sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Treinamento de Orientação e Mobilidade


Mikhail Bakhtin

O filósofo que deu origem à linguagem

Mikhail M.Bakhtin nasceu em Orel, ao sul de Moscou, em 1895. Aos 23 anos, formou-se em história e Filologia na Universidade de São Petersburgo, mesmo época que iniciou encontros para discutir linguagens, arte e literatura com intelectuais com formação variadas, no que se tornaria o Círculo de Bakhtin. Em vida, publicou poucos livros, com destaque para PROBLEMAS DA POÉTICA DE DOSTOIÉVSKI (1929). Até hoje, porém, paira a dúvida sobre quem escreveu outras obras assinadas por colegas do Círculo. Durante o regime Stalinista, o grupo passou a ser perseguido e Bakhtin foi condenado a seis anos de exílio no Cazaquistão (só ao retornar, ele finalizou seu tese de doutorado sobre cultura popular na idade média e no renasciemnto). Suas produções chegaram ao Ocidente nos anos 70 - e, numa década mais tarde, ao Brasil. Mas Bakhtin já havia morrido, em 1975, de inflamação aguda dos ossos.

Revista Nova Escola deste mês.

p.s. acho que o nosso escritor, Cristovão Tezza, tem uma tese escrita sobre Bakhtin

LEITO DE PROCUSTRO

Segundo a mitologia grega, Procustro era um marginal que ficava escondido na mata entre as cidades de Mégara e Atenas. Quando aprisionava algum viajante, este era enquadrado no seu "leito", que tinham dois tamanhos. Um para pessoas mais altas e um menor, para os mais baixos.
Quando as pessoas deitavam no Leito de Procustro e não se enquadravam no tamanho, as alternativas eram: decepar ou alongar (esticar) partes do corpo, para que as mesmas podessem ser enquadradas de acordo com o tamanho do leito.
Esta passagem mitológica continua muito atual, pois, ainda nos dias de hoje, são muitos os excluídos da nossa sociedade, seja pelo corpo, seja pela cor, seja pelo poder. Sentimo-nos permanentemente "sendo enquadrados".

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Dicas de leitura em Educação Especial

Livro:

TEMAS EM EDUCAÇÃO ESPECIAL: conhecimentos para fundamentar a prática

organizadoras: Enicéia Gonçalves Mendes, Maria Amélia Almeida, Maria Cristina P.I. Hayashi

Junqueira & Marin Editores, 2008

Câncer e depressão

Em experimentos feitos com animais, pesquisadores da Universidade de Chicago observaram que duas moléculas sintetizadas pelo organismo e associadas à depressão têm sua produção aumentada várias vezes na presença de tumores. Além disso, eles demonstraram que certas manifestações cancerígenas induzem alterações na expressão de genes no hipocampo, região cerebral que integra o circuito neural das emoções. Testes usados para avaliar os efeitos de antidepressivos também forma realizados nos animais com câncer, que mostraram menos motivação, em comparação com cobaias saudáveis.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

GRIPES, MORTES E EDUCAÇÃO

Em 2003, 30% dos alunos brasileiros que cursaram a 1ª série do Ensino Fundamental foram reprovados ou abandonaram o sistema escolar. Isso demonstra, segundo Araújo e Luzio (2005), respectivamente diretor e assessor do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, do Ministério da Educação , a dimensão do fracasso escolar no Brasil (KAJIHARA, 2008).

Pois então, de quem é a culpa? De todos as justificativas apresentadas até o momento, nenhuma é plausível, muito menos coerente. Atualmente, estamos tentando enfrentar uma pandemia e o resultado não poderia ser mais catastrófico, em todos os sentidos. Mesmo a gripe sazonal que mata milhares de pessoas anualmente em nosso país, e que ainda não conseguimos resolver, imaginem agora o que a gripe A pode fazer. Volta-se à educação e entendemos porque nossa medicina preventiva é inexistente e impotente.
O investimento é a longo prazo e a educação é o início de tudo, sem este recurso, novas gripes mortais vão aparecer.

Curso para delegados da Polícia Civil do Paraná.


segunda-feira, 3 de agosto de 2009

A relação da pele com os distúrbios

Os fibroblastos, um tipo de célula comum no organismo e que na pele é responsável pela síntese de colágeno, podem fornecer pistas importantes sobre a origem de distúrbios mentais como esquizofrenia e transtorno bipolar. É o que afirmam pesquisadores suecos num artigo publicado na revista Neuroscience Letters.
Uma das hipóteses é a de que a barreira hematoencefálica (BHE), que "filtra" as substâncias que entram no sistema nervoso central, seria menos permeável aos aminoácidos triptofano e tirosina, matérias-primas dos neurotransmissores cuja escassez estaria na raiz do problema. Como estudos anteriores já haviam mostrado que os fibroblastos se comportam de forma muito parecida às células da BHE no que diz respeito ao transporte desses aminoácidos, os cientistas investigaram o funcionamento dessas células cutâneas em portadores destes distúrbios.
Testes preliminares mostraram que o transporte de tirosina para dentro dos fibroblastos foi menor em pacientes tanto com transtorno bipolar quanto com esquizofrenia. Para os autores, essas evidencias sugerem que uma variação genética comum deve estar presente as duas doenças. Além disso, se novos estudos confirmarem essa associação, os fibroblastos poderiam ser marcadores úteis para entender a origem desses transtornos e, quem sabe, abrir perspectivas para o desenvolvimento de testes de diagnóstico laboratorial.

Revista Mente e Cérebro, n. 199,p. 40, 2009