sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Walmor Chagas e eu

Walmor Chagas dizia na juventude que morreria antes dos 35 anos e, quando fez 36 comemorou a prorrogação. O mesmo aconteceu comigo, sempre achei que não passaria dos 35 anos mas, diferente dele, nunca comemorei a data, e sim, a cada dia. Me explico; jovem de 19 anos, ainda com esperanças no esporte e acadêmico de Educação Física, fui convidado a dar aulas de judô para cegos. Pois bem, essa experiência me mostrou que as comemorações precisam ser diárias. Não todos, mas a maioria dos cegos de nascença, jovens e adultos, acreditam que a vida não merece muitas explicações, apenas comemorações. "Se não posso ver, posso escutar, se tenho dificuldades de perceber algo, tenho paciência para aprender." Essa convivência (que ainda compartilho com eles), me ensinou que devo aprender e aproveitar cada dia, mesmo que não seja do meu jeito, mas que possa ser como as "coisas"se apresentam para mim, naquele momento. 

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