sábado, 24 de fevereiro de 2007
Jornal El Pais
Saiu hoje, aqui em Madrid, no Jornal El Pais uma entrevista com uma das maiores autoridades mundiais sobre autismo, Mercedes Belinchón, professora titular de psicologia da Universidade Autônoma de Madrid e membro do Grupo de Trabalho sobre Transtorno do Espectro Autista do Instituto de Saúde Carlos III de Madrid. Afirma, entre outras coisas, do alto indice de recém nascidos com diagnóstico de autismo; um de cada 150 nascidos( dados do Centro de Controle de Enfermidades de Atlanta). Continua sendo um número relativamente grande e assustador. Segundo Mercedes, o que prejudica muito os primeiros atendimentos são os diagnósticos tardios, as famílias de crianças com estes transtornos não estão preparadas para esta intervenção e, muitas vezes nem o estado ou munícipios contém em seus quadros de saúde, profissionais habilitados para isso. Estes são os verdadeiros motivos para o atraso no atendimento de crianças com Transtornos de Espectro Autista. Um outro motivo deste aumento de casos de autismo, de acordo com a doutora Amaia Hervás é o critério utilizado atualmente para o diagnóstico. Tempos atrás, se considerava apenas autismo a sintomatologia muito severa ou aqueles quadros com características típicas. Agora não, temos o grupo de crianças com um desenvolvimento intelectual normal mas, que apresentam um deficit de ajustamento social. Por isso o motivo do número tão grande de crianças com diagnóstico, tardio ou não de autismo.
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