quinta-feira, 27 de dezembro de 2007
Mediação da aprendizagem
Um bom livro para quem gosta de educação e educação especial é "Mediação da aprendizagem" de Marcos Meier e Sandra Garcia, este livro aborda entre outros assuntos as contribuições de Feuerstein e de Vygotsky. Na primeira citação de Feuerstein "podem me dar os parabéns. Tenho o orgulho de anunciar que acabei de me tornar avô. Meu neto tem síndrome de Down". Só por isso, principalmente para quem trabalha com deficientes, vale a pena conferir.
quarta-feira, 26 de dezembro de 2007
Fernando Pessoa
A mais vil de todas as necessidades- a da confidência, a da confissão. É a necessidade da alma de ser exterior.
Confessa, sim; mas confessa o que não sentes. Livra a tua alma, sim, do peso dos seus segredos, dizendo-os; mas ainda bem que os segredos que digas, nunca os tenhas tido. Mente a ti prórpio antes de dizeres essa verdade. Exprimir é sempre errar. Sê consciente: exprimir seja, para ti, mentir.
Confessa, sim; mas confessa o que não sentes. Livra a tua alma, sim, do peso dos seus segredos, dizendo-os; mas ainda bem que os segredos que digas, nunca os tenhas tido. Mente a ti prórpio antes de dizeres essa verdade. Exprimir é sempre errar. Sê consciente: exprimir seja, para ti, mentir.
quinta-feira, 20 de dezembro de 2007
segunda-feira, 17 de dezembro de 2007
Distúrbios de aprendizagem
De origem neurológica: de acordo com os estudos efetuados pela doutora Sally Shaywitz, neurocientista da Faculdade de Medicina da Universidade de Yale, que se apoiaram no uso da imagiologia por ressonância magnética (IRM), as crianças com dislexia, quando executam tarefas do tipo intelectual como, por exemplo, a leitura, parecem apresentar uma atividade reduzida no giro angular - a zona do cérebro que liga as áreas do córtex visual e da associação visual às áreas de linguagem - acompanhada de uma atividade excessiva na área de Broca, responsável pelos mecanismos motores da fala.
-Padrão desigual de desenvolvimento
-Envolvimento processual
-Dificuldades numa ou mais áreas acadêmicas e de aprendizagem
- Discrepância acadêmica
-Exclusão de outras causas
-Condição vitalícia
-Padrão desigual de desenvolvimento
-Envolvimento processual
-Dificuldades numa ou mais áreas acadêmicas e de aprendizagem
- Discrepância acadêmica
-Exclusão de outras causas
-Condição vitalícia
terça-feira, 4 de dezembro de 2007
Inclusão e neoliberalismo
Para entender um pouco deste processo da inclusão, precisamos saber como o neoliberalismo interfere nesta área. CHAUI (1999) é a nossa guia para esta explicação, apresento algumas características que ela aponta.
1) o desemprego estrutural 2) o capitalismo financeiro, marcado pela desvalorização do trabalho produtivo e pelo destaque dado ao dinheiro 3) o aumento do setor de serviços e a terceirização, que fragmenta e dispersa a produção, assim como reduz ainda mais a possibilidade de organização dos trabalhadores 4) o monopólio dos conhecimentos e da informação 5) a rejeição da presença estatal não só no âmbito do mercado como também das políticas sociais 6) a ressignificação do Estado nacional, devido a transnacionalização da economia, o que faz o fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial os centros econômicos, jurídicos e políticos 7) a substituição da visão entre países de primeiro e terceiro mundo pela existência, em cada país, de bolsões de riqueza e de miséria absoluta.
Além disso o neoliberalismo não tem apenas as dimensões econômicas e políticas, ele é também ideologia. Neste raciocínio, o estado perde sua função mediadora. A competição é a principal figura neste cenário, deixando os mais desprovidos de recursos e de competência geral excluídos.
Assim conseguimos entender melhor como os deficientes são excluídos naturalmente, sem percebemos porque isso acontece.
1) o desemprego estrutural 2) o capitalismo financeiro, marcado pela desvalorização do trabalho produtivo e pelo destaque dado ao dinheiro 3) o aumento do setor de serviços e a terceirização, que fragmenta e dispersa a produção, assim como reduz ainda mais a possibilidade de organização dos trabalhadores 4) o monopólio dos conhecimentos e da informação 5) a rejeição da presença estatal não só no âmbito do mercado como também das políticas sociais 6) a ressignificação do Estado nacional, devido a transnacionalização da economia, o que faz o fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial os centros econômicos, jurídicos e políticos 7) a substituição da visão entre países de primeiro e terceiro mundo pela existência, em cada país, de bolsões de riqueza e de miséria absoluta.
Além disso o neoliberalismo não tem apenas as dimensões econômicas e políticas, ele é também ideologia. Neste raciocínio, o estado perde sua função mediadora. A competição é a principal figura neste cenário, deixando os mais desprovidos de recursos e de competência geral excluídos.
Assim conseguimos entender melhor como os deficientes são excluídos naturalmente, sem percebemos porque isso acontece.
quinta-feira, 29 de novembro de 2007
segunda-feira, 26 de novembro de 2007
História que ajuda entender um pouco mais a Educação Especial
"Há setecentos anos, Frederico II, imperador do Sacro Império Romano-Germânico, efetuou um experimento para determinar que língua as crianças falariam quando crescessem, se jamais tivessem ouvido uma única palavra falada: falariam hebraico (que então se julgava ser a língua mais antiga), grego, latim ou a língua de seu país?
Deu instruções às amas e mães adotivas para que alimentassem as crianças e lhes dessem banho, mas que sob hipótese nenhuma falassem com elas ou perto delas. O experimento fracassou, porque todas as crianças morreram."
fonte: Paul B. Horton e Shester L Hunt, Sociologia, p. 77)
Deu instruções às amas e mães adotivas para que alimentassem as crianças e lhes dessem banho, mas que sob hipótese nenhuma falassem com elas ou perto delas. O experimento fracassou, porque todas as crianças morreram."
fonte: Paul B. Horton e Shester L Hunt, Sociologia, p. 77)
sexta-feira, 23 de novembro de 2007
O HUMANO DO HUMANO
UNIDUALIDADE: O humano é um ser a um só tempo plenamente biológico e plenamente cultural, que traz em si a unidualidade originária. É super e hipervivente: desenvolveu de modo surpreendente as potencialidades da vida. Exprime de maneira hipertrofiada as qualidades egocêntricas e altruístas do indivíduo, alcança paroxismos de vida em êxtase e na embriaguês, ferve de ardores orgiásticos e orgásmicos, e é nesta hipervitalidade que o HOMO SAPIENS é também HOMO DEMENS.
O homem é, portanto, um ser plenamente biológico, mas, se não dispusesse plenamente da cultura, seria um primata do mais baixo nível. A cultura acumula em si o que é conservado, transmitido, aprendido, e comporta normas e princípios de aquisição.
do livro "Os sete saberes necessários à educação do futuro" EDGAR MORIN
O homem é, portanto, um ser plenamente biológico, mas, se não dispusesse plenamente da cultura, seria um primata do mais baixo nível. A cultura acumula em si o que é conservado, transmitido, aprendido, e comporta normas e princípios de aquisição.
do livro "Os sete saberes necessários à educação do futuro" EDGAR MORIN
domingo, 18 de novembro de 2007
Drogas, coisa do esporte
Como só se fala em Rebeca Gusmão, se usou ou não drogas para melhorar seu rendimento, busco, para uma compreensão mais técnica, um trecho do capítulo do livro "Ensaios sobre história e sociologia nos esportes" escrito por Ivan Waddington. ..."naturalmente, é difícil chegar uma estimativa precisa da extensão do uso de drogas para melhorar o desempenho nos esportes, uma vez que os envolvidos na prática normalmente tratam de esconder suas atividades. Entretanto, a evidência disponível sugere que o uso de drogas para melhorar o desempenho atlético tem aumentado substancialmente desde 1945 e que o seu uso nos esportes de elite está bastante difundido.
Acredita-se que o aumento atual no uso de drogas que melhoram o desempenho nos esportes data do final dos anos 1950 e começo dos anos 1960. Em 1968, o númeto estimado de atletas americanos de campo e pista que tinham usado esteróides nos campos de treinamento pré-olímpico era de 1/3 do total dos participantes (Todd, 1987, p.95). Nos anos 1970, o uso de drogas que melhoraram o desempenho atlético passou a ser considerado essencial nos treinos e/ou competições por muitos atletas. (Coni, 1988, p.B14) e existe evidência sugerindo que, desde então, o uso dessas substâncias passou a ser ainda mais comum."
Alguma dúvida em alguns dopings do séc. XXI
Acredita-se que o aumento atual no uso de drogas que melhoram o desempenho nos esportes data do final dos anos 1950 e começo dos anos 1960. Em 1968, o númeto estimado de atletas americanos de campo e pista que tinham usado esteróides nos campos de treinamento pré-olímpico era de 1/3 do total dos participantes (Todd, 1987, p.95). Nos anos 1970, o uso de drogas que melhoraram o desempenho atlético passou a ser considerado essencial nos treinos e/ou competições por muitos atletas. (Coni, 1988, p.B14) e existe evidência sugerindo que, desde então, o uso dessas substâncias passou a ser ainda mais comum."
Alguma dúvida em alguns dopings do séc. XXI
domingo, 11 de novembro de 2007
INCLUSÃO NAS ESCOLAS DE CAMPINAS - relato de um programa por, Claudia Mara da Silva.
Campinas tem um trabalho com alunos deficientes na rede municipal desde 1990 após Constituição Federal de 1988 que colocava como ponto “ educação é direito de todos”.
Neste inicio começou de uma forma simples com poucos alunos espalhados pelas escolas do infantil e fundamental , com apenas um professor de educação especial mediador e orientador .
A partir de 1990 um grupo de 5 profissionais da área , ingressantes no concurso público para o ensino regular, mas com graduação em educação especial ,apresentaram um projeto de orientação as escolas que na época já apresentavam um número maior de alunos.Este projeto passou a ser programa e com isto aumentando o número de profissionais .Em 1999 houve uma conquista de cargos públicos em educação especial , 200 no total, e em 2000 ocorre o primeiro concurso público efetivando 126 profissionais das mais variadas habilitações.
Atualmente estamos com 146 professores com formação em educação especial , sendo 132 efetivas e o restante contratadas.
Nossa rede é composta de 205 escolas entre fundamental e infantil e estamos com 1.230 alunos deficientes nestas 205 escolas, contamos com salas de recursos em deficiente auditivo , visuais e múltipla deficiência.
De 2005 para frente começamos a observar um ingresso maior de transtornos invasivos do desenvolvimento devido uma reorganização de verbas da Ação Social para com as entidades , quanto mais alunos incluídos nas escolas regulares mais verbas receberiam.
Com esta nova proposta o ingresso de alunos com transtornos invasivos triplicou frente ao que tínhamos, chegando hoje a um total de 28 alunos com diagnóstico e outros em processo de avaliação .
Estes números e a complexidade dos casos nos fez buscar recursos e conhecimentos pontuais para realizar um trabalho de qualidade e com a perspectiva deste aluno na escola regular, encontramos um referencial de trabalho com transtornos invasivos do desenvolvimento na rede pública de Belo Horizonte no núcleo de inclusão de Autismo, na pessoa do prof. Odilon Marciano da Mata, no qual já realizou duas formações em Campinas com resultados muito bons .
Transtornos invasivos do desenvolvimento é um quadro que nos desafia muito devido a complexidade , mas quando observamos que existe uma forma de trabalho, uma rotina , que este aluno necessita muitas vezes de um colaborador para realizar a antecipação , nos faz ver que muitas exclusões dos espaços escolares é feita pelos profissionais , por desconhecer um trabalho , não buscar formação adequada.
Os debates nos espaços escolares hoje ressalta o conteúdo formal sempre em primeiro lugar , e estes alunos trazem como características do próprio transtorno dificuldades de comunicação , dificuldades de socializar , estereotipias , rotina constante, faz com que seja um desafio estarem entre alunos normais e algumas vezes o conteúdo funcional será trabalhado em primeiro lugar, e este entendimento para escola muitas vezes é difícil.
Já obtivemos muito sucesso com alunos que ingressaram nestes anos , síndrome de Asperger formando-se na 8ª série , autistas com 12 anos ingressantes com fralda e que agora já controlam esfíncter e fazem parte da escola na sua composição , nos programas , nos passeios ,no processo da escola.
Agora nos deparamos com quadros mais complexos, são síndromes diversas que trazem o autismo como mais um fator junto aos demais nesta criança , G. é um aluno com síndrome de Down surdo cego e autista, é um desafio , uma busca contínua de trabalho , de observação e entendimento das reações apresentadas , progressos já são observados tanto do aluno quanto da escola na leitura de seu significado , pois deixamos de ver apenas conteúdos formais para repensar conteúdos funcionais porque também faz parte da apropriação deste indivíduo , não só dele e sim de todos , precisamos rever os espaços educacionais , as propostas curriculares impostas e rever nossa prática docente, muitas vezes para não sermos nós profissionais da educação as maiores barreiras encontradas por este aluno.
Neste inicio começou de uma forma simples com poucos alunos espalhados pelas escolas do infantil e fundamental , com apenas um professor de educação especial mediador e orientador .
A partir de 1990 um grupo de 5 profissionais da área , ingressantes no concurso público para o ensino regular, mas com graduação em educação especial ,apresentaram um projeto de orientação as escolas que na época já apresentavam um número maior de alunos.Este projeto passou a ser programa e com isto aumentando o número de profissionais .Em 1999 houve uma conquista de cargos públicos em educação especial , 200 no total, e em 2000 ocorre o primeiro concurso público efetivando 126 profissionais das mais variadas habilitações.
Atualmente estamos com 146 professores com formação em educação especial , sendo 132 efetivas e o restante contratadas.
Nossa rede é composta de 205 escolas entre fundamental e infantil e estamos com 1.230 alunos deficientes nestas 205 escolas, contamos com salas de recursos em deficiente auditivo , visuais e múltipla deficiência.
De 2005 para frente começamos a observar um ingresso maior de transtornos invasivos do desenvolvimento devido uma reorganização de verbas da Ação Social para com as entidades , quanto mais alunos incluídos nas escolas regulares mais verbas receberiam.
Com esta nova proposta o ingresso de alunos com transtornos invasivos triplicou frente ao que tínhamos, chegando hoje a um total de 28 alunos com diagnóstico e outros em processo de avaliação .
Estes números e a complexidade dos casos nos fez buscar recursos e conhecimentos pontuais para realizar um trabalho de qualidade e com a perspectiva deste aluno na escola regular, encontramos um referencial de trabalho com transtornos invasivos do desenvolvimento na rede pública de Belo Horizonte no núcleo de inclusão de Autismo, na pessoa do prof. Odilon Marciano da Mata, no qual já realizou duas formações em Campinas com resultados muito bons .
Transtornos invasivos do desenvolvimento é um quadro que nos desafia muito devido a complexidade , mas quando observamos que existe uma forma de trabalho, uma rotina , que este aluno necessita muitas vezes de um colaborador para realizar a antecipação , nos faz ver que muitas exclusões dos espaços escolares é feita pelos profissionais , por desconhecer um trabalho , não buscar formação adequada.
Os debates nos espaços escolares hoje ressalta o conteúdo formal sempre em primeiro lugar , e estes alunos trazem como características do próprio transtorno dificuldades de comunicação , dificuldades de socializar , estereotipias , rotina constante, faz com que seja um desafio estarem entre alunos normais e algumas vezes o conteúdo funcional será trabalhado em primeiro lugar, e este entendimento para escola muitas vezes é difícil.
Já obtivemos muito sucesso com alunos que ingressaram nestes anos , síndrome de Asperger formando-se na 8ª série , autistas com 12 anos ingressantes com fralda e que agora já controlam esfíncter e fazem parte da escola na sua composição , nos programas , nos passeios ,no processo da escola.
Agora nos deparamos com quadros mais complexos, são síndromes diversas que trazem o autismo como mais um fator junto aos demais nesta criança , G. é um aluno com síndrome de Down surdo cego e autista, é um desafio , uma busca contínua de trabalho , de observação e entendimento das reações apresentadas , progressos já são observados tanto do aluno quanto da escola na leitura de seu significado , pois deixamos de ver apenas conteúdos formais para repensar conteúdos funcionais porque também faz parte da apropriação deste indivíduo , não só dele e sim de todos , precisamos rever os espaços educacionais , as propostas curriculares impostas e rever nossa prática docente, muitas vezes para não sermos nós profissionais da educação as maiores barreiras encontradas por este aluno.
quinta-feira, 8 de novembro de 2007
Fernando Pessoa
...Toda a vida da alma humana é um movimento na penumbra. Vivemos, num lusco-fusco da consciência, nunca certos com o que somos ou com o que nos supomos ser. Nos melhores de nós vive a vaidade de qualquer coisa, e há um erro cujo ângulo não sabemos. Somos qualquer coisa que se passa no intervalo de um espetáculo; por vezes, por certas portas, entrevemos o que talvez não seja senão cenário. Todo o mundo é confuso, como vozes na noite. Estas páginas, em que registro com uma clareza que dura para elas, agora mesmo as reli e me interrogo. Que é isto, e para que é isto? Quem sou quando sinto? Que coisa morro quando sou? Como alguém que, de muito alto, tente distinguir as vidas do vale, eu assim mesmo me contemplo de um cimo, e sou, com tudo, uma paisagem indistinta e confusa...
sexta-feira, 2 de novembro de 2007
Folha de São Paulo de hoje
Estudo reforça hipótese de que cérebro administra memória como um computador:
O que o neurocientista Sidarta Ribeiro diz sobre o assunto: no cérebro, a estrutura chave por trás da memória de curto prazo é o hipocampo. Funciona como a memória RAM de um computador. Ele registra apenas as informações que precisam ser guardadas por breves momentos, como as letras de um texto no momento em que está sendo digitado.
A estrutura principal da memória de longo prazo no cérebro é o córtex, que cobre a superfície do órgão. Ele seria como um disco rígido de computador.
O grande achado dos pesquisadores brasileiros (um laboratório de pesquisa inaugurado recentemente em Natal, isto mesmo, no nordeste brasileiro, fazendo pesquisa como os países desenvolvidos) é que o cérebro, num processo que dura poucos segundos durante o sono, o hipocampo e o córtex entram em sincronia com seus neurônios, transferindo informações de uma estrutura para a outra.
Por isso, meu leitor(a), que são poucos ou poucas, durma sempre bem.
Mais informações: www.frontiersin.org "Frontiers in Neuroscience"
O que o neurocientista Sidarta Ribeiro diz sobre o assunto: no cérebro, a estrutura chave por trás da memória de curto prazo é o hipocampo. Funciona como a memória RAM de um computador. Ele registra apenas as informações que precisam ser guardadas por breves momentos, como as letras de um texto no momento em que está sendo digitado.
A estrutura principal da memória de longo prazo no cérebro é o córtex, que cobre a superfície do órgão. Ele seria como um disco rígido de computador.
O grande achado dos pesquisadores brasileiros (um laboratório de pesquisa inaugurado recentemente em Natal, isto mesmo, no nordeste brasileiro, fazendo pesquisa como os países desenvolvidos) é que o cérebro, num processo que dura poucos segundos durante o sono, o hipocampo e o córtex entram em sincronia com seus neurônios, transferindo informações de uma estrutura para a outra.
Por isso, meu leitor(a), que são poucos ou poucas, durma sempre bem.
Mais informações: www.frontiersin.org "Frontiers in Neuroscience"
sexta-feira, 26 de outubro de 2007
terça-feira, 23 de outubro de 2007
CURIOSIDADES SOBRE OS XIKRIN
Xikrin é uma etnia indígena de língua JÊ que mora no Pará e se autodenomina MEBENGOKRÊ, para quem o corpo de um novo ser humano vai sendo criado durante a gestação, gradativamente, por meio das relações sexuais; não há, portanto, um momento único de concepção, seguido da formação do corpo, mas sim uma formação contínua. Como mais de um homem pode contribuir para essa formação, o bebê pode ter mais de um pai, que será reconhecido e reconhecerá sua paternidade, participando de um ritual público quando do nascimento do bebê. A formação do corpo durante a gestação cria um laço corpóreo entre o bebê e seus genitores que não se encerra com o nascimento; pelo contrário, durará a vida toda. Quando o bebê tem ainda o corpo em formação, "mole" como eles dizem, os genitores devem respeitar cuidados com o seu próprio corpo que, se infringidos, causariam mal ao corpo do bebê; esssa é uma fase crucial, mas a ligação fundada na gestação perdura, e se revelará com toda força em situações de crise, como doenças.
segunda-feira, 15 de outubro de 2007
Ministério da Educação planeja o fim das escolas especiais
Saiu nos principais meios de comunicação do nosso país a notícia sobre o fim das escolas especiais. Ao todo são aproximadamente 380 mil estudantes de 7 mil instituições especializadas no país. As medidas estão previstas na versão preliminar da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, divulgada no mês passado. Estas orientações fundamentam-se na concepção de educação fundamentada nos direitos humanos, julgando necessário que esta educação seja em classes comuns do ensino regular. Lógico que os representantes das principais instituições das Escolas Especiais não gostaram, vão contestar estes Projetos.
Não tenho uma opinião formada sobre esse assunto pois, como Projeto inclusivo acho oportuno e necessário mas, o que é preciso saber é como colocar isso em prática, ou melhor, este Projeto em funcionamento. Nossas estruturas físicas e pessoais não estão prontas para esta realidade, por mais que busquemos estas práticas inclusivas. Por isso que não cheguei ainda a formar uma opinião sobre isso. Mas também, o que importa a minha opinião.
Não tenho uma opinião formada sobre esse assunto pois, como Projeto inclusivo acho oportuno e necessário mas, o que é preciso saber é como colocar isso em prática, ou melhor, este Projeto em funcionamento. Nossas estruturas físicas e pessoais não estão prontas para esta realidade, por mais que busquemos estas práticas inclusivas. Por isso que não cheguei ainda a formar uma opinião sobre isso. Mas também, o que importa a minha opinião.
segunda-feira, 8 de outubro de 2007
SINAIS DE ALERTA NO AUTISMO
Em um estudo realizado por FILIPEK (1999 apud López) informa os sinais de alerta por possível presença de Transtorno do Especto Autista
- Ausência de balbucio aos 12 meses
- Ausênica de, ou, não emprego de gestos para apontar algo aos 12 meses
- Ausência de palavras simples com 16 meses
-Ausência de frases espontâneas com 24 meses
-Qualquer retrocesso significativo na linguagem ou habilidades sociais em qualquer idade
- Ausência de balbucio aos 12 meses
- Ausênica de, ou, não emprego de gestos para apontar algo aos 12 meses
- Ausência de palavras simples com 16 meses
-Ausência de frases espontâneas com 24 meses
-Qualquer retrocesso significativo na linguagem ou habilidades sociais em qualquer idade
quarta-feira, 3 de outubro de 2007
AMBIENTES CENTRADOS NO APRENDIZ
Emprega-se a expressão "centrados no aprendiz" em referência aos ambientes que dão especial atenção ao conhecimento, às habilidades, às atitudes e às crenças trazidos pelos aprendizes para o cenário educacional. A expressão abrange prática de ensino que foram chamadas de "culturalmente responsivas", "culturalmente apropriadas", "culturalmente compatíveis", e "culturalmente relevantes". Ela também se aplica ao conceito de "ensino por diagnóstico": a tentativa de descobrir o que os estudantes pensam em relação aos problemas apresentados, discutindo os seus conceitos errôneos com sensibilidade e oferecendo-lhe situações para que continuem a pensar sobre o que os capacitaria a reformular suas idéias".
Estas informações são um trecho do livro "Como as pessoas aprendem - cérebro, mente, experiência e escola. John D. Bransford, Ann L. Brown (organizadores). editora Senac,2007.
Estas informações são um trecho do livro "Como as pessoas aprendem - cérebro, mente, experiência e escola. John D. Bransford, Ann L. Brown (organizadores). editora Senac,2007.
sábado, 29 de setembro de 2007
quarta-feira, 26 de setembro de 2007
Câncer e atividade física
Sempre perguntam da minha prática profissional quando exerço a função de reabilitador de pacientes em estados graves, se a função é do Fisioterapeuta ou de Fisiologista do Exercício. Como esse debate é cansativo e os mercados profissionais se protegem por si só, não entro em juízo de valor, se é certo ou errado defender esta ou aquela profissão, prefiro então reabilitar, já que tenho formação nas duas áreas. Uma definição simples de câncer; “crescimento descontrolado e a disseminação desenfreada de células anormais que formam aglomerados celulares de dimensões acima do normal que se tornam tumores”. Pois bem, a atividade física para pacientes com câncer pode ajudar no retorno à independência e a capacidade funcional do paciente. Uma das seqüelas nestes casos é a perda de massa muscular e um baixo nível de energia para a realização de atividades básicas, além é claro, da baixa auto-estima. Este “estrago” pode ser combatido com exercícios físicos orientados e planejados, possibilitando assim um retorno às atividades cotidianas. A quimioterapia e a radioterapia enfraquecem muito qualquer indivíduo, a prostração é o resultado de qualquer tratamento nos casos de câncer. A manutenção e a restauração da função constituem desafios para os que sobrevivem ao câncer mas, para isso a introdução de exercícios físicos pode ser um fato curioso e até certo ponto novo na reabilitação dessa doença trágica. Por outro lado, uma evidência epidemiológica, coisa que não é novidade, demonstra relação inversa significativa entre a quantidade de atividade física ocupacional ou nas horas de lazer e a redução no risco de câncer por todas as causas. Muitos estudos sérios comprovam a eficácia do exercício diário na prevenção de muitas doenças, entre elas o câncer. As dúvidas e as interrogações nestes estudos é a quantidade ideal e o tipo de exercício. O recomendável continuam sendo os exercícios aeróbios, ou seja, quando estamos em atividade de baixo impacto por mais de vinte minutos de duração contínua. Só aqui cabe um grande número de exercícios, por isso a dúvida, assim mesmo, é a única certeza que temos. O mais significativo nestas pesquisas é que existe uma possibilidade de prevenção, claro que não é a única, mas, é a alternativa mais inteligente ; exercício físico planejado.
p.s. os alimentos que contêm flavonóides demonstraram efeito protetor contra o câncer.
p.s. os alimentos que contêm flavonóides demonstraram efeito protetor contra o câncer.
segunda-feira, 17 de setembro de 2007
NÚMEROS QUE ASSUSTAM
Uma matéria da Folha de S.Paulo da semana passada revela uma pesquisa da SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia) que metade dos brasileiros é sedentária. Estes números aumentam conforme a idade, segundo a Folha. Dos 18 aos 24 anos, 39% dos brasileiros não praticam atividades físicas. Os números assustam mais ainda na medida em que os brasileiros ficam mais velhos, na faixa de idade de 25 a 44 anos, a taxa de sedentarismo é de 53%. No caso dos idosos de 60 a 70 anos os valores são de 57% dos que não fazem nada. Este resultado, que foi debatido no Congresso Brasileiro de Cardiologia na semana passada, prova mais uma vez o que esta coluna discute quase todas as semanas. A necessidade das pessoas, independente da idade, de se mexerem mais, isto porque a grande maioria das doenças deste século são provocadas pelo sedentarismo da população. A mesma matéria também informa que o país mais ativo, ou seja, menos pessoas sedentárias é a Finlândia, com apenas 8% não-adeptas de atividades físicas. Nosso presidente Lula, bem que podia, já que está visitando a Finlândia esta semana, conhecer o modelo que este país adota para fazer o mesmo no Brasil.
Alguns indicativos dessa nossa preguiça, todos já conhecemos, mas, não custa reforçar. Mecanização dos hábitos de vida, controle remoto para tudo, inclusive o uso demasiado do carro. Deixamos de andar em nossas calçadas devido à violência e a arquitetura inapropriada para o passeio à pé. As bicicletas foram esquecidas nas garagens à tempo, nossa cultura do trânsito não permite mais estas “aventuras”. Alguns podem lembrar das ciclovias, mesmo assim para chegar à elas já é um stress, à noite, nem pensar. Por isso, somos empurrados para academias fechadas, que nem sempre atende o interesse do grande público, principalmente pelos preços abusivos. Como nosso prefeito foi lembrado como o mais competente do país, é bom que ele não esqueça destes requisitos para os próximos projetos da cidade. As pessoas se violentam toda vez que são impedidas de se mexer, os carros acabam sendo os motivos do aparecimento de muitas neuroses. Com as ruas, praças e parques “abertos” para a prática de alguma atividade física, a cidade se humaniza, basta uma olhadela na Finlândia.
Alguns indicativos dessa nossa preguiça, todos já conhecemos, mas, não custa reforçar. Mecanização dos hábitos de vida, controle remoto para tudo, inclusive o uso demasiado do carro. Deixamos de andar em nossas calçadas devido à violência e a arquitetura inapropriada para o passeio à pé. As bicicletas foram esquecidas nas garagens à tempo, nossa cultura do trânsito não permite mais estas “aventuras”. Alguns podem lembrar das ciclovias, mesmo assim para chegar à elas já é um stress, à noite, nem pensar. Por isso, somos empurrados para academias fechadas, que nem sempre atende o interesse do grande público, principalmente pelos preços abusivos. Como nosso prefeito foi lembrado como o mais competente do país, é bom que ele não esqueça destes requisitos para os próximos projetos da cidade. As pessoas se violentam toda vez que são impedidas de se mexer, os carros acabam sendo os motivos do aparecimento de muitas neuroses. Com as ruas, praças e parques “abertos” para a prática de alguma atividade física, a cidade se humaniza, basta uma olhadela na Finlândia.
sexta-feira, 14 de setembro de 2007
Piaget e Apraxias
> Relaciona a apraxia sensório-cinética com a Etapa Sensório-Motora
> A Somato-Espacial com a fase intermediária entre o Sensório-motora e a Simbólica (imitação)
> Apraxias de Formulação Simbólica com a etapa caracterizada pelas Representações = figurativo e operativo
> A Somato-Espacial com a fase intermediária entre o Sensório-motora e a Simbólica (imitação)
> Apraxias de Formulação Simbólica com a etapa caracterizada pelas Representações = figurativo e operativo
quarta-feira, 5 de setembro de 2007
MARCAPASSO DO ENVELHECIMENTO
Esta é a minha coluna do Jornal do Estado desta semana
Envelhecer com saúde não é para todos, envelhecer sim, empurram-nos para esta idade conhecida como plena (do quê?). A cada ano aparecem novos estudos confirmando o que precisamos fazer para envelhecer com, digamos assim, saúde do Oscar Niemeyer. Pelé também faz parte daquelas pessoas que “parecem que não envelhecem”. Uma coisa é certa e, não podemos esquecer; hipófise, pâncreas, supra-renal e tireóide, modifica-se com a idade. Segundo alguns estudos, 40% dos indivíduos com 65 a 75 anos de idade e de 50% daqueles com mais de oitenta anos exibem uma tolerância à glicose deteriorada que resulta em diabetes tipo 2. Em outras palavras, essa é a forma mais comum dessa doença e, pior, muitos destes casos não são diagnosticados. Estas evidências não podem ser determinantes, caso contrário estaríamos, todos, sujeitos a morrer depois de comer uma sobremesa ou um churrasco de final de semana. Com exceção da predisposição genética e dos possíveis efeitos do próprio envelhecimento, a maior incidência na maioridade relaciona-se a dietas desbalanceadas, atividade física irregular e inadequada e, lógico, maior quantidade de gordura corporal, principalmente na região visceral-abdominal. Nesta lógica, as mulheres já fazem parte deste cálculo, do envelhecimento precoce e doentio, coisa que há pouco tempo estava longe destas estatísticas. Somado a isto, ou seja, aos problemas hormonais, temos uma redução de massa muscular e óssea de 10% a cada década depois dos trinta anos. Lógico que não são todos que vão perder esta quantidade de músculo e osso, apenas os “largados”, os que realmente não gostam de se mexer. Millôr, um dia escreveu sobre caminhada “é o que as pessoas fazem quando saem do carro e vão até o elevador”. Estas regras podem ser rompidas quando mantemos o corpo em movimento, a andropausa masculina e a menopausa não significam apenas diminuição do metabolismo, mas sim, sinais de novos tempos. Como não conheço o Oscar Niemeyer nem o Pelé pessoalmente, acredito que, além de tudo isso, eles se reinventaram, descobriram uma novo projeto de vida. Talvez isso seja um bom exemplo para os mais velhos, novos desafios. E que venham.
Envelhecer com saúde não é para todos, envelhecer sim, empurram-nos para esta idade conhecida como plena (do quê?). A cada ano aparecem novos estudos confirmando o que precisamos fazer para envelhecer com, digamos assim, saúde do Oscar Niemeyer. Pelé também faz parte daquelas pessoas que “parecem que não envelhecem”. Uma coisa é certa e, não podemos esquecer; hipófise, pâncreas, supra-renal e tireóide, modifica-se com a idade. Segundo alguns estudos, 40% dos indivíduos com 65 a 75 anos de idade e de 50% daqueles com mais de oitenta anos exibem uma tolerância à glicose deteriorada que resulta em diabetes tipo 2. Em outras palavras, essa é a forma mais comum dessa doença e, pior, muitos destes casos não são diagnosticados. Estas evidências não podem ser determinantes, caso contrário estaríamos, todos, sujeitos a morrer depois de comer uma sobremesa ou um churrasco de final de semana. Com exceção da predisposição genética e dos possíveis efeitos do próprio envelhecimento, a maior incidência na maioridade relaciona-se a dietas desbalanceadas, atividade física irregular e inadequada e, lógico, maior quantidade de gordura corporal, principalmente na região visceral-abdominal. Nesta lógica, as mulheres já fazem parte deste cálculo, do envelhecimento precoce e doentio, coisa que há pouco tempo estava longe destas estatísticas. Somado a isto, ou seja, aos problemas hormonais, temos uma redução de massa muscular e óssea de 10% a cada década depois dos trinta anos. Lógico que não são todos que vão perder esta quantidade de músculo e osso, apenas os “largados”, os que realmente não gostam de se mexer. Millôr, um dia escreveu sobre caminhada “é o que as pessoas fazem quando saem do carro e vão até o elevador”. Estas regras podem ser rompidas quando mantemos o corpo em movimento, a andropausa masculina e a menopausa não significam apenas diminuição do metabolismo, mas sim, sinais de novos tempos. Como não conheço o Oscar Niemeyer nem o Pelé pessoalmente, acredito que, além de tudo isso, eles se reinventaram, descobriram uma novo projeto de vida. Talvez isso seja um bom exemplo para os mais velhos, novos desafios. E que venham.
quarta-feira, 29 de agosto de 2007
Modelo neurológico do autismo infantil
Com base na analogia de sinais e condições encontradas em neurologia de adultos, concluem que a síndrome resulta de disfunção em um sistema de estruturas nervosas bilaterais, incluindo o anel do córtex mesolímbico, localizado nos lobos mesial frontal e temporal, neo-estriado e grupos anterior e medial do tálamo. O córtex mesolímbico é citoarquitetônica, angioarquitetônica e neuroquimicamente distinto. Com o estriado, forma uma bem definida área-alvo dos neurônios dopaminérgicos mesencefálicos. Isto levanta a possibilidade de que o autismo esteja relacionado a um desequilíbrio neuromediador naquelas estruturas. Tal disfunção pode resultar de alterações macro ou microscópicas na área-alvo ou em estruturas funcionalmente influenciadas por ela, em consequência de uma variedade de causas, tais como infecção virótica perinatal, insulto na área periventricular de menor perfusão sanguínea, ou pode ser geneticamente determinada por anormalidades bioquímicas.
A.Damásio e R. Maurer
A.Damásio e R. Maurer
sexta-feira, 24 de agosto de 2007
Autor desconhecido
"Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim"
Edouard Seguin (1812-1880)
Iluminismo Francês e autor de "Lê Traité dês Sensations". Foi o primeiro especialista em deficiência mental e ensino. Reconheceu a importância de treino sensório motor para o desenvolvimento dos deficientes mentais. Propôs uma teoria PSICOGENÉTICA e afirmou que, qualquer que fosse o gênero da deficiência dependeria de 3 aspectos: o grau de comprometimento de suas funções orgânicas, o quanto de inteligência que o deficiente apresentava e a habilidade na aplicação do método.
CULTURA CORPORAL
Na minha oluna de hoje do Jornal do Estado, escrevo sobre o livro "A dança dos deuses" "futebol, sociedade e cultura" de Hilário Franco Júnior. Talvez o livro mais completo sobre a cultura do futebol, traz histórias interessantes. Vale a pena ler. Mais informações entre e leia
www.jornaldoestado.com.br procure em esportes e CULTURA CORPORAL.
www.jornaldoestado.com.br procure em esportes e CULTURA CORPORAL.
quarta-feira, 22 de agosto de 2007
TESTES
Testes psicológicos e neuropsicológicos = Escala de inteligência para adultos de Wechsler.
Exame de Afasia Multilinguística = uma coleção de testes que avaliam vários aspectos da compreensão e produção de linguagem.
Teste de Benton = Discriminação Facial e para o juízo de orientação linear e testes de orientação geográfica e de construção bi e tridimensional de blocos.
Teste de cópia da figura complexa de Rey-Osterrieth.
Teste de Escolha de Cartões de Wisconsin.
Testes do lobo frontal = envolve a ordenação de uma série de cartões cuja imagem pode ser classificada de acordo com a cor.
Exame de Afasia Multilinguística = uma coleção de testes que avaliam vários aspectos da compreensão e produção de linguagem.
Teste de Benton = Discriminação Facial e para o juízo de orientação linear e testes de orientação geográfica e de construção bi e tridimensional de blocos.
Teste de cópia da figura complexa de Rey-Osterrieth.
Teste de Escolha de Cartões de Wisconsin.
Testes do lobo frontal = envolve a ordenação de uma série de cartões cuja imagem pode ser classificada de acordo com a cor.
quinta-feira, 16 de agosto de 2007
Praxia e o desenvolvimento intelectual
Piaget: "as praxias ou ações não são movimentos quaisquer, mas sistemas de movimentos coordenados em função de um resultado ou de uma intenção". É a partir deste conceito que Piaget desenvolve as suas idéias do desenvolvimento da inteligência.
segunda-feira, 13 de agosto de 2007
AFASIA
A afasia como o termo é geralmente usado, refere-se aqueles distúrbios motores e sensoriais da linguagem causados por lesões encefálicas, porém não aqueles determinados por problemas mentais, distúrbios nos órgãos sensoriais ou paralisias dos músculos essenciais para a fala. Para GOLDSTEIN, todos os distúrbios de linguagem podem ser designados como afasia, ex:
Disartria, afasia central, afasia amnésica, afasias transcorticais, agrafia, alexia, ecolalia.
Disartria, afasia central, afasia amnésica, afasias transcorticais, agrafia, alexia, ecolalia.
sexta-feira, 10 de agosto de 2007
Frenologia e Phineas Gage
O que estes dois assuntos do título têm em comum? A Frenologia, aquela mistura de psicologia primitiva, neurociência e filosofia prática, fundada por Franz Gall no final do séc. XVIII, afirmava, entre outras coisas que, o cérebro era o órgão do espírito. A principal teoria da frenologia é a especialização em cada uma das partes do cérebro. A Frenologia começa a ruir quando Gage, aos 25 anos, capataz da construção civil sofre um terrível acidente com mineração, seu cérebro é perfurado por uma barra de ferro e, apesar da tragédia e da perspectiva médica de ele nunca mais voltar a ser um cidadão "normal", supera todo este prognóstico. Foram muitos anos vivendo "aparentemente normal", as áreas cerebrais afetadas pelo acidente não danificaram-se como se sabia até então. Com esse caso, a neurologia começa a deslumbrar uma nova forma de estudar o cérebro, um cérebro capaz de se compensar. A frenologia com os dias contados. Hoje sabemos como a plasticidade cerebral funciona, como precisamos compreender melhor tudo isso.
terça-feira, 7 de agosto de 2007
ROUSSEAU E OS DEFICIENTES
O pensamento romântico do século XVIII, do qual Rousseau foi um exemplo tão célebre, inclinava-se a considerar toda desigualdade, toda miséria, toda culpa, todas as restrições como um resultado da civilização e a julgar que a inocência e a liberdade somente poderiam ser encontradas na natureza: "O homem nasce livre, mas por toda parte está acorrentado".
segunda-feira, 6 de agosto de 2007
PROSOPAGNOSIA
Prosopagnosia é um distúrbio genético ou causada por uma lesão neurológica que acarreta numa limitação para diferenciar feições. Também conhecida como "cegueira para feições", é uma inabilidade perceptiva que se caracteriza pelo não reconhecimento dos rostos. O indivíduo afetado consegue ver normalmente mas, os rostos de uma maneira geral passam a ser uma área como qualquer outra do corpo, como se fosse um outro cotovelo ou mesmo um joelho. Os afetados por este distúrbio usam alguns recursos próprios para a distinção das pessoas como; tom da voz, comprimento do cabelo, expressões corporais. O mais indicado nestes casos é um diagnóstico precoce e um acompanhamento especializado. Muitas vezes estas crianças são confundidas com autismo, devido ao desconhecimento dos rostos vistos.
Se este assunto lhe interessar, procure em: Neural systems for recognition of familiar faces. J.V. Haxby e M. Gobbini, em Neuropsychologia 45, 2007
rascunho
Se este assunto lhe interessar, procure em: Neural systems for recognition of familiar faces. J.V. Haxby e M. Gobbini, em Neuropsychologia 45, 2007
rascunho
segunda-feira, 30 de julho de 2007
LEITURAS NECESSÁRIAS
Na minha clínica com crianças cegas e autistas, preocupo-me sempre com a família destas crianças, uma realidade difícil e cruel, talvez imaginável para a grande maioria da sociedade. Atendo uma clientela deficiente poucas vezes na semana, cumpro um dever profissional, tento ignorar o sofrimento destes pais mas, sempre carrego comigo esta experiência. Por isso que, toda vez que alguém reclama pra mim da vida, sempre recomendo a leitura do romance de Tolstoi, "A MORTE DE IVAN ILYCH". A mensagem do livro é a seguinte: ...um burocrata maldoso que estava morrendo em agonia, depara-se com uma súbita e assombrosa percepção bem no fim da sua vida; ele nota que está morrendo muito mal porque viveu muito mal. Tenho uma teoria do mal Alzeihmer que ja escrevi aqui e reflete bem este pensamento do Tolstoi " se você não tiver uma história para contar, você padece de revoltas", apenas uma teoria sem conotação científica. Uma mensagem da internet que recebi hoje, reflete bem esta minha teoria "as vezes os próprios palhaços de circo precisam de público, se isso não for percebido por eles, a doença é iminente". Heidegger falava de dois modos de existência: o modo cotidiano e o modo ontológico (in Irvin Yalom, "Os desafios da terapia"). No modo cotidiano, somos consumidos e distraídos pelos meios materiais - ficamos assombrados em saber como as coisas são no mundo; no modo ontológio, nós nos concentramos em ser per se - isto é, ficamos assobrados em saber que as coisas são no mundo.
Mas como mudamos do modo cotidiano para o modo ontológico? Os filósofos frequentemente falam das "experiências limite". Experiências prementes que nos arrancam subitamente da nossa "cotidianidade" e fixam nossa atenção no próprio ser. A experiência limite mais poderosa é um confronto com a própria morte. Por isso comecei falando dos pais dos excepcionais e dos que gostam de reclamar da vida, talvez falte, para muitos, cuidar de uma criança deficiente ou passar por uma experiência limite.
Mas como mudamos do modo cotidiano para o modo ontológico? Os filósofos frequentemente falam das "experiências limite". Experiências prementes que nos arrancam subitamente da nossa "cotidianidade" e fixam nossa atenção no próprio ser. A experiência limite mais poderosa é um confronto com a própria morte. Por isso comecei falando dos pais dos excepcionais e dos que gostam de reclamar da vida, talvez falte, para muitos, cuidar de uma criança deficiente ou passar por uma experiência limite.
terça-feira, 24 de julho de 2007
PLASTICIDADE NEURAL
A plasticidade das estruturas nervosas pode ser considerada uma base teórica que respalda a intervenção precoce em crianças deficientes. Muitas crianças afetadas por patologias neurológicas têm um desenvolvimento razoável, apesar da existência de fatores de risco e um prognóstico incerto, associado a sua patologia. O que acontece muitas vezes, é um lesão neurológica detectada pela neuroimagem ou pelos resultados dos testes predictivos iniciais e, em muitos casos, a resposta final apresentada pela criança (paciente) é diferente do esperado. Existem evidências da plasticidade cerebral resultado da estimulação precoce mas, não se sabe ao certo o que ocorre no cérebro humano. Os fatores que podem favorecer a plasticidade cerebral são os externos como a qualidade do estímulo, tipos de reabilitação como também os fatores próprios da ecologia da criança (percepção da sua enfermidade e ambiente familiar que o rodeia, fatores demográficos, etc.) (Lebeer e Rijke, 2003)
segunda-feira, 16 de julho de 2007
L.S. VYGOTSKY
...Uma palavra não se refere a um único objeto, mas a um grupo ou classe de objetos. Cada palavra, portanto, já é uma generalização. A generalização é um ato verbal de pensamento e reflete a realidade de um modo bem diferente do refletido pela sensação e pela percepção.
GENE DA FALA
A linguagem verbal humana seria inerente à espécie, ou fruto de aprendizagem? O linguista Noam Chomsky, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), a maior referência, diga-se de passagem, confirma que a linguagem é essencialmente genética. Para confirmar esta teoria, a geneticista Simon Fisher, da Universidade de Oxford, identificou o cromossoma 7 modificado, da linguagem que, logo foi batizado de FoxP2. Esta descoberta é importante pois trata-se da primeira evidência genética para a origem da linguagem falada. Há muito já sabemos das áreas de Wernicke, área responsável pela compreensão da fala e, de Broca, para a produção motora da fala.Também sabemos pelos estudos anteriores que, os gânglios da base e o cerebelo auxiliam a modular os movimentos e são essenciais para as habilidades motoras complexas, ajudam inclusive a tocar um instrumento musical. Estas descobertas recentes incrementam novas possibildades de atuação da genética, a propor inclusive o tratamento de muitas pessoas que já poderiam estar falando normalmente. Atrás disso não podemos esquecer que os deficientes da fala continuam discriminados, excluídos. Foram e continuam sendo marginalizados da sociedade capitalista. Só como curiosidade histórica; foi preciso uma mente revolucionária para ajudar a comunicação dos surdos-mudos no séc. XVI, quando tudo começou. O abade De l Epée, muito humildemente, coisa não muito comum para um abade, foi buscar inspiração na lingua de sinais nativa dos surdos pobres que vagavam por Paris. Antes disso, todos os surdos-mudos não eram instruídos para iniciar uma comunicação com expressão corporal, hoje conhecida como LIBRAS. Desde do abade Epée, até esta descoberta do gene FoxP2, muitas pessoas continuam sem uma alternativa clara para a reabilitação, hoje a realidade mudou mas, precisamos muito coisa ainda para incluir uma parcela da população que está ansiosa por novas descobertas.
Um livro interessante sobre surdos-mudos, que trata desde assuntos históricos como alternativas de tratamento, chama-se "VENDO VOZES" de Oliver Sacks da Companhia das Letras, muito interessante o livro.
Um livro interessante sobre surdos-mudos, que trata desde assuntos históricos como alternativas de tratamento, chama-se "VENDO VOZES" de Oliver Sacks da Companhia das Letras, muito interessante o livro.
segunda-feira, 9 de julho de 2007
domingo, 1 de julho de 2007
Um pouco de história
Não sei como apareceu nas minhas "arrumações" um livro chamado "O HOMEM DESCOBRE SEU CORPO" de André Senet, edição de 1958, isso mesmo, não me enganei não. Fantástica a obra, um relato histórico e romântico do corpo humano. O livro trata de como tudo aconteceu, quem foram os principais pesquisadores, enfim, a história do corpo resgatada e não esquecida. Em um dos capítulo de Senet, descubro que o poeta romântico Victor Hugo sofre várias derrotas para entrar na Academia Francesa para o talentoso Marie Jean-Pierre Flourens. Então, quem é este tal de Flourens que supera em qualificação e sabedoria o mestre Victor Hugo? Em 1821 escreve uma das principais obras sobre o sistema nervoso "Pesquisas Experimentais Sobre as Funções e as Propriedades do Sistema Nervoso nos Animais Vertebrados. Flourens inicialmente trabalha com rãs e descobre que, privadas do cérebro conservam intactos o bulbo raquidiano e a medula espinal e continuam vivas: o coração continua a bater e a respiração continua regular. Para à época a descoberta é fantástica, novas possibilidades de estudos surgem à partir destes achados. Outro descobrimento importante de Flourens, também na mesma época, que muda os conceitos da fisiologia. Para o estudo do cerebelo ele utilizou pombos e...bem, sem o cerebelo o animal não conseguiu mais se orientar, fica titubeando como um homem em estado de embriaguez (ai, que coisa mais conhecida), além disso, é incapaz de voar e seus batidos de asas são irregulares, sem coordenação. Em contrapartida, não há paralisia alguma, o que demonstra que o cerebelo é o órgão do equilíbrio, o que controla a distribuição das ordens motoras aos diferentes músculos. Hoje, os estudos do cerebelo indicam para novas funções, inclusive da inteligência. Voltamos à 1840, Flourens quando pratica a ablação (para quem não sabe, significa, arrancar, tirar) dos hemisférios cerebrais sem ferir o cerebelo o pombo voa perfeitamente se é lançado no ar, porém jamais toma por si mesmo a iniciativa do vôo, ficando nem estado de prostração total, indiferente a tudo quanto se passa a seu redor (oferta de alimentos, ruídos, sinais luminosos, ameaças, etc. ). Concluiu-se com esta experiência inicial, e que mudou os chamados paradigmas (palavra que já cansou) da fisiologia humana, afirmando que os hemisférios cerebrais são, a sede da vida psíquica, ou seja, qualquer ato voluntário, consciente, implica uma parte de inteligência, sensibilidade e memória.
É isso por enquanto, espero que esta leitura tenha servido para algo.
É isso por enquanto, espero que esta leitura tenha servido para algo.
segunda-feira, 25 de junho de 2007
Às vezes fecho os olhos quando desejo ver
Paul Gauguin
Há um povo indígena no Acre que se autodefine Huni Kui, cuja tradução tem o significado de gente verdadeira. Um amigo que trabalha com tecelagem e é pesquisador dos corantes naturais da floresta brasileira me contou como esta tribo transmite os ensinamentos ancestrais para as novas gerações. São belos exemplos sobre a arte de ensinar, educar e trabalhar em equipe. Por meio de rituais simples, mas de grande significado e sabedoria, eles imprimem de forma eficiente, de uma geração para outra, o que vêm aprendendo há séculos. Por exemplo, a iniciação ao estudo da tecelagem começa sempre na lua nova e antes de uma menina receber as lições a professora coloca sobre os seus olhos duas pedrinhas. Faz uma oração e pede que a criança enxergue mais e melhor do que ela vai ensinar. Em seguida, a avó desta menina leva-a para a floresta e juntas fazem cantigas à jibóia para que esta também ensine com perfeição todos os pontos do tear. Os padrões da tecelagem da tribo chamam-se kenes e são inspirados no couro da cobra. Durante o tempo do aprendizado, enquanto realiza o trabalho, a aluna canta para chamar a força das pedrinhas e se manter concentrada na tarefa e no estudo. Com certeza estes rituais preparam o aprendiz para a concentração no trabalho a ser executado, a se comprometer com a lição e a estabelecer compromissos contínuos com a qualidade. Além disso, a tribo tem o seguinte conceito sobre o aprendizado: a melhor maneira de aprender as coisas é fazendo junto. Tudo é ensinado passo a passo. Não há pressa. A aprendizagem como um todo se estende até a fase adulta. Os meninos aprendem com o pai o serviço dos homens e as meninas com a mãe o trabalho das mulheres. Enquanto vão ensinando, os mais velhos contam histórias sobre o porquê daquele trabalho e daquele jeito. Um dos indígenas explicou a este meu amigo que professores e alunos buscam a memória do passado para compreender o presente e planejar o futuro. É surpreendente que um povo com esse grau de evolução seja chamado de selvagem!Os trabalhos artesanais e os desenhos desta tribo são reconhecidos pela alta qualidade. Cada padrão de imagem é baseado no couro da jibóia adulta. Como a cobra tem 25 padrões, eles podem fazer desenhos maiores em quantos formatos quiserem. É como lidar com as letras do nosso alfabeto, só que em desenhos.É lógico que temos conhecimentos bem diferentes para passar aos nossos filhos. Nosso modo de viver é outro, talvez mais complicado, com ferramentas complexas e maior amplitude de disciplinas. Lutamos pela mesma sobrevivência de outra maneira e o tempo corre acelerado para nós urbanos. Mas quero chamar a atenção para o modo como a tribo Huni Kui enxerga o aprendizado: há alguma coisa de sagrado no ato de ensinar e aprender entre eles. Existem rituais como o de fechar os olhos para ver melhor o que a professora ensina; de cantar para louvar o grande provedor de ensinamentos neste caso, a cobra; de trabalhar alegre e cantando para chamar a atenção do aluno para a concentração no trabalho. Nós entregamos nossos filhos às escolas e só nos preocupamos com a sua educação de vez em quando, ao darmos uma passada de olhos nos boletins ou quando somos chamados à orientação pedagógica para saber, sempre tarde demais, que nosso filho está com algum problema. A maioria de nós delega a tarefa sagrada do ensinar às professoras, esperando delas ações que deveriam ser da exclusividade dos pais. Muitos deixam crianças por conta de empregadas domésticas e da babá eletrônica. Depois, por culpa, enchem as crianças de presentes, mimos e estragos. Não seria melhor ensinar fazendo junto, aproveitar melhor este curto espaço de tempo que temos ao lado dos nossos filhos? É pouco tempo mesmo. Quando se fica mais velho percebe-se isto. Então será tarde demais. Os pais se desculpam dizendo que têm que ganhar a vida, o trabalho ocupa todo o tempo, viagens e reuniões sem fim, o trânsito é um caos. Sei que com um pouco de disciplina e esforço pais e mães podem dar um suporte melhor à educação dos filhos. Quando estiver em casa, na companhia deles, esqueça por completo os afazeres do dia-a-dia profissional e só pense na qualidade da sua presença. Pois se estiver com os filhos e ficar pensando no trabalho, não estará com eles, mas sim no trabalho. Faça como os Huni Kui, gente verdadeira, brinque sério de ensinar seus filhos. As futuras gerações agradecerão.
Há um povo indígena no Acre que se autodefine Huni Kui, cuja tradução tem o significado de gente verdadeira. Um amigo que trabalha com tecelagem e é pesquisador dos corantes naturais da floresta brasileira me contou como esta tribo transmite os ensinamentos ancestrais para as novas gerações. São belos exemplos sobre a arte de ensinar, educar e trabalhar em equipe. Por meio de rituais simples, mas de grande significado e sabedoria, eles imprimem de forma eficiente, de uma geração para outra, o que vêm aprendendo há séculos. Por exemplo, a iniciação ao estudo da tecelagem começa sempre na lua nova e antes de uma menina receber as lições a professora coloca sobre os seus olhos duas pedrinhas. Faz uma oração e pede que a criança enxergue mais e melhor do que ela vai ensinar. Em seguida, a avó desta menina leva-a para a floresta e juntas fazem cantigas à jibóia para que esta também ensine com perfeição todos os pontos do tear. Os padrões da tecelagem da tribo chamam-se kenes e são inspirados no couro da cobra. Durante o tempo do aprendizado, enquanto realiza o trabalho, a aluna canta para chamar a força das pedrinhas e se manter concentrada na tarefa e no estudo. Com certeza estes rituais preparam o aprendiz para a concentração no trabalho a ser executado, a se comprometer com a lição e a estabelecer compromissos contínuos com a qualidade. Além disso, a tribo tem o seguinte conceito sobre o aprendizado: a melhor maneira de aprender as coisas é fazendo junto. Tudo é ensinado passo a passo. Não há pressa. A aprendizagem como um todo se estende até a fase adulta. Os meninos aprendem com o pai o serviço dos homens e as meninas com a mãe o trabalho das mulheres. Enquanto vão ensinando, os mais velhos contam histórias sobre o porquê daquele trabalho e daquele jeito. Um dos indígenas explicou a este meu amigo que professores e alunos buscam a memória do passado para compreender o presente e planejar o futuro. É surpreendente que um povo com esse grau de evolução seja chamado de selvagem!Os trabalhos artesanais e os desenhos desta tribo são reconhecidos pela alta qualidade. Cada padrão de imagem é baseado no couro da jibóia adulta. Como a cobra tem 25 padrões, eles podem fazer desenhos maiores em quantos formatos quiserem. É como lidar com as letras do nosso alfabeto, só que em desenhos.É lógico que temos conhecimentos bem diferentes para passar aos nossos filhos. Nosso modo de viver é outro, talvez mais complicado, com ferramentas complexas e maior amplitude de disciplinas. Lutamos pela mesma sobrevivência de outra maneira e o tempo corre acelerado para nós urbanos. Mas quero chamar a atenção para o modo como a tribo Huni Kui enxerga o aprendizado: há alguma coisa de sagrado no ato de ensinar e aprender entre eles. Existem rituais como o de fechar os olhos para ver melhor o que a professora ensina; de cantar para louvar o grande provedor de ensinamentos neste caso, a cobra; de trabalhar alegre e cantando para chamar a atenção do aluno para a concentração no trabalho. Nós entregamos nossos filhos às escolas e só nos preocupamos com a sua educação de vez em quando, ao darmos uma passada de olhos nos boletins ou quando somos chamados à orientação pedagógica para saber, sempre tarde demais, que nosso filho está com algum problema. A maioria de nós delega a tarefa sagrada do ensinar às professoras, esperando delas ações que deveriam ser da exclusividade dos pais. Muitos deixam crianças por conta de empregadas domésticas e da babá eletrônica. Depois, por culpa, enchem as crianças de presentes, mimos e estragos. Não seria melhor ensinar fazendo junto, aproveitar melhor este curto espaço de tempo que temos ao lado dos nossos filhos? É pouco tempo mesmo. Quando se fica mais velho percebe-se isto. Então será tarde demais. Os pais se desculpam dizendo que têm que ganhar a vida, o trabalho ocupa todo o tempo, viagens e reuniões sem fim, o trânsito é um caos. Sei que com um pouco de disciplina e esforço pais e mães podem dar um suporte melhor à educação dos filhos. Quando estiver em casa, na companhia deles, esqueça por completo os afazeres do dia-a-dia profissional e só pense na qualidade da sua presença. Pois se estiver com os filhos e ficar pensando no trabalho, não estará com eles, mas sim no trabalho. Faça como os Huni Kui, gente verdadeira, brinque sério de ensinar seus filhos. As futuras gerações agradecerão.
segunda-feira, 18 de junho de 2007
Recuperação funcional: capacidade auditiva
A surdez pode ser de dois tipos; de condução ou neurosensorial. Isso já foi abordado anteriormente, o que não foi comentado e acredito oportuno são as possíveis capacidades de reabilitação. Na surdez instalada, os aspectos emocionais são "clássicos" como; isolamento, constrangimento em usar aparelhos de audição, distanciamento dos grupos sociais e outros.
Sabe-se também que, um déficit na capacidade auditiva é limitante para a aquisição da linguagem verbal. Por isso a aquisição da linguagem pode ser conquistada antes da deficiência auditiva ou depois. O estímulo auditivo necessário para induzir uma plasticidade cerebral no córtex auditivo se obtém com implantes cocleares. Quanto mais cedo o implante mais fácil pode ser processado esta etapa da plasticidade, mais fácil também para a aquisição da linguagem verbal. O período de resposta crítico para estimulação auditivo com implante coclear fica estabelecido nos primeiros 6 anos de vida, fora este período não acontece a recuperação da perda da plasticidade neural (Manrique, Cervera-Paz, Huarte, Pérez, Molina e Garcia-Tapia, 1999)
Sabe-se também que, um déficit na capacidade auditiva é limitante para a aquisição da linguagem verbal. Por isso a aquisição da linguagem pode ser conquistada antes da deficiência auditiva ou depois. O estímulo auditivo necessário para induzir uma plasticidade cerebral no córtex auditivo se obtém com implantes cocleares. Quanto mais cedo o implante mais fácil pode ser processado esta etapa da plasticidade, mais fácil também para a aquisição da linguagem verbal. O período de resposta crítico para estimulação auditivo com implante coclear fica estabelecido nos primeiros 6 anos de vida, fora este período não acontece a recuperação da perda da plasticidade neural (Manrique, Cervera-Paz, Huarte, Pérez, Molina e Garcia-Tapia, 1999)
segunda-feira, 11 de junho de 2007
Modernidades e o autismo
A matéria principal da revista EPOCA desta semana é sobre autismo, que por sinal muito didática. Na matéria como em algumas colunas aqui escritas, a preocupação dos pesquisadores continua sendo o grande número de crianças sem um diagnóstico preciso. O Brasil precisa urgentemente de um programa nacional para uma avaliação e diagnóstico padronizados e coerente, que favoreçam um encaminhamento para a reabilitação o mais precoce possível. As escolas especializadas existem, apenas carecem de um acompanhamento mais diretivo, sentem falta deste amparo de informações técnicas oriundas de fontes governamentais seguras.
Aproveitando o momento, aproveito para relacionar algumas teorias (neurofisiológicas) que sustentam algumas explicações sobre causas do autismo. Dawson e Lewy, 1989, apontam falhas nas estruturas dos hemisférios cerebrais, principalmente no lobo frontal, que explica as dificuldades no comportamento social. Essa abordagem explica os sintomas autisticos - retraimento social e estereotipias - como resultado de uma dificuldade em modular a experiência sensorial. Para explicar isso estudos apontam uma sobrecarga sensorial durante a interação social, considerando-se que o ser humano é uma das fontes mais ricas de estimulação simultânea: tom de voz, expressão facial, gestos e referência a objetos e eventos ao redor. O retraimento social e as estereotipias seriam formas de fugir dessa sobrecarga.
Para maiores informações sobre essa linha de pesquisa, consulte Cleonice Alves Bosa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Aproveitando o momento, aproveito para relacionar algumas teorias (neurofisiológicas) que sustentam algumas explicações sobre causas do autismo. Dawson e Lewy, 1989, apontam falhas nas estruturas dos hemisférios cerebrais, principalmente no lobo frontal, que explica as dificuldades no comportamento social. Essa abordagem explica os sintomas autisticos - retraimento social e estereotipias - como resultado de uma dificuldade em modular a experiência sensorial. Para explicar isso estudos apontam uma sobrecarga sensorial durante a interação social, considerando-se que o ser humano é uma das fontes mais ricas de estimulação simultânea: tom de voz, expressão facial, gestos e referência a objetos e eventos ao redor. O retraimento social e as estereotipias seriam formas de fugir dessa sobrecarga.
Para maiores informações sobre essa linha de pesquisa, consulte Cleonice Alves Bosa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
quarta-feira, 6 de junho de 2007
Deficiência auditiva
As causas da deficiência auditiva(DA) podem ser pre-natais, neo-natais ou pós-natais. A escolaridade muito baixa dos brasileiros continua sendo o principal motivo da quantidade de casos que geram as deficiências mais conhecidas. Na DA direcionamos atenção a audição, que nada mais é a do que a percepção de sons. O som é produzido quando moléculas do ar são comprimidas em um ritmo regular, produzindo uma onda sonora.
A surdez pode ser classificada em CONDUTIVA ou NERVOSA: a primeira envolve interferências com a transmissão dos sons através da orelha externa ou orelha média. A causa pode ser um bloqueio físico do meato acústico externo por um objeto estranho ou cerume compacto (cera do ouvido), também pode ser uma inflamação da membrana do tímpano, adesões entre os ossículos podem contribuir com esta deficiência.
Na DA NERVOSA a perda da audição resulta de distúrbios que afetam os receptores sonoros na orelha interna, o nervo vestibulococlear, ou as vias nervosas no SNC.
Curiosidades: a orelha interna também é a responsável para o controle do nosso equilíbrio, principalmente quando estamos com a cabeça em movimento. É fácil fazer o teste do equilíbrio e testar o Aparelho Vestibular. Dê uns cinco giros com o corpo mantendo um pé fixo como apoio. Logo que você parar "algo" acontecerá. A orelha interna é a responsável por esse fenômeno.
A surdez pode ser classificada em CONDUTIVA ou NERVOSA: a primeira envolve interferências com a transmissão dos sons através da orelha externa ou orelha média. A causa pode ser um bloqueio físico do meato acústico externo por um objeto estranho ou cerume compacto (cera do ouvido), também pode ser uma inflamação da membrana do tímpano, adesões entre os ossículos podem contribuir com esta deficiência.
Na DA NERVOSA a perda da audição resulta de distúrbios que afetam os receptores sonoros na orelha interna, o nervo vestibulococlear, ou as vias nervosas no SNC.
Curiosidades: a orelha interna também é a responsável para o controle do nosso equilíbrio, principalmente quando estamos com a cabeça em movimento. É fácil fazer o teste do equilíbrio e testar o Aparelho Vestibular. Dê uns cinco giros com o corpo mantendo um pé fixo como apoio. Logo que você parar "algo" acontecerá. A orelha interna é a responsável por esse fenômeno.
terça-feira, 29 de maio de 2007
Distrofia muscular de Duchenne
A característica principal da Distrofia Muscular de Duchenne (DMD) é a ausência de uma proteína chamada de distrofina, que protege as fibras musculares de lesões causadas pela força que elas empregam durante os movimentos. As ocorrências principais são as mortes das fibras musculares que são substituídas pela infiltração de tecido fibroso e gordura. Os sintomas da DMD são as grandes dificuldades dos pacientes em se movimentar; perda do equilíbrio, coordenação prejudicada e outros. Pesquisadores americanos estão implantando uma terapia genética revolucionária para tratar destas patologias. Como funciona: escolheram um pequeno vírus chamado de adenoassociado (AAV), pois não causa nenhuma doença nos seres humanos e pode infectar o músculo humano. Assim eles conseguiram injetar o IGF-1 (um fator de crescimento) nos músculos de camundongos jovens e conseguiram um resultado de 15% a 30% no crescimento destes músculos. Se o otimismo continuar, em breve teremos mais uma revolução genética esperada há anos.
segunda-feira, 21 de maio de 2007
LINGUAGEM SEM SOM
Estamos na era do cérebro, imaginamos estar descobrindo coisas impensáveis, detalhes neurais que nos fugiam de qualquer certeza de um dia descobrir. Um dos assuntos que também preocupam os pesquisadores é a área auditiva, somado as áreas próprias da comunicação. Duas áreas cerebrais responsáveis pela audição são bem conhecidas, as áreas de Wernicke e a de Broca. A primeira responsável pela compreensão da fala, e que está localizada próximo ao córtex auditivo, a segunda, responsável pela produção da fala, está próxima à parte do córtex motor que controla os músculos da boca e lábios. Por isso que, quando observamos pacientes com problemas de fala, direcionamos nosso diagnóstico para a área esquerda do cérebro. O hemisfério esquerdo geralmente é denominado de verbal e o direito, espacial. Uma das sequelas mais comuns do cérebro lesado são as afasias, que significa "perda da fala", pelo menos é assim que escutamos os especialistas comentarem. O que realmente acontece é a perda da linguagem, sua expressão e compreensão total ou parcial. Um dado importante que assusta qualquer cidadão interado em estatísticas médicas é que, em cada 300 pessoas com lesão cerebral decorrente de AVC (derrame), ferimento na cabeça ou tumor, uma possa ter afasia duradoura. As formas de afasia expressiva e receptiva são as mais comuns e por isso o cérebro esquerdo continua sendo o mais pesquisado, certamente em poucos dias teremos novidades sobre estas reabilitações, sabe-se hoje que a musicoterapia está cumprindo muito bem este papel.
quarta-feira, 16 de maio de 2007
segunda-feira, 14 de maio de 2007
Fatores de risco para o apareciemento de deficiências
Os fatores podem ser divididos em pre-natais, neonatais e pós-natais. Entre estes fatores, ressaltamos que, muitos poderiam ser evitados, com alguns cuidados básicos como: educação, sistema de esgoto, alimentação equilibrada e acompanhamento médico. Como muitos destes fatores não estão ao alcance de muitas famílias, fica difícil entender o termo prevenção da deficiência. Dentre os principais fatores pré-natais, podemos destacar:
-idade materna <15>40, infecções intrauterinas, anormalidades cromossômicas, transtorno genético, pais de classes sócio econômicas baixa, nutrição materna, exposição a drogas.
Nos fatores neonatais, destacamos: - prematuridade, problemas neurológios, peso inferior a <1.750gramos, problemas respiratórios graves, infecções congênitas.
Para os riscos pós-natais, encontramos: exposição a drogas, infecções pós-natais, sistema de apoio inadequado, desnutrição, acidentes, grandes separações de pais e filhos.
Estes são alguns dos riscos que podem comprometer a saúde da criança, nos próximos espaços, farei comentários a respeito de cada um dos riscos.
-idade materna <15>40, infecções intrauterinas, anormalidades cromossômicas, transtorno genético, pais de classes sócio econômicas baixa, nutrição materna, exposição a drogas.
Nos fatores neonatais, destacamos: - prematuridade, problemas neurológios, peso inferior a <1.750gramos, problemas respiratórios graves, infecções congênitas.
Para os riscos pós-natais, encontramos: exposição a drogas, infecções pós-natais, sistema de apoio inadequado, desnutrição, acidentes, grandes separações de pais e filhos.
Estes são alguns dos riscos que podem comprometer a saúde da criança, nos próximos espaços, farei comentários a respeito de cada um dos riscos.
segunda-feira, 7 de maio de 2007
Abordagem Conceitual-Teóricos-Principais Pesquisas
Teoria Fase-Estágio
Freud
Estudou o homem pelo desenvolvimento psicossexual, a partir do nascimento e ao longo da infância
Erik Erikson
Concentrou-se no estudo do desenvolvimento psiocossocial.
Arnold Gesse
O trabalho deste pesquisador teve como norte o estudo dos processos maturacionais e sua influência no SNC, a partir do nascimento e ao longo da infância.
Robert Havighurst
Teoria da Tarefa Desenvolvimentista
Concentrou-se seu estudo a partir da primeira infância. Sua teoria observa a interação entre a biologia humana e a sociedade na maturaçãoDesenvolvimentista.
Jean Piaget
Teoria do Marco Desenvolvimentista
Sua pesquisa é marco no entendimento da criança e da construção do conhecimento. Trabalhou do período pré-natal à infância, sendo até hoje o teórico mais lembrado na Ed. Infantil. Estudou o desenvolvimento cognitivo como um processo interativo entre a biologia e o meio ambiente. Entendido também na Educação pelas relações entre sujeito e objeto.
Teoria Ecológica
Ramo dos sist. Dinâmicos
Nicholas Bernsteinn, Kigler, Kelsoe Turvey
Esta escola entende o desenvolvimento como um processo descontinuado, auto-organizado e transacional entre a tarefa, o indivíduo e o meio ambiente, acontecendo o tempo todo ao longo de nossa vida
Teoria Ecológica
Ramo do ambiente comportamental
Roger Barker e Ure Bronfenbrener
Esta corrente estudou o desenvolvimento como uma função da interpretação do indivíduo e de cenários ambientais específicos em transação com os meios socioculturais e históricos.
Teoria da biologia do conhecimento
Humberto Maturana
Estuda o desenvolvimento humano a partir da biologia do conhecimento, e acredita que o homem vai adquirindo conhecimento com a vida e neste processo perde sua essência. Biologia do amor.
Teoria Socioenteracionista
Vygotsky
Este teórico russo trabalhou sobre a influência da interatividade entre o homem e o meio. Acreditava que a aprendizagem humana é um processo cotidiano e que a criança constrói seu pensamento pelas trocas estabelecidas com o outro.
Teoria Construcionista Evolucionista
S. Papert
Fez uma releitura da obra de Piaget e incluiu a importante influência da informação e das novas tecnologias no processo de apreensão de conhecimento e no desenvolvimento da inteligência
Teoria Didiática
MacLuhan
Teórico dos anos 60, McLuhan profetizou a influência dos veículos de comunicação na formação dos nossos valores sociais e culturais. Hoje, sabemos da influência da mídia na formação de nossas crianças desde a idade de seis meses.
Teoria Fase-Estágio
Freud
Estudou o homem pelo desenvolvimento psicossexual, a partir do nascimento e ao longo da infância
Erik Erikson
Concentrou-se no estudo do desenvolvimento psiocossocial.
Arnold Gesse
O trabalho deste pesquisador teve como norte o estudo dos processos maturacionais e sua influência no SNC, a partir do nascimento e ao longo da infância.
Robert Havighurst
Teoria da Tarefa Desenvolvimentista
Concentrou-se seu estudo a partir da primeira infância. Sua teoria observa a interação entre a biologia humana e a sociedade na maturaçãoDesenvolvimentista.
Jean Piaget
Teoria do Marco Desenvolvimentista
Sua pesquisa é marco no entendimento da criança e da construção do conhecimento. Trabalhou do período pré-natal à infância, sendo até hoje o teórico mais lembrado na Ed. Infantil. Estudou o desenvolvimento cognitivo como um processo interativo entre a biologia e o meio ambiente. Entendido também na Educação pelas relações entre sujeito e objeto.
Teoria Ecológica
Ramo dos sist. Dinâmicos
Nicholas Bernsteinn, Kigler, Kelsoe Turvey
Esta escola entende o desenvolvimento como um processo descontinuado, auto-organizado e transacional entre a tarefa, o indivíduo e o meio ambiente, acontecendo o tempo todo ao longo de nossa vida
Teoria Ecológica
Ramo do ambiente comportamental
Roger Barker e Ure Bronfenbrener
Esta corrente estudou o desenvolvimento como uma função da interpretação do indivíduo e de cenários ambientais específicos em transação com os meios socioculturais e históricos.
Teoria da biologia do conhecimento
Humberto Maturana
Estuda o desenvolvimento humano a partir da biologia do conhecimento, e acredita que o homem vai adquirindo conhecimento com a vida e neste processo perde sua essência. Biologia do amor.
Teoria Socioenteracionista
Vygotsky
Este teórico russo trabalhou sobre a influência da interatividade entre o homem e o meio. Acreditava que a aprendizagem humana é um processo cotidiano e que a criança constrói seu pensamento pelas trocas estabelecidas com o outro.
Teoria Construcionista Evolucionista
S. Papert
Fez uma releitura da obra de Piaget e incluiu a importante influência da informação e das novas tecnologias no processo de apreensão de conhecimento e no desenvolvimento da inteligência
Teoria Didiática
MacLuhan
Teórico dos anos 60, McLuhan profetizou a influência dos veículos de comunicação na formação dos nossos valores sociais e culturais. Hoje, sabemos da influência da mídia na formação de nossas crianças desde a idade de seis meses.
segunda-feira, 30 de abril de 2007
Estimulação precoce
A natação é um esporte mágico, entre tantas vantagens, as gestantes têm a opção do exercício físico sem o sofrimento do bebê. Toda vez que obervo uma gestante na água, fico imaginando como o bebê deve agradecer pelo presente. Isso não deixa de ser uma estimulação precoce. Este termo geralmente descreve os programas de intervenção terapêutica e educativa, em distintos níveis, dirigidos a crianças de 0 a 6 anos (porque não antes do nascimento?) com problemas ou não em seu desenvolvimento, suas famílias e o meio, destinados a prevenir ou minimizar as possíveis alterações ou deficiências já existentes (Candel, 1999).
Por que as gestantes devem se preocupar com isso? Sabe-se que a geração de um ambiente rico em estímulos de diversos tipos, pode-se interferir positivamente na aquisição de funções ou capacidades que favoreçam a saúde da criança. São numerosas as disciplinas que sustentam a base teórica da estimulação precoce, como a neurologia, a psicologia, a pediatria, a pedagogia e outras. Desde a neurologia, do dr. Katona (Budapeste) fundamenta o que denominou de neuroabilitação ou reabilitação precoce, favorecendo a plasticidade do cérebro nos primeiros meses de vida, sobre a base da ativação e aproveitamento funcional de todas as estruturas do sistema nervoso central (SNC) que conservam a funcionalidade normal e inclusive aquelas que apresentam funções incompletas em relação com o dano cerebral (Mulas e Millá, 2002).
Se puder resumir as primeiras ações que a mãe deve tomar com o seu bebê poderia afirmar que o ambiente deve estar preparado para muitos estímulos, como: quartos coloridos, brinquedos sonoros, música para tranquilizar as crianças. Outras dicas quando a mãe estiver amamentando; o canto, a conversa, a massagem, tudo isso facilita a aproximação e o convívio. Regras como essas não são difíceis de se alcançar, o que não se admite, o que os psicanalistas chamam de "mãe geladeira", uma mãe fria nas relações com seu filho.
Por que as gestantes devem se preocupar com isso? Sabe-se que a geração de um ambiente rico em estímulos de diversos tipos, pode-se interferir positivamente na aquisição de funções ou capacidades que favoreçam a saúde da criança. São numerosas as disciplinas que sustentam a base teórica da estimulação precoce, como a neurologia, a psicologia, a pediatria, a pedagogia e outras. Desde a neurologia, do dr. Katona (Budapeste) fundamenta o que denominou de neuroabilitação ou reabilitação precoce, favorecendo a plasticidade do cérebro nos primeiros meses de vida, sobre a base da ativação e aproveitamento funcional de todas as estruturas do sistema nervoso central (SNC) que conservam a funcionalidade normal e inclusive aquelas que apresentam funções incompletas em relação com o dano cerebral (Mulas e Millá, 2002).
Se puder resumir as primeiras ações que a mãe deve tomar com o seu bebê poderia afirmar que o ambiente deve estar preparado para muitos estímulos, como: quartos coloridos, brinquedos sonoros, música para tranquilizar as crianças. Outras dicas quando a mãe estiver amamentando; o canto, a conversa, a massagem, tudo isso facilita a aproximação e o convívio. Regras como essas não são difíceis de se alcançar, o que não se admite, o que os psicanalistas chamam de "mãe geladeira", uma mãe fria nas relações com seu filho.
segunda-feira, 23 de abril de 2007
Neurônios-espelho
Em 1994, neurocientistas italianos, da Universidade de Parma, Itália, descobriram um novo funcionamento do cérebro, deram o nome de algumas células nervosas de Neurônios-espelho. O nome é resultado das observações que fazemos de ações alheias e que se espelha em nossos cérebros. Ao que tudo indica, nossa percepção visual inicia uma espécie de simulação ou duplicação interna dos atos de outros (Mente e Cérebro, 161, jun.2006). As reproduções destas pesquisas, com ressonância magnética funcional (fMRI) estão confirmando os resultados dos descobridores, o quanto a imitação é importante para a nossa formação. Isto significa que o cérebro associa a visão de movimentos alheios ao planejamento de seus póprios movimentos. A pergunta é: poderia essa propriedade espelho ser útil no tratamento de certos distúrbios neurológicos? Nosso grupo de pesquisa (FAP,Curitiba), iniciou uma outra reprodução enfatizando no tratamento de autistas o envolvimento destes "espelhos"; um programa baseado no visoespacial, no concreto, na imitação para o envolvimento destes alunos com o meio ambiente. São novas propostas que podem revolucionar o tratamento de muitas deficiências, e quem sabe, também o dos que não enxergam.
segunda-feira, 16 de abril de 2007
Maria Lenk, mergulhou em sono profundo
Morre mais uma pessoa que vai deixar muitas saudades, Maria Lenk. Nadadora que representou o Brasil na Olimpíada de Los Angeles, em 1932, foi a primeira mulher a representar o Brasil em uma Olimpíada. Sua paixão eram as piscinas, e este amor era tão grande que, mesmo aos 92 anos, depois de um treino regular, não suportou o mal estar e faleceu no hospital. Rompeu todos os paradigmas, campeã do mundo, mulher, sonhadora, séria e elegante, assim foi Lenk, com suas braçadas mostrou à todos que um sonho jamais deve ser largado no caminho, devemos morrer com ele, assim foi Maria.
segunda-feira, 9 de abril de 2007
Arte para deficientes
Sei não, mas toda vez que leio sobre deficientes visuais fico me perguntando qual a relação dessa deficiência com a arte dos antepassados. A história relata que a arte rupestre teve como "artistas" os homens mais criativos, utilizavam deste recurso como meio de comunicação. Fico me perguntando se estes "homens" não eram os deficientes. A lógica deste raciocínio é a certeza de que aquelas pessoas estavam, quando não eram eliminadas, aprisonadas nas cavernas. Isso é suficiente para acreditar que, com o tempo e a ociosidade, os deficientes se encarregavam de tal serviço, expressando-se pela arte. As provas para esta afirmação não existem, mesmo assim continuo acreditando nesta hipótese. A mesma suspeita pode-se aplicar às mulheres; não eram elas que permaneciam mais tempo nas cavernas? Por isso podemos supor que, a arte começa com os deficientes ou com as mulheres.
Muito em breve lanço um artigo para expor estas suposições.
Muito em breve lanço um artigo para expor estas suposições.
quinta-feira, 5 de abril de 2007
Fundação para o Livro do Cego no Brasil
Dias atrás me perguntaram o que eu sabia sobre a Fundação para o Livro do Cego, uma organização reconhecida no Brasil pelos serviços prestados para os cegos. Depois deste acontecimento, fui buscar uma explicação mais detalhada nas referências de Marcos J.S. Mazzotta, no livro Educação Especial no Brasil, aí vai. A FLCB foi instalada em São Paulo no dia 11 de março de 1946. Sua criação resultou dos esforços de Dorina de Gouvea Nowill, professora de deficientes visuais que ficara cega aos dezessete anos de idade. Contando com a colaboração de Adelaide Reis de Magalhães e com o apoio de autoridades públicas do Estado de São Paulo e da comunidade em geral, a Fundação para o Livro do Cego no Brasil iniciou suas atividades com o objetivo de produzir e distribuir livros impressos em sistema braile. Posteriormente teve suas atividades ampliadas no campo da educação, reabilitação e bem- estar social das pessoas cegas e portadoras de visão normal. Conforme dispunham seus estatutos, a Fundação para o Livro do Cego no Brasil caracterizava-se como uma organização particular, sem fins lucrativos e, em coerência com sua denominação, de abrangência nacional. Tendo como finalidade "a integração do deficiente visual na comunidade como pessoa auto-suficiente e produtiva", sua manutenção sempre se realizou mediante obtenção de recursos públicos federais, estaduais e municipais, além de doações da comunidade em geral. Em 1990 a Fundação passou a chamar-se Fundação Dorina Nowill para Cegos.
Os colegas que estavam em dúvida, acredito que com isso possa ter esclarecido melhor quem foi Dorina.
Os colegas que estavam em dúvida, acredito que com isso possa ter esclarecido melhor quem foi Dorina.
segunda-feira, 2 de abril de 2007
quinta-feira, 22 de março de 2007
Sugestão de terapia para autistas
Os artistas belgas ROMBOUTS e DROSTE desenharam um novo alfabeto (muito mais bonito que o nosso) "AZART" que significa arte de A a Z.
Cada letra corresponde uma representaçao gráfica - significativa - e uma cor significativa.
Aí está uma sugestão para o atendimento aos muitos enfermos desta preocupante e devastadora "lesão".
Cada letra corresponde uma representaçao gráfica - significativa - e uma cor significativa.
Aí está uma sugestão para o atendimento aos muitos enfermos desta preocupante e devastadora "lesão".
terça-feira, 20 de março de 2007
Noam Chomsky sobre educaçao
...esta construçao intelectual do "nao ver" característica de alguns intelectuais, descritos por Paulo Freire como educadores que afirmam adotar um enfoque científico e "podem estar tentando esconder o que consideram a neutralidade dos objetivos científicos, sem atender o modo de como vao utilizar seus descobrimentos, sem se interessar para quem e para quê estao trabalhando". Em nome da objetividade, segundo Freire, estes intelectuais "parecem analisar a sociedade que estudam como se nao participassem dela.
"La (des)educacion, Noam Chomsky, Ed. Crítica"
"La (des)educacion, Noam Chomsky, Ed. Crítica"
terça-feira, 13 de março de 2007
Manual de Atención Temprana
Ontem, tive o prazer de conhecer, aqui em Múrcia, Espanha, Júlio Pérez- López, coordenador do Manual de Atención Temprana, editado pela Psicologia Pirâmide, 2004. Alfredo G.Brito de La Nuez é o outro coordenador. Espero em breve poder estar anexando alguns trabalhos deste manual, antes preciso traduzi-los. Os educadores, médicos e terapeutas em geral ficarao surpresos com a qualidade da ediçao, aguardem.
terça-feira, 6 de março de 2007
Desenvolvimento sensorial e sistema visual
A importância da visao para se relacionar com o mundo é de reconhecimento de todos, ela (a visao) é usada para tudo, principalmente para formar conceitos. Aqui na ONCE (estou acompanhando alguns trabalhos práticos) a reabilitaçao começa muito cedo, desde o primeiro diagnóstico as crianças sao encaminhadas para um especialista ou um centro de reabilitaçao. Mediante o uso do sistema visual se obtém mais rapidamente uma quantidade maior de informaçoes que qualquer outro órgao sensorial. A visao, por isso, recebe o nome de CANAL SENSORIAL PRIMÁRIO, porquê:
- proporciona ao corpo humano uma extensao maior.
- é mediadora de outras impressoes sensoriais
- atua como um estabilizador entre a pessoa e o mundo externo.
Por isso que, da mesma forma que utilizamos a visao para quase tudo em nossos dias, deixamos de nos preocupar com os outros sentidos. Aí está uma das formas de alterar nossas preocupaçoes com as atividades nas escolas regulares, criar mecanismos para em algum momento utilizarmos menos a visao, criando assim a percepçao do espaço um pouco diferenciado.
- proporciona ao corpo humano uma extensao maior.
- é mediadora de outras impressoes sensoriais
- atua como um estabilizador entre a pessoa e o mundo externo.
Por isso que, da mesma forma que utilizamos a visao para quase tudo em nossos dias, deixamos de nos preocupar com os outros sentidos. Aí está uma das formas de alterar nossas preocupaçoes com as atividades nas escolas regulares, criar mecanismos para em algum momento utilizarmos menos a visao, criando assim a percepçao do espaço um pouco diferenciado.
segunda-feira, 5 de março de 2007
Desenvolvimento sensorial e integraçao motora da criança cega
A uniao de várias percepçoes em relaçao com os movimentos propositivos destinados a obtençao de uma meta desejada, constitui o que Piaget (1973) denominou de internalizaçao.
O processo de aprendizagem supoe uma sequencia progressiva de distintos níveis sensorioreceptivos, em resumo temos:
1 - Sensaçoes ou energias de diversas áreas do corpo que ativam as células nervosas
2- No segundo nível se situa a discriminaçao, quanto mais sensores melhor a discrimnaçao, ao contrário o processo de refinamento tem que ser mais apropriado.
3-Reconhecimento - aqui estao armazenados experiências anteriores
4- Este nível representa a Percepçao - diferenciaçao e especificaçao da entrada sensorial
O processo de aprendizagem supoe uma sequencia progressiva de distintos níveis sensorioreceptivos, em resumo temos:
1 - Sensaçoes ou energias de diversas áreas do corpo que ativam as células nervosas
2- No segundo nível se situa a discriminaçao, quanto mais sensores melhor a discrimnaçao, ao contrário o processo de refinamento tem que ser mais apropriado.
3-Reconhecimento - aqui estao armazenados experiências anteriores
4- Este nível representa a Percepçao - diferenciaçao e especificaçao da entrada sensorial
domingo, 25 de fevereiro de 2007
Lesões mais comuns no futebol
A UEFA, a Organização que cuida do futebol europeu, está fazendo um estudo com os 21 clubes mais importantes da europa, o objetivo central é descobrir quais as lesões esportivas mais frequentes e por que elas estão acontecendo. Quem dirige esta pesquisa é Jan Ekstrand, vice-presidente do conselho médico da UEFA. As informações sigilosas dos clubes são enviadas diretamente para o Comitê de pesquisa (dois bolsistas doutorandos trabalham neste projeto), estas informações são criteriosamente tabuladas e estudadas. Como curiosidade técnica, o questionário modelo que os clubes respondem, apresentam questões como: tempo de treinamento dos atleta$, quem não participou do treinamento, que tipo de le$ão o atleta apresenta, as causas da lesão, se foi uma le$são de fatores diretos ou indiretos. Parcialmente alguns dados já foram divulgados pela UEFA, de uma equipe com 25 jogadores, 45 lesões são estimadas por temporada, sendo 24 sem muita impotância, e 6 lesões muito graves, pelo menos um mês sem participar de jogos. Um jogador deve esperar uma lesão grave a cada três temporadas. Quanto maior a importância da competição maior o risco da lesão. As lesões mais frequentes são na coxa, no ligamento cruzado e no quinto metatarsiano do pé. Para a UEFA o mais importante da pesquisa são os intercâmbios das informações, isso ajuda a estimar porque os jogadores estão se machucando muito.
sábado, 24 de fevereiro de 2007
Jornal El Pais
Saiu hoje, aqui em Madrid, no Jornal El Pais uma entrevista com uma das maiores autoridades mundiais sobre autismo, Mercedes Belinchón, professora titular de psicologia da Universidade Autônoma de Madrid e membro do Grupo de Trabalho sobre Transtorno do Espectro Autista do Instituto de Saúde Carlos III de Madrid. Afirma, entre outras coisas, do alto indice de recém nascidos com diagnóstico de autismo; um de cada 150 nascidos( dados do Centro de Controle de Enfermidades de Atlanta). Continua sendo um número relativamente grande e assustador. Segundo Mercedes, o que prejudica muito os primeiros atendimentos são os diagnósticos tardios, as famílias de crianças com estes transtornos não estão preparadas para esta intervenção e, muitas vezes nem o estado ou munícipios contém em seus quadros de saúde, profissionais habilitados para isso. Estes são os verdadeiros motivos para o atraso no atendimento de crianças com Transtornos de Espectro Autista. Um outro motivo deste aumento de casos de autismo, de acordo com a doutora Amaia Hervás é o critério utilizado atualmente para o diagnóstico. Tempos atrás, se considerava apenas autismo a sintomatologia muito severa ou aqueles quadros com características típicas. Agora não, temos o grupo de crianças com um desenvolvimento intelectual normal mas, que apresentam um deficit de ajustamento social. Por isso o motivo do número tão grande de crianças com diagnóstico, tardio ou não de autismo.
quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007
Tendências autistas: são vias diferentes as que conduzem a cegueira e aos transtornos de aspecto autista?
Autistic tendencies: are there different pathways for blindness and autism spectrum disorder?
Rebecca ANDREWS, Shirley WYVER. En: the Bristish Journal of Visual Impairment, Vol. 23(2), mayo de 2005, p. 52-57.
As autoras deste artigo propõe que as características que apresentam muitas crianças com cegueira e certos tipos próprios dos transtornos de espectro autista (TEA), obedecem a uma tipologia de desenvolvimento, diferente das crianças videntes com este tipo de transtorno. Partem da hipótese e comparam os critérios diagnósticos dos TEA aplicados a conduta de crianças sem problemas visuais e crianças com cegueira. Além disso, examinam os diagnósticos de cegueira associado a transtornos neurológicos e a complicações médicas na primeira etapa da vida. Por último, estudam a eficácia das estratégias e programas de intervenção.
Rebecca ANDREWS, Shirley WYVER. En: the Bristish Journal of Visual Impairment, Vol. 23(2), mayo de 2005, p. 52-57.
As autoras deste artigo propõe que as características que apresentam muitas crianças com cegueira e certos tipos próprios dos transtornos de espectro autista (TEA), obedecem a uma tipologia de desenvolvimento, diferente das crianças videntes com este tipo de transtorno. Partem da hipótese e comparam os critérios diagnósticos dos TEA aplicados a conduta de crianças sem problemas visuais e crianças com cegueira. Além disso, examinam os diagnósticos de cegueira associado a transtornos neurológicos e a complicações médicas na primeira etapa da vida. Por último, estudam a eficácia das estratégias e programas de intervenção.
sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007
Exame oftalmológico
Estes dados são do livro oftalmologia pediátrica de Adalmir Dantas e Ana Teresa R. Moreira:
segundo os critérios da Organização Mundial de Saúde (OMS), existe 1,5 milhão de crianças cegas no mundo; 1 milhão na Ásia, 300 mil na África, 100 mil na America Latina e 100 mil no resto do mundo. Existe uma marcada diferença nas causas da cegueira nas crianças nas diferentes regiões, aparentemente baseadas em fatores socieconômicos. Em países em desenvolvimento, 30 a 72% da cegueira são evitáveis, 9 a 58% são preveníveis, 14 a 31% tratáveis.
Estudo retrospectivo de 8000 crianças de 0 a 15 anos de idade, foi realizado por Kara José et al. (1984) em cinco serviços de oftalmologia, e mostrou ser a ambliopia refracional a causa mais comum de deficiência visual, seguida de catarata congênita, nistagmo, coriorretinite e retinopatia congênita e constatou o predomínio de catarata, glaucoma e retinopatia congênitos nas crianças com até três anos de idade. Após esta idade, a ambliopia refracional apareceu como a causa mais importante.
segundo os critérios da Organização Mundial de Saúde (OMS), existe 1,5 milhão de crianças cegas no mundo; 1 milhão na Ásia, 300 mil na África, 100 mil na America Latina e 100 mil no resto do mundo. Existe uma marcada diferença nas causas da cegueira nas crianças nas diferentes regiões, aparentemente baseadas em fatores socieconômicos. Em países em desenvolvimento, 30 a 72% da cegueira são evitáveis, 9 a 58% são preveníveis, 14 a 31% tratáveis.
Estudo retrospectivo de 8000 crianças de 0 a 15 anos de idade, foi realizado por Kara José et al. (1984) em cinco serviços de oftalmologia, e mostrou ser a ambliopia refracional a causa mais comum de deficiência visual, seguida de catarata congênita, nistagmo, coriorretinite e retinopatia congênita e constatou o predomínio de catarata, glaucoma e retinopatia congênitos nas crianças com até três anos de idade. Após esta idade, a ambliopia refracional apareceu como a causa mais importante.
segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007
Distúrbios psicomotores na aprendizagem
Dificuldade de aprendizagem não verbal: partindo de um modelo neuropsicológico e interhemisférico de aprendizagem, pode-se compreender estas dificuldades ou também conhecida como DANV. Foi introduzido por Mykelebus em 1973 e, posteriormente por Rourke, 1995, tendo por base a caracterização psicoeducacional, sub-dividida pela análise das seguintes manifestações comportamentais: atraso na organização visuo-espacial, distúrbios psicomotores, dificuldades de atenção e de intervenção.
As dificuldades mais comuns encontradas são: debilidade, instabilidade, inibições, inadaptação e hiperatividade. Alguns modelos clássicos para intervenções nesta área já são bem conhecidos.
As dificuldades mais comuns encontradas são: debilidade, instabilidade, inibições, inadaptação e hiperatividade. Alguns modelos clássicos para intervenções nesta área já são bem conhecidos.
segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007
Cultura Corporal
Escrevo semanalmente uma coluna no Jornal do Estado, em Curitiba, Pr, Brasil. Se interessar assuntos relacionados à qualidade de vida e esportes pode acessar www.jornaldoestado.com.br coluna Cultura Corporal. Espero que goste.
Não deixe de ler
Há um livro na praça chamado "Inclusão e Educação, doze olhares sobre a educação inclusiva", organizador David Rodrigues, Summus Editorial. Quem trabalha com educação especial ou inclusão tem uma boa oportunidade para conhecer um pouco mais sobre esta nova área da educação. Seis brasileiros e seis portugueses expõem seus ideais de uma escola inclusiva.
Aí está uma boa reflexão sobre algumas questões abordadas em escolas e Faculdades, merece ser apreciado.
Aí está uma boa reflexão sobre algumas questões abordadas em escolas e Faculdades, merece ser apreciado.
sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007
Autismo
Fala-se muito sobre autismo mas, pouco coisa mudou desde seu descobrimento. Escolas especializadas de debatem na opção mais adequada para aplicar nos seus alunos. Pesquisadores se debruçam nas novas descobertas da genética, enquanto isso familiares de autistas continuam sofrendo pela inexistência de uma compreensão mais real deste transtorno. O que se tem de mais divulgado e aceito pela comunidade, sobre autismo. Os três sintomas principais, que são uma espécie de marcadores para a presença do autismo, são: prejuízo grave do desenvolvimento de interações sociais recíprocas, prejuízo grave do desenvolvimento da comunicação - não só a linguagem falada, mas também expressões faciais, gestos, postura corporal, etc. E, finalmente, ocorre uma importante limitação da variabilidade de compotamentos, de modo que as pessoas com autismo não podem fazer muitas coisas. Eles não conseguem mudar seu padrão de comportamento de acordo com a situação social, sempre vão se comportar à sua maneira: serão sempre eles mesmos e não mudarão de aordo com as demandas sociais ou o ambiente social. Todos concordam que esses sintomas devem estar presentes para que um diagnóstico seja feito e que os problemas devem ser muito importantes.
Continuo o assunto em breve.
Continuo o assunto em breve.
domingo, 28 de janeiro de 2007
sexta-feira, 26 de janeiro de 2007
Exclusão
A exclusão tounou-se uma espécie de epidemia do início deste século: assustadora como a peste, altamente contagiosa e de cura pouco provável. Esta "epidemia social" demonstra uma grande vitalidade e dinâmica e, devido ao seu rápido alastramento, tem sido tratada como uma das ameaças mais sérias ao desenvolvimento das sociedades, em cujos objetivos cada vez mais se inclui a sua erradicação.
David Rodrigues.
David Rodrigues.
quarta-feira, 24 de janeiro de 2007
Crianças diferentes
São crianças que não passam numa prova de rítmo e sabem fazer uma batucada. Que não têm equilíbrio e coordenação motora e andam nos muros e árvores. Que não tem discriminação auditiva e reconhecem cantos de pássaros. Crianças que não sabem dizer os meses dos anos, mas sabem a época de plantar e colher. Não conseguem aprender os rudimentos da aritmética e, na vida, fazem compras, lidam com dinheiro, são vendedoras na feira. Não têm memória e disciminação visual, mas reconhecem uma árvore pelas suas folhas. Não têm coordenação motora com o lápis na mão, mas constroem pipas. Não têm criatividade e fazem seus brinquedos do nada. Crianças que não aprendem nada, mas aprendem e assimilam o conceito básico que a escola lhes transmite, o mito da ascenção social, da igualdade de oportunidades e, depois, assume toda a responsabilidade pelo seu fracasso escolar.
Desnutrição e fracasso escolar: uma relação tão simples? In: Revista Ande, n.5, p. 60-61
Desnutrição e fracasso escolar: uma relação tão simples? In: Revista Ande, n.5, p. 60-61
segunda-feira, 22 de janeiro de 2007
Músculos e Cobras
MÚSCULOS E COBRAS
Na última coluna havia comentado sobre os diversos tipos de fibras musculares que somos postos em movimento. Para continuar explicando este mecanismo de funcionamento, quem sabe uma analogia com os venenos das cobras possa ser melhor entendido. Todos os músculos do corpo dependem de estímulos elétricos e químicos para funcionarem, se esses estímulos não existirem, as contrações serão impossíveis, inclusive as do coração e pulmões. Na parte final da fibra nervosa, existe uma fenda ou buraco na qual os transmissores químicos são agrupados para poderem retransmitir o sinal ao destinatário final, que é o músculo. Se esse transmissor não cumprir esta função, o músculo não tem como se contrair, mesmo estando em perfeitas condições. É exatamente a concretização dessa última e delicada etapa que a peçonha das cobras impede. A peçonha imita o neurotransmissor e preenche o vazio da fenda, mas não conduz o sinal. A transmissão de impulsos é interrompida, os músculos funcionam irregularmente, enfraquecem e, finalmente ficam paralisados. No caso de paralisações, as pessoas morrem devido aos órgãos vitais que deixam de contrair. O mesmo acontece com a paralisia infantil, os músculos não recebem o sinal necessário. No esporte esta arquitetura também é a responsável, não isoladamente, pela qualidade dos atletas de rendimento. Quanto melhor funcionar esta engrenagem, melhor será o resultado. O mesmo acontece com o aparecimento da fadiga; se as transmissões estiverem reguladas e acionadas corretamente, mais difícil o aparecimento do cansaço. É necessário entender que, a máquina humana é muito complexa e o que compete aos atletas é treinar o melhor possível, deixando para a natureza fazer a sua parte. Para não precisar chupar veneno de cobras para extrair as peçanhas, é melhor ainda dar atenção ao que o corpo está pedindo.
Na última coluna havia comentado sobre os diversos tipos de fibras musculares que somos postos em movimento. Para continuar explicando este mecanismo de funcionamento, quem sabe uma analogia com os venenos das cobras possa ser melhor entendido. Todos os músculos do corpo dependem de estímulos elétricos e químicos para funcionarem, se esses estímulos não existirem, as contrações serão impossíveis, inclusive as do coração e pulmões. Na parte final da fibra nervosa, existe uma fenda ou buraco na qual os transmissores químicos são agrupados para poderem retransmitir o sinal ao destinatário final, que é o músculo. Se esse transmissor não cumprir esta função, o músculo não tem como se contrair, mesmo estando em perfeitas condições. É exatamente a concretização dessa última e delicada etapa que a peçonha das cobras impede. A peçonha imita o neurotransmissor e preenche o vazio da fenda, mas não conduz o sinal. A transmissão de impulsos é interrompida, os músculos funcionam irregularmente, enfraquecem e, finalmente ficam paralisados. No caso de paralisações, as pessoas morrem devido aos órgãos vitais que deixam de contrair. O mesmo acontece com a paralisia infantil, os músculos não recebem o sinal necessário. No esporte esta arquitetura também é a responsável, não isoladamente, pela qualidade dos atletas de rendimento. Quanto melhor funcionar esta engrenagem, melhor será o resultado. O mesmo acontece com o aparecimento da fadiga; se as transmissões estiverem reguladas e acionadas corretamente, mais difícil o aparecimento do cansaço. É necessário entender que, a máquina humana é muito complexa e o que compete aos atletas é treinar o melhor possível, deixando para a natureza fazer a sua parte. Para não precisar chupar veneno de cobras para extrair as peçanhas, é melhor ainda dar atenção ao que o corpo está pedindo.
CULTURA CORPORAL
PERNAS, PRA QUE TE QUERO
Desde muito jovem acreditei na popularização da atividade física, sem pretensões das glórias, obviamente. Diferentemente dos meus tempos de faculdade, quando as provas científicas dos exercícios físicos para o corpo eram mais difíceis, hoje, sobram motivos para todo cidadão se mexer. Uma pena que as autoridades ainda não perceberam isso. Depois de ler os trabalhos de Doreen Kimura, de uma Universidade Americana, acrescentei mais um bom motivo para continuar acreditando nos benefícios dos esportes. Em seus trabalhos com neurociência, afirma que os movimentos da boca dependem da mesma faculdade que guia os movimentos balísticos de mão, ou seja, melhorias na destreza poderiam ajudar na linguagem, e vice-versa. Supõe-se que a capacidade de fazer arremessos acurados, que teriam ajudado os hominídeos a sobreviver aos episódios de resfriamento nos trópicos, também abriu a possibilidade de comer carne regularmente e de sobreviver ao inverno em zona temperada. O dom da fala seria um benefício acidental. Como são milhões de anos a evolução da nossa espécie, é certo que o DNA dos nossos craques dos esportes são, na sua maioria, de herdeiros diretos desses caçadores e primatas eficientes nas suas especialidades. Um movimento balístico como um arremesso no basquete, tem muito mais a ver com a evolução do que qualquer outro raciocínio lógico usado diariamente. Agora, imaginem o resultado de toda essa evolução quando vemos uma jogada de futebol, como a do Alexandre Pato, ontem, com toques mágicos, que encantam qualquer retina. Como estamos no século da genética, em breve estaremos comentando sobre os genes que capacitam um cidadão à craque, ou quem estará apto a arremessar bem. Mesmo com essas descobertas é preciso que estes genes “despertem” e cumpram a sua função, como já se sabe quando aparecem alguns tipos de doenças, ou seja, o meio influenciando a genética. Então, que 2007 possamos ser “agentes inovadores do esporte”, vamos começar a jogar gol-a-gol, ou quem sabe, improvisar uma cesta de basquete e treinar na garagem de casa.
PERNAS, PRA QUE TE QUERO
Desde muito jovem acreditei na popularização da atividade física, sem pretensões das glórias, obviamente. Diferentemente dos meus tempos de faculdade, quando as provas científicas dos exercícios físicos para o corpo eram mais difíceis, hoje, sobram motivos para todo cidadão se mexer. Uma pena que as autoridades ainda não perceberam isso. Depois de ler os trabalhos de Doreen Kimura, de uma Universidade Americana, acrescentei mais um bom motivo para continuar acreditando nos benefícios dos esportes. Em seus trabalhos com neurociência, afirma que os movimentos da boca dependem da mesma faculdade que guia os movimentos balísticos de mão, ou seja, melhorias na destreza poderiam ajudar na linguagem, e vice-versa. Supõe-se que a capacidade de fazer arremessos acurados, que teriam ajudado os hominídeos a sobreviver aos episódios de resfriamento nos trópicos, também abriu a possibilidade de comer carne regularmente e de sobreviver ao inverno em zona temperada. O dom da fala seria um benefício acidental. Como são milhões de anos a evolução da nossa espécie, é certo que o DNA dos nossos craques dos esportes são, na sua maioria, de herdeiros diretos desses caçadores e primatas eficientes nas suas especialidades. Um movimento balístico como um arremesso no basquete, tem muito mais a ver com a evolução do que qualquer outro raciocínio lógico usado diariamente. Agora, imaginem o resultado de toda essa evolução quando vemos uma jogada de futebol, como a do Alexandre Pato, ontem, com toques mágicos, que encantam qualquer retina. Como estamos no século da genética, em breve estaremos comentando sobre os genes que capacitam um cidadão à craque, ou quem estará apto a arremessar bem. Mesmo com essas descobertas é preciso que estes genes “despertem” e cumpram a sua função, como já se sabe quando aparecem alguns tipos de doenças, ou seja, o meio influenciando a genética. Então, que 2007 possamos ser “agentes inovadores do esporte”, vamos começar a jogar gol-a-gol, ou quem sabe, improvisar uma cesta de basquete e treinar na garagem de casa.
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