Poema Sujo
turvo turvo
a turva
mão do sopro
contra o muro
escuro
menos menos
menos que escurso
menos que mole e duro menos que fosso e
muro: [menos que furos escuro mais que escuro:
claro
como água? Como pluma? Claro mais que
claro claro: coisa alguma
e tudo (ou quase)
um bicho que o universo fabrica e vem
sonhando [desde as entranhas
tua gengiva igual a tua bocetinha que parecia
sorrir entre [as folhas de banana entre os cheiros de flor
de porco aberta [como uma boca
do corpo (não como a tua boca de palavras)
como uma...
Ferreira Gullar
turvo turvo
a turva
mão do sopro
contra o muro
escuro
menos menos
menos que escurso
menos que mole e duro menos que fosso e
muro: [menos que furos escuro mais que escuro:
claro
como água? Como pluma? Claro mais que
claro claro: coisa alguma
e tudo (ou quase)
um bicho que o universo fabrica e vem
sonhando [desde as entranhas
tua gengiva igual a tua bocetinha que parecia
sorrir entre [as folhas de banana entre os cheiros de flor
de porco aberta [como uma boca
do corpo (não como a tua boca de palavras)
como uma...
Ferreira Gullar
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