"Entre todos os genes-candidatos (à descoberta do AUTISMO), a descoberta de um deles tem gerado efeitos práticos mais concretos. Trata-se do gene responsável pelo controle da produção da OXITOCINA, um hormônio relacionado ao sistema reprodutor feminino, que é produzido no hipotálamo. Apelidada de hormônio do amor e hormônio da confiança graças ao seu papel nas relações interpessoais e nos comportamentos afetivos, a oxitocina tem sido analisada em vários países por seu potencial de tratamento de alguns comportamentos autistas, como a ausência de contato visual e a dificuldade de relação com outras pessoas.
Alguns estudos já comprovaram que pessoas com algum tipo de desordem do espectro autista têm menos oxitocina no sangue periférico. Em experimentação em roedores, percebeu-se que a proteína CD38 regula a secreção de oxitocina. Nos roedores em que falta a proteína CD38, os níveis de oxitocina no sangue são baixos.
Foi a partir dessa constatação que instituições do mundo têm realizado testes que analisam os efeitos da inalação de oxitocina em pacientes autistas sob a forma de spray nasal. Um desses estudos, publicado na revista norte-americana PNAS, foi coordenado pela neurociêntista francesa Elissar Andari, do Instituto de Pesquisas Científicas da França."
Matéria da Revista SBPC. vol. 45, maio 2010.
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