Aproveitando as notícias das paralimpíadas e dos assuntos sobre educação neste espaço, quero explorar um pouquinho a matéria do H. Schwartsman.
Os esportes como muitas decisões das nossas vidas, são resolvidas em milessegundos e para que isso seja coerente (pelo menos é assim o desejo do cérebro), precisamos de autonomia (inconsciente). Vejamos algumas decisões: "levamos pelo menos 200 milissegundos para dirigir os olhos para um ponto de interesse, mais 300 ou 400 milissegundos para fazer uma inferência cognitiva e outros 50 milissegundos para iniciar o comando motor. Assim, um sujeito excepcionalmente rápido gasta, no mínimo, meio segundo pensando". Você pode demorar meio segundo pensando para resolver um problema? Em geral sim, para os atletas de rendimento, não! Você tenista, sabia que, um saque no tênis dá ao rebatedor 400 milissegundos para reagir? Neste tempo dá até para "gritar" rebatendo a bola. "Um pênalti chega ao gol em 290 milissegundos (daí que o goleiro costuma escolher um canto). O cérebro resolve essa dificuldade mandando a consciência às favas e atuando no que se chama de nível pré-atencional. É o mesmo mecanismo que faz com que você se esquive de uma bolada muito antes de "ver"o projétil se aproximando. Nesses casos, não recorremos ao córtex, mas a estruturas muito mais primitivas, como o colículo superior. Com ele, não distinguimos formas e cores nem podemos identificar o objeto, mas o tempo para iniciar uma reação pode cair para 15 milissegundos."
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