicação de leitura
Para quem precisa estudar e pesquisar assuntos sobre a Deficiência Visual, uma leitura imprescindível:
ANÁLISE EXPLORATÓRIA DAS ESCALAS DE SILHUETAS BIDIMENSIONAIS E TRIDIMENSIONAIS ADAPTADAS PARA A PESSOA COM CEGUEIRA.
Autoras: Fabiane Frota da Rocha MORGADO e Maria Elisa Caputo FERREIRA
Rev. Bras. Ed. Esp. Marília, v. 16, n. 1, p. 47-64, Jun - abr, 2010.
ANÁLISE EXPLORATÓRIA DAS ESCALAS DE SILHUETAS BIDIMENSIONAIS E TRIDIMENSIONAIS ADAPTADAS PARA A PESSOA COM CEGUEIRA.
Autoras: Fabiane Frota da Rocha MORGADO e Maria Elisa Caputo FERREIRA
Rev. Bras. Ed. Esp. Marília, v. 16, n. 1, p. 47-64, Jun - abr, 2010.
terça-feira, 29 de junho de 2010
Analogias fisiológicas
Tendemos a deixar os nossos fluídos ("óleos'' e "líquidos")corporais, com o passar da idade, quase sempre com poucas "drenagens". Me explico: crianças com hidrocefalia, se não tratadas podem levar à morte, por isso precisam drenar o líquido cefaloraquidiano. O mesmo acontece com o glaucoma, quando não conseguimos drenar corretamente o homor aquoso(o liquido dentro do olho), a pressão intra-ocular sobe e de imediato precisamos tratar. Os especialistas sabem como, no caso do glacoma. Em muitos casos, um colírio pode resolver. Não esqueça, quando mal administrado, pode matar. Minha sogra (e não é brincadeira), morreu pingando um colírio, devido as contraindicações do remédio (colírio). Na época, com uma saúde de dar inveja a qualquer jovem. Volto as analogias. O mesmo acontece, no cado das "lubrificações", com as articulações; toda vez que deixamos de nos exercitar por muito tempo, podemos sofrer de dores articulares, os casos podem ser provocados pela escassez do líquido sinovial, o que lubrifica as articulações.
Não preciso nem comentar sobre os rins, um órgão vital para a nossa saúde geral, quando não ingerimos uma quantidade mínima de líquidos (aí entra a cerveja também), podemos provocar lesões renais. Enfim, somos movidos a líquidos e as drenagens dos mesmos (fique com vontade de fazer xixi por muito tempo), se isto não ocorrer, nossas funções podem estar comprometidas. Dá-lhe líquido no corpo.
Não preciso nem comentar sobre os rins, um órgão vital para a nossa saúde geral, quando não ingerimos uma quantidade mínima de líquidos (aí entra a cerveja também), podemos provocar lesões renais. Enfim, somos movidos a líquidos e as drenagens dos mesmos (fique com vontade de fazer xixi por muito tempo), se isto não ocorrer, nossas funções podem estar comprometidas. Dá-lhe líquido no corpo.
Vygotski y el niño ciego
do original.
(...) "Nuestra reseña ha concluido: estamos llegando a puerto. No figuraba entre nuestros objetivos un esclarecimiento más profundo de la psicología de los ciegos; sólo deseábamos señalar el punto central del problema, el nudo al que están ligados todos los hijos de su psicologia. Encontramos ese nudo en la ideia científica de la compensación. Que divide la concepción científica de este problema de la precientifica? Mientras que el mundo antiguo y el criatianismo veían la solución del problema de la ceguera en las fuerzas místicas del espíritu, mientras que la teoria biológica ingenua la veia en una compensación orgánica, la expresión científica de la misma ideia formula el problema de la solución de la ceguera como un problema social e psicológico. Para una mirada superficial puede parecer facilmente que la ideia de la compensación nos hace retroceder al criterio medieval cristiano sobre el papel positivo del sufrimiento, del martirio de la carne. En rigor, no es posible imaginarse dos teorias más opuestas. La nueva teoria no valora positivamente la ceguera en sí ni el defecto, sino las fuerzas contenidas en ella, las fuentes de su superación, los estímulos para el desarrollo que entraña. No simplemente la debilidad, sino la debilidad como camino hacia la fuerza es lo que aquí se marca com un signo positivo. Las ideas, así como las personas, se conocen mejor por sus actos. Debemos juzgar las teorias científicas por los resultados prácticos a los que llevan.
Cuál es el aspecto práctico de todas las teorias antes mencionadas? Según la acertada observación de Petzeld, la sobrevaloración de la ceguera en la teoria fue creada en la práctica de Homero, Tiresias, Edipo, como testimonio viviente del desarrollo infinito y ilimitado del hombre ciego. El mundo antiguo creó la idea y el tipo real del ciego eminente. La edad media, por el contrário, encarnó la idea de la subvaloración de la ceguera en el auxilio a los ciegos. Según la justa expressión alemana: Verehrt-ernahrt, la antiguedad respetaba a los ciegos, el medioevo los alimentaba. Tanto lo uno como lo otro fue la expresión de la incapacidad del pensamiento precientifico para elevarse por encima de una concepción unilateral de la educación de la ceguera: admitia ya sea la fuerza, ya sea la debilidad; empero, el hecho de que la ceguera es ambas cosas, es decir, una debilidad que conduce a la fuerza, era una idea extraña a esa época."
Lev Semiónovic Vygotski - Obras Escogidas
(...) "Nuestra reseña ha concluido: estamos llegando a puerto. No figuraba entre nuestros objetivos un esclarecimiento más profundo de la psicología de los ciegos; sólo deseábamos señalar el punto central del problema, el nudo al que están ligados todos los hijos de su psicologia. Encontramos ese nudo en la ideia científica de la compensación. Que divide la concepción científica de este problema de la precientifica? Mientras que el mundo antiguo y el criatianismo veían la solución del problema de la ceguera en las fuerzas místicas del espíritu, mientras que la teoria biológica ingenua la veia en una compensación orgánica, la expresión científica de la misma ideia formula el problema de la solución de la ceguera como un problema social e psicológico. Para una mirada superficial puede parecer facilmente que la ideia de la compensación nos hace retroceder al criterio medieval cristiano sobre el papel positivo del sufrimiento, del martirio de la carne. En rigor, no es posible imaginarse dos teorias más opuestas. La nueva teoria no valora positivamente la ceguera en sí ni el defecto, sino las fuerzas contenidas en ella, las fuentes de su superación, los estímulos para el desarrollo que entraña. No simplemente la debilidad, sino la debilidad como camino hacia la fuerza es lo que aquí se marca com un signo positivo. Las ideas, así como las personas, se conocen mejor por sus actos. Debemos juzgar las teorias científicas por los resultados prácticos a los que llevan.
Cuál es el aspecto práctico de todas las teorias antes mencionadas? Según la acertada observación de Petzeld, la sobrevaloración de la ceguera en la teoria fue creada en la práctica de Homero, Tiresias, Edipo, como testimonio viviente del desarrollo infinito y ilimitado del hombre ciego. El mundo antiguo creó la idea y el tipo real del ciego eminente. La edad media, por el contrário, encarnó la idea de la subvaloración de la ceguera en el auxilio a los ciegos. Según la justa expressión alemana: Verehrt-ernahrt, la antiguedad respetaba a los ciegos, el medioevo los alimentaba. Tanto lo uno como lo otro fue la expresión de la incapacidad del pensamiento precientifico para elevarse por encima de una concepción unilateral de la educación de la ceguera: admitia ya sea la fuerza, ya sea la debilidad; empero, el hecho de que la ceguera es ambas cosas, es decir, una debilidad que conduce a la fuerza, era una idea extraña a esa época."
Lev Semiónovic Vygotski - Obras Escogidas
Congresso de Educação Especial
Anote aí:
IV CBEE - Congresso Brasileiro de Educação Especial e VI Encontro Nacional dos Pesquisadores de Educação Especial. De 02 a 05 de novembro de 2010. São Carlos/SP
UFSCAR. http://www.cbee4.ufscar.org/
IV CBEE - Congresso Brasileiro de Educação Especial e VI Encontro Nacional dos Pesquisadores de Educação Especial. De 02 a 05 de novembro de 2010. São Carlos/SP
UFSCAR. http://www.cbee4.ufscar.org/
quarta-feira, 23 de junho de 2010
A misteriosa surdez de um gênio - BEETHOVEN
"Pobre Beethoven. Embora a genialidade do compositor tenha sido reconhecida muito cedo, sua personalidade sempre foi mal interpretada. A imagem que entrou para a posteridade é a de um senhor recluso e rabugento. Nada a ver, entretanto, com o rapaz de bem com a vida que ele demonstrava ser na juventude. A mudança de humor tem explicação: por volta dos 26 anos de idade, Beethoven começou a ficar surdo.
Nascido em 1770, o alemão Ludwig van Beethoven atingiu o ápice de sua carreira em 1814, quando foi aclamado o maior músico do mundo em atividade. Tinha 44 anos. Mas o misterioso problema de audição já o impedia de saborear momentos de glória. Além da surdez progressiva, àquela altura ele era atormentado também por um zumbido ininterrupto. Até que a situação finalmente evoluiu, por volta de 1816, para a surdez quase absoluta. Mesmo assim, foi na reclusão motivada pela incapacidade de ouvir que Beethoven criou algumas de suas mais belas obras - como a Sinfonia n. 9, composta entre 1822 e 1824.
Antes de perder completamente a audição, Beethoven recorreu a váriso médicos, que lhe receitaram desde tônicos à base de ervas até banhos termais e temporadas de descanso no campo. Tudo em vão. A única coisa que lhe garantia algum alívio - pelo menos para o zumbido - eram chumaços de algodão enfiados nos ouvidos. O compositor morreu, em 1827, sem que ninguém lhe apresentasse um tratamento eficiente, muito menos a cura. E a causa de seu infortúnio até hoje é motivo de controvérsia.
Revista Super Interessante, maio 2010, p. 31.
Nascido em 1770, o alemão Ludwig van Beethoven atingiu o ápice de sua carreira em 1814, quando foi aclamado o maior músico do mundo em atividade. Tinha 44 anos. Mas o misterioso problema de audição já o impedia de saborear momentos de glória. Além da surdez progressiva, àquela altura ele era atormentado também por um zumbido ininterrupto. Até que a situação finalmente evoluiu, por volta de 1816, para a surdez quase absoluta. Mesmo assim, foi na reclusão motivada pela incapacidade de ouvir que Beethoven criou algumas de suas mais belas obras - como a Sinfonia n. 9, composta entre 1822 e 1824.
Antes de perder completamente a audição, Beethoven recorreu a váriso médicos, que lhe receitaram desde tônicos à base de ervas até banhos termais e temporadas de descanso no campo. Tudo em vão. A única coisa que lhe garantia algum alívio - pelo menos para o zumbido - eram chumaços de algodão enfiados nos ouvidos. O compositor morreu, em 1827, sem que ninguém lhe apresentasse um tratamento eficiente, muito menos a cura. E a causa de seu infortúnio até hoje é motivo de controvérsia.
Revista Super Interessante, maio 2010, p. 31.
terça-feira, 22 de junho de 2010
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Fenotipia da percepção sensível
Da sensação
"As análises da percepção visual - formal, estrutural e colorida - indicaram que a senseção pura, vibração recebida de um mundo exterior em si, indeformável e inteligível, não corresponde a nada de que tenhamos experiência. Foi possível demonstrar que as sensações estão ligadas a relações e não a coisas absolutas, que percepções nascem dessas sensações por dupla interferência de influências exteriores que desinstrumentalizam os sentidos, e de interações mentais que lhes conferem particularidades fenotípicas imprevisíveis e não reprodutíveis. Só podemos concordar com Merleau-Ponty (1945) quando escreve: o aparelho sensorial não é um condutor, até mesmo na periferia a impressão fisioógica se vê envolvida em relações consideradas antigamente como centrais, e: o sensível é o que apreendemos com os sentidos, mas (se sabe) agora que esse "com" não é simplesmente instrumental."
livro: O olho e o cérebro
autor: Philippe Meyer
"As análises da percepção visual - formal, estrutural e colorida - indicaram que a senseção pura, vibração recebida de um mundo exterior em si, indeformável e inteligível, não corresponde a nada de que tenhamos experiência. Foi possível demonstrar que as sensações estão ligadas a relações e não a coisas absolutas, que percepções nascem dessas sensações por dupla interferência de influências exteriores que desinstrumentalizam os sentidos, e de interações mentais que lhes conferem particularidades fenotípicas imprevisíveis e não reprodutíveis. Só podemos concordar com Merleau-Ponty (1945) quando escreve: o aparelho sensorial não é um condutor, até mesmo na periferia a impressão fisioógica se vê envolvida em relações consideradas antigamente como centrais, e: o sensível é o que apreendemos com os sentidos, mas (se sabe) agora que esse "com" não é simplesmente instrumental."
livro: O olho e o cérebro
autor: Philippe Meyer
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Vitiligo
Vitiligo é uma alteração adquirida na pigmentação da pele, caracterizado clinicamente pelo desenvolvimento de manchas brancas (acromia) e microscopicamente pela completa ausência de malanócitos, que são as células que dão cor à derme. A doença já era descrita na antiguidade. O Ebers papyrus, um clássico médico egípcio, escrito por volta de 1500 a.C., já mencionava dois tipos de doenças da pele, referindo-se à mudança de tonalidade. Uma delas caracteriza-se pela afecção leprosa, enquanto a outra faz alusão à falta de pigmentação e parece tratar-se de vitiligo.
Revista Mente e Cérebro, p.59, n. 209.
Revista Mente e Cérebro, p.59, n. 209.
quarta-feira, 9 de junho de 2010
Orientação e Mobilidade
Fui convidado a escrever um capítulo de livro sobre os "Princípios de Orientação e Mobilidade." No estado do Paraná, ministro esta disciplina há mais de vinte anos. Muita coisa que ensinei, são frutos da minha experiência com cegos, nem por isso foram publicadas, estão "perdidas" e não difundidas. Agora chegou a hora de sistematizar esta disciplina. Também sei que muita coisa já foi publicada, e com qualidade, mesmo assim vou arriscar a contribuir com a área. Mas acho que a opinião dos colegas sobre este assunto, pode me ajudar a escrever algo que interessa à todos. Se você tiver alguma sugestão ou contribuições, por favor, faça contatos, vou ficar agradecido. obrigado. Em breve anuncio como está a escrita do livro.
abraços
abraços
Aprenda braille sozinho
Há muito que a USP desenvolveu um programa para os videntes que querem aprender a mexer com esta técnica de leitura e escrita para cegos. Não precisa ser professor da área para aprender braille. Acho que esta técnica, todos as crianças deveriam aprender, é uma forma de comunicação muito importante. Além disso, também favorece a plasticidade cerebral e uma forma alegre e divertida de aprender algo novo.
Anote aí: Braille virtual - http://www.braillevirtual.fe.usp.br/
Aproveite que é de graça
Anote aí: Braille virtual - http://www.braillevirtual.fe.usp.br/
Aproveite que é de graça
sexta-feira, 4 de junho de 2010
O enterrado vivo
É sempre no passado aquele orgasmo,
é sempre no presente aquele duplo,
é sempre no futuro aquele pânico.
É sempre no peito aquela garra.
É sempre no meu tédio aquele aceno.
É sempre no meu sono aquela guerra.
É sempre no meu trato o amplo distrato.
Sempre na minha firma a antiga fúria.
Sempre no meu engano outro retrato.
É sempre nos meus pulos o limite.
É sempre nos meus lábios a estampilha.
É sempre no meu não aquele trauma.
Sempre no meu amor a noite rompe.
Sempre dentro de mim meu inimigo.
E sempre no meu sempre a mesma ausência.
Carlos Drummond de Andrade
é sempre no presente aquele duplo,
é sempre no futuro aquele pânico.
É sempre no peito aquela garra.
É sempre no meu tédio aquele aceno.
É sempre no meu sono aquela guerra.
É sempre no meu trato o amplo distrato.
Sempre na minha firma a antiga fúria.
Sempre no meu engano outro retrato.
É sempre nos meus pulos o limite.
É sempre nos meus lábios a estampilha.
É sempre no meu não aquele trauma.
Sempre no meu amor a noite rompe.
Sempre dentro de mim meu inimigo.
E sempre no meu sempre a mesma ausência.
Carlos Drummond de Andrade
segunda-feira, 31 de maio de 2010
Autismo e Oxitocina
"Entre todos os genes-candidatos (à descoberta do AUTISMO), a descoberta de um deles tem gerado efeitos práticos mais concretos. Trata-se do gene responsável pelo controle da produção da OXITOCINA, um hormônio relacionado ao sistema reprodutor feminino, que é produzido no hipotálamo. Apelidada de hormônio do amor e hormônio da confiança graças ao seu papel nas relações interpessoais e nos comportamentos afetivos, a oxitocina tem sido analisada em vários países por seu potencial de tratamento de alguns comportamentos autistas, como a ausência de contato visual e a dificuldade de relação com outras pessoas.
Alguns estudos já comprovaram que pessoas com algum tipo de desordem do espectro autista têm menos oxitocina no sangue periférico. Em experimentação em roedores, percebeu-se que a proteína CD38 regula a secreção de oxitocina. Nos roedores em que falta a proteína CD38, os níveis de oxitocina no sangue são baixos.
Foi a partir dessa constatação que instituições do mundo têm realizado testes que analisam os efeitos da inalação de oxitocina em pacientes autistas sob a forma de spray nasal. Um desses estudos, publicado na revista norte-americana PNAS, foi coordenado pela neurociêntista francesa Elissar Andari, do Instituto de Pesquisas Científicas da França."
Matéria da Revista SBPC. vol. 45, maio 2010.
Alguns estudos já comprovaram que pessoas com algum tipo de desordem do espectro autista têm menos oxitocina no sangue periférico. Em experimentação em roedores, percebeu-se que a proteína CD38 regula a secreção de oxitocina. Nos roedores em que falta a proteína CD38, os níveis de oxitocina no sangue são baixos.
Foi a partir dessa constatação que instituições do mundo têm realizado testes que analisam os efeitos da inalação de oxitocina em pacientes autistas sob a forma de spray nasal. Um desses estudos, publicado na revista norte-americana PNAS, foi coordenado pela neurociêntista francesa Elissar Andari, do Instituto de Pesquisas Científicas da França."
Matéria da Revista SBPC. vol. 45, maio 2010.
Cegos e aprendizagem
Antes de iniciar o processo de alfabetização com cegos, podemos utilizar o instrumento de avaliação chamado REPERTÓRIO BÁSICO PARA ALFABETIZAÇÃO (IAR). Este instrumento foi elaborado por LEITE(1984) e adaptado por CAPELLINI(2001), que foi aplicado a cada criança individualmente. O IAR pode avaliar questões que envolvem habilidades e conceitos: Ex.
Esquema corporal/espaço/direção/lateralidade/
Tamanho/forma/discriminação tátil/
Verbalização de palavras/análise/Síntese
Para quem trabalha com a deficiência visual e precisa de uma material para referenciar sua ações, este instrumento pode ajudar.
Esquema corporal/espaço/direção/lateralidade/
Tamanho/forma/discriminação tátil/
Verbalização de palavras/análise/Síntese
Para quem trabalha com a deficiência visual e precisa de uma material para referenciar sua ações, este instrumento pode ajudar.
segunda-feira, 24 de maio de 2010
Células-tronco
Como abordar assuntos sobre reabilitação e não comentar sobre as células-tronco? Há muito que os pesquisadores vêm descobrindo novidades sobre este assunto e, hoje sabemos como é um assunto fundamental para qualquer profissional da reabilitação. Na revista Scientific American (Brasil), leio sobre o assunto e gostaria de compartilhar a matéria (p.27)
(...) Células-tronco do sangue, por exemplo, regeneram continuamente os 12 tipos diferentes de células sanguíneas e imunológicas, e as células-tronco epiteliais são responsávei pela regeneração sistemática de nossa pele e dos cabelos a cada poucas semanas.
A única coisa que, em circunstâncias normais, jamais acontece nos mamíferos é que uma célula se desdiferencie, ou seja, retroceda a um tipo mais primitivo. De fato, a única exceção a essa regra são as células cancerosas, que podem se tornar menos diferenciadas que o tecido em que surgem de início. Infelizmente, algumas dessas células conseguem também de dividir infinitamente, apresentando uma imortalidade semelhante à das pluripotentes.
(...) Células-tronco do sangue, por exemplo, regeneram continuamente os 12 tipos diferentes de células sanguíneas e imunológicas, e as células-tronco epiteliais são responsávei pela regeneração sistemática de nossa pele e dos cabelos a cada poucas semanas.
A única coisa que, em circunstâncias normais, jamais acontece nos mamíferos é que uma célula se desdiferencie, ou seja, retroceda a um tipo mais primitivo. De fato, a única exceção a essa regra são as células cancerosas, que podem se tornar menos diferenciadas que o tecido em que surgem de início. Infelizmente, algumas dessas células conseguem também de dividir infinitamente, apresentando uma imortalidade semelhante à das pluripotentes.
quarta-feira, 19 de maio de 2010
Jogos Simbólicos
Não apenas um companheiro do blog mas, vários (três, talvez...) me perguntam sobre os jogos simbólicos. A importância destes jogos servem, não só para crianças cegas ou autistas, mas para qualquer criança. Para não repetir autor para explicar a psicologia do jogo, empresto as informações de FONSECA, quando escreve sobre ELKONIN (1998). (...) baseando-se em Vygotsky, ultrapassa a concepção do jogo como puro ato sensório-motor ou como pura coordenação oculomotora e vai mais longe na concepção do jogo simbólico, não o considerando como uma continuação do jogo sensório-motor piagetiano, apenas centrado nos próprios objetos.
ELKONIN considera o jogo como um dos fenômenos mais transcendentes da vida infantil, mostrando o papel da atuação conjunta da criança com o adulto na sua ontogênese. Segundo esse autor russo (mais um...), o jogo é um placo privilegiado de interação entre os adultos e as crianças, onde as crianças descobrem as funções dos objetos, sua significação social, pelas ações dos adultos.
> é importante que os pais e profissionais da área fiquem atentos às crianças que não simbobilizam, principalmente na idade entre os 18 e 36 meses. Esta idade todas as crianças estão "sonhando" e brincando, quando isso não acontece, algo precisa ser feito.
Companheiro deste blog:
obs: não respondo os e-mail nominalmente para preservar meus "companheiros", se você preferir que faça referência ao seu nome, por favor, me informe.
até
ELKONIN considera o jogo como um dos fenômenos mais transcendentes da vida infantil, mostrando o papel da atuação conjunta da criança com o adulto na sua ontogênese. Segundo esse autor russo (mais um...), o jogo é um placo privilegiado de interação entre os adultos e as crianças, onde as crianças descobrem as funções dos objetos, sua significação social, pelas ações dos adultos.
> é importante que os pais e profissionais da área fiquem atentos às crianças que não simbobilizam, principalmente na idade entre os 18 e 36 meses. Esta idade todas as crianças estão "sonhando" e brincando, quando isso não acontece, algo precisa ser feito.
Companheiro deste blog:
obs: não respondo os e-mail nominalmente para preservar meus "companheiros", se você preferir que faça referência ao seu nome, por favor, me informe.
até
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Novas pesquisas sobre o TOC
Pessoas com transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) - você conhece alguém com TOC? Talvez esteja bem perto de você. (...) comparam seus pensamentos intrusivos e pulsões poderosas para realizar uma ação repetidamente a tiques incontroláveis. Existe uma conexão: movimentos involuntários, tais como vistos na doença de HUNTINGTON (você já assistiu ao seriado HOUSE?), originam-se nos gânglios da basais - grupo de estruturas envolvidas em iniciar e coordenar ações motoras básicas. O núcleo caudado dos gânglios da base também faz parte do circuito cerebral que comanda o TOC, junto com o córtex orbitofrontal - região crítica para tomada de decisões e julgamentos morais - e o tálamo, que retransmite e integra informações sensoriais. Em pacientes de TOC, a hiperatividade é evidente em partes do córtex frontal e dos gânglios basais - e o "disparo" dessas regiões é mais sincronizado do que em pessoas normais.
Scientific American
Reparem que a área Gânglios basais também se refere à materia seguinte. Ou seja, como é importante para o desenvolvimento normal do ser humano. Para os interessando em Parkinson, essa área também é muito estudada.
Scientific American
Reparem que a área Gânglios basais também se refere à materia seguinte. Ou seja, como é importante para o desenvolvimento normal do ser humano. Para os interessando em Parkinson, essa área também é muito estudada.
O que provoca a gagueira?
De acordo com o Instituto Brasileiro de Fluência (IBF), ela provavelmente é causada pelo mau funcionamento de áreas do cérebro responsáveis pela automatização da fala. São os chamados "núcleos da base", que não conseguem ajustar bem o tempo de duração dos sons e das sílabas. Mesmo quem tem predisposição só desenvolve o distúrbio ao interagir com o ambiente. Outras causas estariam ligadas a lesões na estrutura do cérebro durante a gestação - falta de oxigênio, prematuridade ou traumatismos.
Revista Super Interessante (edição especial, 2010)
Revista Super Interessante (edição especial, 2010)
sexta-feira, 7 de maio de 2010
Fernando Pessoa
"Eu amo tudo o que foi
Tudo o que já não é
A dor que já não me dói
A antiga e errônea fé
O ontem que a dor deixou
O que deixou alegria
Só porque foi, e voou
E hoje é já outro dia."
Tudo o que já não é
A dor que já não me dói
A antiga e errônea fé
O ontem que a dor deixou
O que deixou alegria
Só porque foi, e voou
E hoje é já outro dia."
Prevenção da Cegueira
...Stilma et al., citados por Temporini e Kara-José (2004), escreveram sobre as ações prioritárias de campanhas contra a cegueira, sendo uma delas a "VISION 2020: THE RIGHT TO SIGHT", talvez o projeto de prevenção da cegueira organizado pela OMS mais bem recebido pela comunidade científica.
Dado a dica
Ref: do meu livro
Dado a dica
Ref: do meu livro
Como (não)enxergamos
UMA PISTA PARA A NOVA VISÃO
Pesquisadores já sabem há algum tempo que do fluxo virtualmente infinito (10 bilhões de bits) em torno do cérebro, apenas um filete de informações vai para os centros de processamento desse órgão. Embora 6 milhões de bits sejam transmitidos através do nervo óptico, por exemplo, somente 10 mil bits chegam à área de processamento virtual do cérebro; e destes, apenas algumas centenas participam da formulação da percepção consciente - o que é escasso demais para gerar uma percepção significativa por si mesmos. A descoberta sugeriu que o cérebro provavelmente faz constantes predições sobre o ambiente externo, em antecipação a insignificantes impulsos sensoriais que chegam a ele do mundo externo.
Scientific American Brasil - Abril 2010, p. 25
Pesquisadores já sabem há algum tempo que do fluxo virtualmente infinito (10 bilhões de bits) em torno do cérebro, apenas um filete de informações vai para os centros de processamento desse órgão. Embora 6 milhões de bits sejam transmitidos através do nervo óptico, por exemplo, somente 10 mil bits chegam à área de processamento virtual do cérebro; e destes, apenas algumas centenas participam da formulação da percepção consciente - o que é escasso demais para gerar uma percepção significativa por si mesmos. A descoberta sugeriu que o cérebro provavelmente faz constantes predições sobre o ambiente externo, em antecipação a insignificantes impulsos sensoriais que chegam a ele do mundo externo.
Scientific American Brasil - Abril 2010, p. 25
terça-feira, 27 de abril de 2010
Pesquisa em Educação Especial
Nunes, Ferreira e Mendes (2004) fizeram um levantamento da produção discente nos programas de pós-graduação em Educação e Psicologia que tinha como população-alvo os indivíduos com necessidades educacionais especiais. Observaram que o número de dissertações supera o número de teses, sendo que os trabalhos de doutorado são´predominantemente oriundos da Psicologia enquanto a maioria dos de mestrado provêm da Educação.
"Os autores também constataram que os temas mais frequentes são: ensino-aprendizagem, atitude-percepção dos pais e profissionais, formação de recursos humanos e identificação/diagnóstico/caracterização. Nunes, Ferreira e Mendes (2004) asseveram que a produção discente sobre educação especial em programas de pós-graduação sctrito sensu teve origem na década de 70 e tem crescido atualmente e abrangido uma diversidade maior de temas"
BARBOSA, A.J.G.; MOREIRA, P.S. Deficiência mental e inclusão escolar: produção científica em Educação e Psicologia. In: Revista Brasileira de Educação Especial, v. 15, n.2, 2009.
"Os autores também constataram que os temas mais frequentes são: ensino-aprendizagem, atitude-percepção dos pais e profissionais, formação de recursos humanos e identificação/diagnóstico/caracterização. Nunes, Ferreira e Mendes (2004) asseveram que a produção discente sobre educação especial em programas de pós-graduação sctrito sensu teve origem na década de 70 e tem crescido atualmente e abrangido uma diversidade maior de temas"
BARBOSA, A.J.G.; MOREIRA, P.S. Deficiência mental e inclusão escolar: produção científica em Educação e Psicologia. In: Revista Brasileira de Educação Especial, v. 15, n.2, 2009.
Nietzsche e o corpo
"A nós, filósofos, não nos é dado distinguir entre corpo e alma, com faz o povo, e menos ainda diferenciar alma de espírito. Não somos batráquios pensantes, não somos aparelhos de objetivar e registrar, de enrtanhas congeladas - temos de continamente parir nossos pensamentos em meio a nossa dor, dando-lhes maternalmente todo o sangue, coração, fogo, prazer, paixão, tormento, consciência, destino e fatalidade que há em nós. Viver - isto significa, para nós, transformar continuamente em luz e flama tudo o que somos, e também tudo o que nos atinge; não podemos agir de outro modo."
sexta-feira, 23 de abril de 2010
Deficiência Visual na Escola Inclusiva
Orientação e Mobilidade, pg 109 - informações sobre a referência segue logo a baixo.
...Os atrasos motores e psicomotores apresentados por crianças cegas foram alvo dos estudos de Leonhardt (1992), cujo resultado doi a divulgação da Escala de desarrollo de niños ciegos de 0 a 2 años, que norteou muitos dos conhecimentos sobre o desenvolvimento dessas crianças. Esse estudo mostrou que os atrasos são mais acentuados quando as crianças são pouco estimuladas na primeira infância. Todos esses atrasos motores observados em crianças cegas se apresentam como as maiores dificuldades que os especialsitas enfrentam ao organizar um trabalho de OM com jovens e adultos cegos.
...Os atrasos motores e psicomotores apresentados por crianças cegas foram alvo dos estudos de Leonhardt (1992), cujo resultado doi a divulgação da Escala de desarrollo de niños ciegos de 0 a 2 años, que norteou muitos dos conhecimentos sobre o desenvolvimento dessas crianças. Esse estudo mostrou que os atrasos são mais acentuados quando as crianças são pouco estimuladas na primeira infância. Todos esses atrasos motores observados em crianças cegas se apresentam como as maiores dificuldades que os especialsitas enfrentam ao organizar um trabalho de OM com jovens e adultos cegos.
O Tempo da doença
"Desde os primórdios dos registros da medicina, os médicos têm notado que a doença sempre aparece em momentos significativos. Os sintomas podem emergir depois da experiência de um evento traumático, e mesmo a data e a época de morte podem parecer ter sido cuidadosamente escolhidas. Médicos contemporâneos ressaltaram com alarde o fato de a Rainha Virgem, Elizabeth I, ter morrido na vigília da Anunciação de Nossa Senhora, no mesmo lugar e dia que sei avô. Mais recentemente, observou-se que Churchill faleceu no aniversário de morte do pai dele, que tão poderosamente o influenciara. Três dos cinco primeiros presidentes americanos morreram em 4 de julho, e dois deles, signatários da Declaração de Independência, morreram no quinto aniversário da data."
Do livro "Por que as pessoas ficam doentes?" Darian Leader e David Corfield
Do livro "Por que as pessoas ficam doentes?" Darian Leader e David Corfield
quinta-feira, 15 de abril de 2010
Lançamento de livro
Acabo de receber meu novo livro "DEFICIÊNCIA VISUAL NA ESCOLA INCLUSIVA", sou suspeito para comentar sobre a obra, mesmo assim, acho que o livro pode colaborar muito com a Educação Especial e com a área técnica de reabilitação. O convite para escrever o livro foi da Editora IBPEX (distribuição das livrarias Saraiva) e como planejava escrever há muito tempo um material que pudesse ajudar as minhas palestras e cursos, aceitei prontamente. Em quinze dias o livro estará nas principais livrarias do Brasil . Espero que gostem. Aceito comentários sobre o livro, assim posso reedita-lo, se for o caso.
abraços.
Carlos Mosquera
abraços.
Carlos Mosquera
segunda-feira, 12 de abril de 2010
NEUROBIOLOGIA DAS ESTEREOTIPIAS
Os mecanismos neurobiológicos subjacentes ás estereotipias não são conhecidos. No entanto, há razões para se pensar que eles emergem dos gânglios da base ou de circuitos corticais/ dos gânglios da base/talamocorticais. A maioria dos transtornos involuntários do movimento origina-se nos gânglios da base (Mink, 2003), e alguns transtornos desses gânglios levam a estereotipias (Jankovic, 1994). Têm sido demonstrado que outros transtornos caracterizados por comportamentos ou pensamentos repetitivos envolvem os gânglios da base e os circuitos corticais relacionados (Baxter et al., 1988; Baxter, 2003).
TUCHMAN, R,; RAPIN, I. Autismo, abordagem neurobiológica.
Artmed, 2009
TUCHMAN, R,; RAPIN, I. Autismo, abordagem neurobiológica.
Artmed, 2009
ACATISIA
É uma sensação interna de inquietude, que leva a movimentos repetitivos, como marcar passo. No entanto, em geral, os movimentos em resposta á acatisisa não são estereotipados, nem padronizados. Assim, enquanto marcar o passo é um comportamento comum associado á acatisia, essa marcação é mais variável do que nas estereotipias. Estes parecem despropositadas, diferentemente de compulsões e rituais. Entre os demais termos usados para descever as estereotipias estão "padrões habituais ritmicos", "fenômenos de gratificação", "auto-estimulação" " ritmias motoras".
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Referência bibliográfica
Se ainda não referenciei esta obra, recomendo agora. Um pouco de pesquisa em nossos trabalhos de arte.
"Linguagens da arte na infância" de Silvia Sell Duarte Pillotto (org.).
editora UNIVILLE
Além disso, para quem precisa e gosta da área de arte, uma liquidação imperdível este mês (abril) no Muse do Olho (Oscar N.) em Curitiba/PR. Preços muito acessíveis. Vale a pena conferir.
"Linguagens da arte na infância" de Silvia Sell Duarte Pillotto (org.).
editora UNIVILLE
Além disso, para quem precisa e gosta da área de arte, uma liquidação imperdível este mês (abril) no Muse do Olho (Oscar N.) em Curitiba/PR. Preços muito acessíveis. Vale a pena conferir.
domingo, 4 de abril de 2010
segunda-feira, 29 de março de 2010
Constituição do Eu no Autismo
As análises empíricas das produções vocais, feitas nas pesquisas psicolinguísticas, atestam a autenticidade da metapsicologia freudiana (ou seja, a forma como o aparelho psíquico se constitui). Desde o nascimento da criança, dois elementos, prazer e surpresa, entram em cena causando na mãe a produção do manhês e engendrando no filho o surgimento de picos prosódicos. Já nos primeiros dias de vida o que se deslumbra é aquilo que o bebê dá a ver ao olhar da mãe, e serão as respostas sonoras, gestuais e mímicas dele que sustentarão a prosódia materna, razão pela qual, enunciamos que a prosódia é uma função daquilo que se joga pulsionalmente entre o futuro sujeito e o que para a mãe se torna o Outro.
Por Marie-Christine e Erika Parlato-Oliveira
Doenças do Cérebro - Autismo
Revista Mente e Cérebro/2010
Por Marie-Christine e Erika Parlato-Oliveira
Doenças do Cérebro - Autismo
Revista Mente e Cérebro/2010
quinta-feira, 25 de março de 2010
ATAXIA
A ataxia resulta precisamente da perda da coordenação dos movimentos voluntários, ou seja, de uma ruptura da relação e da interação neurológicas entre o que é pensado (intencionalizado por meio da linguagem interior) e o que é executado (Pienfield e Rasmussen, 1952, Pienfield e Jasper, 1954, Pienfield e Robersts, 1959). Ou seja, o corpo, como meio de expressão total, não responde nem corresponde exatamente às solicitações e às intenções de cérebro, acontecendo assim, uma espécie de desorganização interior e corporal, que gera, como consequência, uma alteração significativa da hierarquia da motricidade.
Vitor da Fonseca - Desenvolvimento Psicomotor e Aprendizagem. Artmed, 2008.
Vitor da Fonseca - Desenvolvimento Psicomotor e Aprendizagem. Artmed, 2008.
terça-feira, 16 de março de 2010
Compromisso da Universidade na produção de conhecimento e Tecnologia
O título a cima é de um artigo do livro "Deficiência Visual: perspectivas na contemporaneidade" de Maria Lucia T. M. Amiralian (org.) da Editora Vetor, 2009. O artigo mostra o que os alunos do 2º e do 5º ano da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, nos anos de 2004 a 2006, produziram para beneficiar também os cegos. Saiba mais: www.poli.usp.br/policidada.
aproveitem
aproveitem
Ceratite e Aniridia
Ceratite: inflamações da córnea associadas a traumatismos, infecções, transtornos na nutrição corneana, exposições prolongadas a agentes externos. Costumam vir acompanhadas de congestão da íris, do corpo ciliar e da conjuntiva, membrana que reveste as pálpebras e se reflete sobre o globo ocular.
Aniridia: ausência parcial ou subtotal da íris, de origem hereditária.
Sinais e sintomas: fotofobia variável; nistagmos, acuidade visual diminuída por aplasia macular que chega a normalizar-se em ambiente com iluminação muito baixa.
Complicações secundárias: glaucoma, vascularização, opacidade corneaa e do cristalino.
Fonte: Deficiência Visual - MARTIN e BUENO (2003)
Aniridia: ausência parcial ou subtotal da íris, de origem hereditária.
Sinais e sintomas: fotofobia variável; nistagmos, acuidade visual diminuída por aplasia macular que chega a normalizar-se em ambiente com iluminação muito baixa.
Complicações secundárias: glaucoma, vascularização, opacidade corneaa e do cristalino.
Fonte: Deficiência Visual - MARTIN e BUENO (2003)
terça-feira, 9 de março de 2010
Autismo e ftalatos
Foi publicado na revista científica "Environmental Health Perspectives" os possíveis riscos do aparecimento do autismo com a intoxicação dos ftalatos. Estes produtos químicos, os ftalatos, são encontrados nos plásticos, cosméticos, esmaltes de unha e em outros lugares. A pesquisa tenta mostrar que, as mulheres que exibiam níveis mais elevados de determinados ftalatos, apresentavam uma maior probabilidade de que seus filhos exibissem distúrbios de comportamento.
A partir da divulgação destes estudos, fica uma pergunta no ar (reproduzo a idéia do jornalista americano Nicholasd Kristof); levamos a sério esta hipótese ou a descartamos? Lembram-se dos estragos feitos pelos produtos químicos, mercúrio, chumbo e amianto que muitos de nós não areditavam na possibilidade. Por outro lado, a imprensa, principalmente a americana, também divulgou os temores de que vacinas poderiam causar o autismo. O resultado também foi trágico: a redução no número de vacinações. Por isso que o governo brasileiro, insiste agora, que a vacinação para H1N1 é confiável e segura.
Portanto, o que fazer? Divulgo neste espaço, apenas o que a ciência nos apresenta, o restante você deve formar a sua opinião. Pelo menos evite de usar plásticos no micro-ondas, já é alguma coisa.
A partir da divulgação destes estudos, fica uma pergunta no ar (reproduzo a idéia do jornalista americano Nicholasd Kristof); levamos a sério esta hipótese ou a descartamos? Lembram-se dos estragos feitos pelos produtos químicos, mercúrio, chumbo e amianto que muitos de nós não areditavam na possibilidade. Por outro lado, a imprensa, principalmente a americana, também divulgou os temores de que vacinas poderiam causar o autismo. O resultado também foi trágico: a redução no número de vacinações. Por isso que o governo brasileiro, insiste agora, que a vacinação para H1N1 é confiável e segura.
Portanto, o que fazer? Divulgo neste espaço, apenas o que a ciência nos apresenta, o restante você deve formar a sua opinião. Pelo menos evite de usar plásticos no micro-ondas, já é alguma coisa.
quarta-feira, 3 de março de 2010
Globo ocular
Cada olho é constituído por três túnicas ou camadas:
A mais EXTERNA cumpre a função de proteção, fazem parte dela a CÓRNEA E A ESCLERA.
A camada MÉDIA é vascular: ÍRIS, CORÓIDE e o CORPO CILIAR
A mais INTERNA é a camada NERVOSA: RETINA
O diâmetro ântero-posterior dos olhos é em média de 24mm, preso por quatro músculos retos e dois músculos obliquos.
Obviamente que as regiões dos olhos não se resumem a isso, mas, o que podemos concluir sobre essa área é, como enxergamos: depois que a imagem é formada na retina, o impulso nervoso através do nervo óptico é encaminhado para uma área do cérebro chamada CORPO GENICULADO LATERAL (CGL), para depois disso chegar ao córtex visual.
Isso que dizer que, enxergamos com o nosso cérebro, com nossas experiências do meio ambiente, com as nossas criações dentro do cérebro. Por isso a diferença entre ver e enxergar.
A mais EXTERNA cumpre a função de proteção, fazem parte dela a CÓRNEA E A ESCLERA.
A camada MÉDIA é vascular: ÍRIS, CORÓIDE e o CORPO CILIAR
A mais INTERNA é a camada NERVOSA: RETINA
O diâmetro ântero-posterior dos olhos é em média de 24mm, preso por quatro músculos retos e dois músculos obliquos.
Obviamente que as regiões dos olhos não se resumem a isso, mas, o que podemos concluir sobre essa área é, como enxergamos: depois que a imagem é formada na retina, o impulso nervoso através do nervo óptico é encaminhado para uma área do cérebro chamada CORPO GENICULADO LATERAL (CGL), para depois disso chegar ao córtex visual.
Isso que dizer que, enxergamos com o nosso cérebro, com nossas experiências do meio ambiente, com as nossas criações dentro do cérebro. Por isso a diferença entre ver e enxergar.
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
Congressos
II Congresso Iberoamericano sobre el Síndrome de Down: Granada/Es 29 de abril a 02 de maio. Federacion Española de Síndrome de Down - informações: http://www.granada2010down.org/
VII Congresso Europeu de Musicoterapia: "Evidencias para la pratica, la investigación y la formación en musicoterapia". Cádiz/Es 05 a 09 de maio. Organização: Universidad de Cádiz.
informações: http://www.musictherapy2010.com/
II Congreso Internacional Sordera, Comunicación y Aprendizaje: "Avances en la modalidad oral."
Barcelona: 03 a 05 de junio. Organiza: Centro de Investigación GISTAL. Más información:
http://www.gistal.uab.cat/
IX International Congress Autism-Europe "A Future for Austism"
Catania (Italia), 08 a 10 de octubre. Organiza: Autism-Europe.
Más información: http://www.autismeurope2010.org/
Sorte para quem planeja participar de algum curso no exterior.
VII Congresso Europeu de Musicoterapia: "Evidencias para la pratica, la investigación y la formación en musicoterapia". Cádiz/Es 05 a 09 de maio. Organização: Universidad de Cádiz.
informações: http://www.musictherapy2010.com/
II Congreso Internacional Sordera, Comunicación y Aprendizaje: "Avances en la modalidad oral."
Barcelona: 03 a 05 de junio. Organiza: Centro de Investigación GISTAL. Más información:
http://www.gistal.uab.cat/
IX International Congress Autism-Europe "A Future for Austism"
Catania (Italia), 08 a 10 de octubre. Organiza: Autism-Europe.
Más información: http://www.autismeurope2010.org/
Sorte para quem planeja participar de algum curso no exterior.
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
Para refletir
Adaptei do escritor austríaco Stefan Zweig: "doença não significa mais o que acontece com o homem, mas o que acontece com seu meio ambiente." O autor dizia " o que acontece com seus órgãos."
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
Deficiência e Educação
Hoje pela manhã passando por uma rua próxima a um dos maiores colégios de Curitiba, fui impedido de continuar o meu percurso devido ao congestionamento de carros esperando a saída do colégio. Fui obrigado a sair do meu carro para pedir ao cidadão parado na esquina para dar passagem. Depois de uma discussão sem cabimentos, ou seja, pedir passagem em ruas públicas, sai do imbróglio consternado e perplexo. Só mais tarde entendi que resido em um país subdesenvolvido, e por isso mesmo essas coisas sempre vão acontecer. Acomodar-se? Indignar-se? Brigar? A educação continua sendo o princiapl caminho.
Agora imaginem os menos privilegiados (deficientes) em seus deslocamentos numa cidade de terceiro mundo. Em muitos anos trabalhando com orientação e mobilidade para cegos presenciei fatos que, se contar ninguém acredita. Triste realidade. Tenho uma filosofia que continuo gritando para o mundo: as maiores barreiras para os deficientes e os não deficientes, não são as arquitetônicas são as educacionais. Isso que atrapalha o bom convívio social.
Agora imaginem os menos privilegiados (deficientes) em seus deslocamentos numa cidade de terceiro mundo. Em muitos anos trabalhando com orientação e mobilidade para cegos presenciei fatos que, se contar ninguém acredita. Triste realidade. Tenho uma filosofia que continuo gritando para o mundo: as maiores barreiras para os deficientes e os não deficientes, não são as arquitetônicas são as educacionais. Isso que atrapalha o bom convívio social.
Musicoterapia e esclerose múltipla
Divulgado na Revista Mente e Cérebro no mês de fev. 2010: Pesquisadores da Universidade de Minas Gerais (UFMG) usaram a técnica em oito pacientes com esclerose múltipla, distúrbio neurológico progressivo que afeta adultos jovens e compromete principalmente os movimentos. Depois de escolher entre 10 e 15 músicas, os pacientes participaram de uma entrevista aberta na qual explicaram suas experiências pessoais com cada um. A análise dos conteúdos mostrou que prevaleceram relatos associados à consciência emocional e corporal e primeiros relacionamentos. Segundo os autores, a técnica da "autobiografia musical" permitiu que eles expressassem afetos, frustações e desejos, reorganizando-os no contexto da doença e elaborando o sendo de continuidade da vida.
Os autores concluem que, o recurso terapêutico deve ser considerado como mais uma estratégia no tratamento mustidisciplinar do distúrbio.
Além da Esclerose Múltipla, a musicoterapia pode auxiliar no tratamento de diversas patologias e síndromes.
Os autores concluem que, o recurso terapêutico deve ser considerado como mais uma estratégia no tratamento mustidisciplinar do distúrbio.
Além da Esclerose Múltipla, a musicoterapia pode auxiliar no tratamento de diversas patologias e síndromes.
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
CHAT - Checklist for Autism in Toddlers
O autismo é um distúrbio com um diagnóstico difícil e incerto. Muitas vezes o diagnóstico é demorado e em inúmeros casos incorreto. Para facilitar todo este processo de investigação e acompanhar a criança com suspeita de autismo, foram criados vários instrumentos de investigação. Estes, servem para ajudar no diagnóstico. O mais conhecido destes materiais é o nome do título desta matéria - CHAT.
Objetivo principal: identificar o risco de transtornos na interação social e comunicação em crianças com dezoito meses de idade.
CHAT consiste de duas partes: a primeira tem nove itens com perguntas para os pais, e a segunda tem cinco itens com observações, feitas pelo pediatra ou agente primário de saúde. Os comportamentos observáveis na criança são: atenção compartilhada, incluindo apontar para mostrar e monitoração do olhar. O outro é brincar de faz de conta. O resultado deste questionário é que vai determinar se a criança avaliada precisa ou não ser encaminhada ao médico. Mais informações: http://www.ama.org.br/
Meu grupo de estudos ha dois anos está pesquisando um material com os mesmos objetivos do CHAT, com a diferença que, pode ser investigado em escolas especiais, quando a criança já se encontra em idade escolar. Principalmente para diferenciar a criança autista dos outros distúrbios, coisa muito comum hoje em dia. Os professores não têm certeza se os alunos são autistas ou apresentam outras síndromes.
Se você trabalha com autismo e tem interesse em conhecer o nosso material pesquisado, envie-me um e-mail solicitanto o instrumento de pesquisa que eu lhe encaminho o material.
Objetivo principal: identificar o risco de transtornos na interação social e comunicação em crianças com dezoito meses de idade.
CHAT consiste de duas partes: a primeira tem nove itens com perguntas para os pais, e a segunda tem cinco itens com observações, feitas pelo pediatra ou agente primário de saúde. Os comportamentos observáveis na criança são: atenção compartilhada, incluindo apontar para mostrar e monitoração do olhar. O outro é brincar de faz de conta. O resultado deste questionário é que vai determinar se a criança avaliada precisa ou não ser encaminhada ao médico. Mais informações: http://www.ama.org.br/
Meu grupo de estudos ha dois anos está pesquisando um material com os mesmos objetivos do CHAT, com a diferença que, pode ser investigado em escolas especiais, quando a criança já se encontra em idade escolar. Principalmente para diferenciar a criança autista dos outros distúrbios, coisa muito comum hoje em dia. Os professores não têm certeza se os alunos são autistas ou apresentam outras síndromes.
Se você trabalha com autismo e tem interesse em conhecer o nosso material pesquisado, envie-me um e-mail solicitanto o instrumento de pesquisa que eu lhe encaminho o material.
Carlos Drummond de Andrade
MÃOS DADAS
Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei um mundo futuro.
Estou preso à vida e olho os meus companheiros.
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considero a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história,
não direi os suspiros ao amanhecer, a paisagem vista da janela,
não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida,
não fugirei para as ilhas nem serei raptados por serafins.
O tempo é minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,
a vida presente.
Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei um mundo futuro.
Estou preso à vida e olho os meus companheiros.
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considero a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história,
não direi os suspiros ao amanhecer, a paisagem vista da janela,
não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida,
não fugirei para as ilhas nem serei raptados por serafins.
O tempo é minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,
a vida presente.
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
Síndrome de William-Beuren (SW)
Uma síndrome que pode ser tratada pelos especialistas em música. Isto porque os acometidos por esta síndrome, quase sempre apresentam um ouvido aboluto. A afinidade com o som e as rimas é muito grande, não se sabe exatamente o motido para tal predisposição, mesmo assim, isso pode ser um bom indicativo para o tratamento.
A SW foi descrita em 1960 pelo médico Neozelandês Dr. J. Williams - o paradeiro deste médico ainda é obscuro, nas grandes oportunidades que teve como profissional, nunca apareceu para assumir os cargos profissionais. Até hoje não se sabe onde anda.
A estimativa de nascimento com a SW é rara: varia de 1/7000 a 1/20.000, é causada pela perda de um ou mais genes do braço longo do cromossomo 7.
Características da SW: apresentam faces que lembram a um duende, nariz pequenos, cabelos encaracolados, lábios grossos, voz rouca. Além disso, apresentam quase sempre: problemas cardíacos, renais e odontológicos, associados a severos problemas de aprendizagem.
Outra característica que desponta nesta síndrome é o que foi comentado anteriormente, uma afinidade muito grande com músicas, som e ritmo.
A SW foi descrita em 1960 pelo médico Neozelandês Dr. J. Williams - o paradeiro deste médico ainda é obscuro, nas grandes oportunidades que teve como profissional, nunca apareceu para assumir os cargos profissionais. Até hoje não se sabe onde anda.
A estimativa de nascimento com a SW é rara: varia de 1/7000 a 1/20.000, é causada pela perda de um ou mais genes do braço longo do cromossomo 7.
Características da SW: apresentam faces que lembram a um duende, nariz pequenos, cabelos encaracolados, lábios grossos, voz rouca. Além disso, apresentam quase sempre: problemas cardíacos, renais e odontológicos, associados a severos problemas de aprendizagem.
Outra característica que desponta nesta síndrome é o que foi comentado anteriormente, uma afinidade muito grande com músicas, som e ritmo.
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
Teoria Ecológica do Desenvolvimento Humano e a inclusão
Esta teoria foi proposta por Bronfenbrenner e esta pode colaborar na compreensão do desenvolvimento das "pessoas especiais" e as diversas possibilidades de inclusão. Resumidamente, podemos identificar quatro parâmetros deste contexto para facilitar o entendimento desta teoria.
a) microssistema: são as atividades interpessoais e seus papéis, bem como as atividades desenvolvidas. A interação destes fatores potencializa o desenvolvimento nesta fase. Crianças brincando entre si, explica esta fase.
b) mesossistema: São as inter-relações entre dois ou mais ambientes em que a pessoa em desenvolvimento está inserida e participa de maneira ativa. A família e a escola, serve como exemplo para esta fase.
c) exossistema: é caracterizado pelos contextos onde a pessoa em desenvolvimento não participa, mas os eventos que ocorrem afetam esta pessoa. As políticas públicas, municipas, estaduais e federais servem como exemplo para esta fase do desenvolvimento. Quando o assunto é inclusão, o exossistema pode mostrar como estes fatores são importantes para as pessoas com necessidades especiais.
d) macrossistema: são os valores e crenças de uma cultura, que entendem como: costumes, estilo de vida, oportunidades, etc. (Bronfenbrenner, 1992; Garbarino, 1985). Percebe-se com isso que, estes valores interferem diretamente no desenvolvimento de qualquer indivíduo.
a) microssistema: são as atividades interpessoais e seus papéis, bem como as atividades desenvolvidas. A interação destes fatores potencializa o desenvolvimento nesta fase. Crianças brincando entre si, explica esta fase.
b) mesossistema: São as inter-relações entre dois ou mais ambientes em que a pessoa em desenvolvimento está inserida e participa de maneira ativa. A família e a escola, serve como exemplo para esta fase.
c) exossistema: é caracterizado pelos contextos onde a pessoa em desenvolvimento não participa, mas os eventos que ocorrem afetam esta pessoa. As políticas públicas, municipas, estaduais e federais servem como exemplo para esta fase do desenvolvimento. Quando o assunto é inclusão, o exossistema pode mostrar como estes fatores são importantes para as pessoas com necessidades especiais.
d) macrossistema: são os valores e crenças de uma cultura, que entendem como: costumes, estilo de vida, oportunidades, etc. (Bronfenbrenner, 1992; Garbarino, 1985). Percebe-se com isso que, estes valores interferem diretamente no desenvolvimento de qualquer indivíduo.
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
IMAGEM CORPORAL
(...) A neurologia clássica baseia-se no conceito de função - função sensitiva, função motora, função intelectual etc. Seu expoente mais ilustre na Inglaterra foi Sir Henry Head (1861-1940). Entre os muitos interesses de Head estava uma permanente preocupação com a natureza da sensação, e nesse campo ele foi um audaz pioneiro. Algumas de suas primeiras observações vieram de experimentos em si mesmo. Nelas ele descreveu minuciosamente os efeitos de cortar um nervo sensitivo em seu próprio braço. Seu conceito culminante oriundo de seus estudos da sensação doi a noção de um ESQUEMA, ou IMAGEM CORPORAL, no cérebro, pela qual o crpo poderia "conhecer" e controlar seus próprios movimentos. As observações de Head, no decorrer de aproximadamente vinte anos, forma reunidas em sua grande obra "Studies in neurology" (1920).
O. Sacks (Com uma perna só)
O. Sacks (Com uma perna só)
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
PSITACOSE
Psitacose é uma doença infecciosa causada por bactérias que infectam preferencialmente os psitácios (papagaios, araras, periquitos, etc.), podendo eventualmente infectar o HOMEM quando ele entra em contato com os animais portadores - sãos ou doentes - ou ainda com secreções. O agente etiológico da ornitose (outro nome da psitacose) é uma bactéria intracelular que pertence ao gênero Chlamydia (Chlamydia psitaci).
A via respiratória constitui a porta de entrada da bactéria, a qual é aspirada com poeiras provenientes de gaiolas. No homem o órgão mais comprometido é o pulmão, que apresenta a PNEUMONIA ATÍPICA. Outros sintomas: febre, dores de cabeça, tosse irritativa e dolorosa, dores lombares e nas extremidades, sudorese e fraqueza.
É isso.
A via respiratória constitui a porta de entrada da bactéria, a qual é aspirada com poeiras provenientes de gaiolas. No homem o órgão mais comprometido é o pulmão, que apresenta a PNEUMONIA ATÍPICA. Outros sintomas: febre, dores de cabeça, tosse irritativa e dolorosa, dores lombares e nas extremidades, sudorese e fraqueza.
É isso.
segunda-feira, 4 de janeiro de 2010
SÍNDROME DO PÂNICO
A característica sintomática principal para diferenciar a síndrome do pânico de outras é a ansiedade. O termo "pânico" foi escolhido em virtude do caráter súbido e inexplicável dos ataques. Até o lançamento do DSM- III, na década de 80, o emprego da palavra em psicopatologia era incomum e não sistemático. Depois da publicação, configurou-se como diagnóstico específico em psiquiatria. Na quarta versão do DSM foram incluídas entre os transtornos de ansiedade não só as descrições do ataque de pânico, mas também do transtorno de pânico e da agorafobia. Além desses, mencionam-se transtorno de pânico sem agorafobia, transtorno de pânico com agorafobia, agorafobia sem histórico de transtorno de pânico, fobia específica, fobia social, transtorno obsessivo-compulsivo, transtorno de stress pós-traumático, transtorno de stress agudo, transtorno de ansiedade generalizada, transtorno de ansiedade induzida por substância e transtorno de ansiedade sem outra especificação. Em relação ao DSM III, o número de classificações de transtorno de ansiedade aumentou, o que demonstra a tendência de esmiuçar cada vez mais a fenomenologia clínicas desses tipos de distúrbio, especificando-os de forma cada vez mais estreita.
Na suspeita de qualquer um desses sintomas - diga-se de passagem que são muitos, e certamente outras denominações vão aparecer, talvez algumas relacionadas à internet, ao medo de pessoas, à solidão ao medo de se aventurar etcétara. O médico é o caminho mais inteligente mas, algumas alternativas podem ser praticadas antes de procurar o especialista. A prática de um "hobby" pode ser eficiente, a descoberta de novas "trilhas" da vida, andar sem destino, dançar, ler, beber, sexo, namorar...se nada disso surtir efeito, procure um médico.
AGORAFOBIA
O Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais (DSM-IV-TR), editado pela Associação Americana de Psiquiatria, um cânone do diagnóstico clínico, define a AGORAFOBIA como o medo de estar em lugares de onde pode ser difícil ou constrangedor escapar ou nos quais pode não haver auxílio à mão se a pessoa sofrer um ataque de pânico. A crise é caracterizada por ansiedade intensa, aumento da frequência cardíaca e da pressão sanguínea, respiração agitada, sudorese, sensação de sufocação, falta de ar, náuseas, tremores e despersonalização.
Por medo de ser tomada por esses sintomas, a pessoa tende a evitar situações que acredita seram mais prováveis ocorrer ou só as enfrenta acompanhada. Os temores costumam estar relacionados a experiências que se tenta eliminar ou reduzir ao máximo para evitar a angústia. Entre os locais temidos estão os espaços abertos, lojas concorridas, centros públicos com grande circulação de pessoas e estádios de futebol. Multidões também são assustadoras para esses pacientes.
Revista Mente e Cérebro, jan. 2010.
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