segunda-feira, 31 de maio de 2010

Curso de Orientação e Mobilidade em Telêmaco Borba/Pr

Autismo e Oxitocina

"Entre todos os genes-candidatos (à descoberta do AUTISMO), a descoberta de um deles tem gerado efeitos práticos mais concretos. Trata-se do gene responsável pelo controle da produção da OXITOCINA, um hormônio relacionado ao sistema reprodutor feminino, que é produzido no hipotálamo. Apelidada de hormônio do amor e hormônio da confiança graças ao seu papel nas relações interpessoais e nos comportamentos afetivos, a oxitocina tem sido analisada em vários países por seu potencial de tratamento de alguns comportamentos autistas, como a ausência de contato visual e a dificuldade de relação com outras pessoas.
Alguns estudos já comprovaram que pessoas com algum tipo de desordem do espectro autista têm menos oxitocina no sangue periférico. Em experimentação em roedores, percebeu-se que a proteína CD38 regula a secreção de oxitocina. Nos roedores em que falta a proteína CD38, os níveis de oxitocina no sangue são baixos.
Foi a partir dessa constatação que instituições do mundo têm realizado testes que analisam os efeitos da inalação de oxitocina em pacientes autistas sob a forma de spray nasal. Um desses estudos, publicado na revista norte-americana PNAS, foi coordenado pela neurociêntista francesa Elissar Andari, do Instituto de Pesquisas Científicas da França."

Matéria da Revista SBPC. vol. 45, maio 2010.

Cegos e aprendizagem

Antes de iniciar o processo de alfabetização com cegos, podemos utilizar o instrumento de avaliação chamado REPERTÓRIO BÁSICO PARA ALFABETIZAÇÃO (IAR). Este instrumento foi elaborado por LEITE(1984) e adaptado por CAPELLINI(2001), que foi aplicado a cada criança individualmente. O IAR pode avaliar questões que envolvem habilidades e conceitos: Ex.

Esquema corporal/espaço/direção/lateralidade/
Tamanho/forma/discriminação tátil/
Verbalização de palavras/análise/Síntese

Para quem trabalha com a deficiência visual e precisa de uma material para referenciar sua ações, este instrumento pode ajudar.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Células-tronco embriônicas

Células em reprodução

Células-tronco

Como abordar assuntos sobre reabilitação e não comentar sobre as células-tronco? Há muito que os pesquisadores vêm descobrindo novidades sobre este assunto e, hoje sabemos como é um assunto fundamental para qualquer profissional da reabilitação.  Na revista Scientific American (Brasil), leio sobre o assunto e gostaria de compartilhar a matéria (p.27)
(...) Células-tronco do sangue, por exemplo, regeneram continuamente os 12 tipos diferentes de células sanguíneas e imunológicas, e as células-tronco epiteliais são responsávei pela regeneração sistemática de nossa pele e dos cabelos a cada poucas semanas.
A única coisa que, em circunstâncias normais, jamais acontece nos mamíferos é que uma célula se desdiferencie, ou seja, retroceda a um tipo mais primitivo. De fato, a única exceção a essa regra são as células cancerosas, que podem se tornar menos diferenciadas que o tecido em que surgem de início. Infelizmente, algumas dessas células conseguem também de dividir infinitamente, apresentando uma imortalidade semelhante à das pluripotentes.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Jogos Simbólicos

Não apenas um companheiro do blog mas, vários (três, talvez...) me perguntam sobre os jogos simbólicos. A importância destes jogos servem, não só para crianças cegas ou autistas, mas para qualquer criança. Para não repetir autor para explicar a psicologia do jogo, empresto as informações de FONSECA, quando escreve sobre ELKONIN (1998). (...) baseando-se em Vygotsky, ultrapassa a concepção do jogo como puro ato sensório-motor ou como pura coordenação oculomotora e vai mais longe na concepção do jogo simbólico, não o considerando como uma continuação do jogo sensório-motor piagetiano, apenas centrado nos próprios objetos.
ELKONIN considera o jogo como um dos fenômenos mais transcendentes da vida infantil, mostrando o papel da atuação conjunta da criança com o adulto na sua ontogênese. Segundo esse autor russo (mais um...), o jogo é um placo privilegiado de interação entre os adultos e as crianças, onde as crianças descobrem as funções dos objetos, sua significação social, pelas ações dos adultos.

> é importante que os pais e profissionais da área fiquem atentos às crianças que não simbobilizam, principalmente na idade entre os 18 e 36 meses. Esta idade todas as crianças estão "sonhando" e brincando, quando isso não acontece, algo precisa ser feito.

Companheiro deste blog:
obs: não respondo os e-mail nominalmente para preservar meus "companheiros", se você preferir que faça referência ao seu nome, por favor, me informe.

até

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Novas pesquisas sobre o TOC

Pessoas com transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) - você conhece alguém com TOC? Talvez esteja bem perto de você. (...) comparam seus pensamentos intrusivos e pulsões poderosas para realizar uma ação repetidamente a tiques incontroláveis. Existe uma conexão: movimentos involuntários, tais como vistos na doença de HUNTINGTON (você já assistiu ao seriado HOUSE?), originam-se nos gânglios da basais - grupo de estruturas envolvidas em iniciar e coordenar ações motoras básicas. O núcleo caudado dos gânglios da base também faz parte do circuito cerebral que comanda o TOC, junto com o córtex orbitofrontal - região crítica para tomada de decisões e julgamentos morais - e o tálamo, que retransmite e integra informações sensoriais. Em pacientes de TOC, a hiperatividade é evidente em partes do córtex frontal e dos gânglios basais - e o "disparo" dessas regiões é mais sincronizado do que em pessoas normais.

Scientific American

Reparem que a área Gânglios basais também se refere à materia seguinte. Ou seja, como é importante para o desenvolvimento normal do ser humano. Para os interessando em Parkinson, essa área também é muito estudada.

O que provoca a gagueira?

De acordo com o Instituto Brasileiro de Fluência (IBF), ela provavelmente é causada pelo mau funcionamento de áreas do cérebro responsáveis pela automatização da fala. São os chamados "núcleos da base", que não conseguem ajustar bem o tempo de duração dos sons e das sílabas. Mesmo quem tem predisposição só desenvolve o distúrbio ao interagir com o ambiente. Outras causas estariam ligadas a lesões na estrutura do cérebro durante a gestação - falta de oxigênio, prematuridade ou traumatismos.

Revista Super Interessante (edição especial, 2010)

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Fernando Pessoa

"Eu amo tudo o que foi


Tudo o que já não é

A dor que já não me dói

A antiga e errônea fé

O ontem que a dor deixou

O que deixou alegria

Só porque foi, e voou

E hoje é já outro dia."

Prevenção da Cegueira

...Stilma et al., citados por Temporini e Kara-José (2004), escreveram sobre as ações prioritárias de campanhas contra a cegueira, sendo uma delas a "VISION 2020: THE RIGHT TO SIGHT", talvez o projeto de prevenção da cegueira organizado pela OMS mais bem recebido pela comunidade científica.


Dado a dica
Ref: do meu livro

Como (não)enxergamos

UMA PISTA PARA A NOVA VISÃO

Pesquisadores já sabem há algum tempo que do fluxo virtualmente infinito (10 bilhões de bits) em torno do cérebro, apenas um filete de informações vai para os centros de processamento desse órgão. Embora 6 milhões de bits sejam transmitidos através do nervo óptico, por exemplo, somente 10 mil bits chegam à área de processamento virtual do cérebro; e destes, apenas algumas centenas participam da formulação da percepção consciente - o que é escasso demais para gerar uma percepção significativa por si mesmos. A descoberta sugeriu que o cérebro provavelmente faz constantes predições sobre o ambiente externo, em antecipação a insignificantes impulsos sensoriais que chegam a ele do mundo externo.

Scientific American Brasil - Abril 2010, p. 25