Uma mulher muito bonita me falou ontem à noite –não acredito em coisas ditas de dia- sobre Lost e sobre outras coisas supostamente difíceis de decifrar.
No que sonhei, na beira do mar de Natal, com algo mais ou menos assim, repare:
Amar é… Lost: começa cheio de perguntas e acaba quase sem respostas.
Porque é ridículo que ainda tenha alguém sobre a face da terra que pense no amor como resultado, como algo saudável, como uma casinha longe do abismo.
Amar é flertar com o despenhadeiro, é sempre uma habitação na encosta de um morro.
Amar não é casa própria, consórcio, planejamento, carro ou bicicleta. O amor não precisa de quintal ou garagem. O amor não se guarda. Se for amor o ladrão não leva.
Se quer resultado, joga no bicho ou na Megasena. Que monte um negócio de lucros, um curtume, uma bodega sortida, uma padaria na rua da Aurora.
Que entre para a política, que faça lobby, que venda apólices, gado, que adquira uma franquia da Casa do Pão de Queijo.
Mas se queres amar, te juega, simplesmente, sem pensar no ponto futuro.
Amar é o lindo negócio da inutilidade. Como o tal do fazer poético. Não serve para nada. É um oco de um tronco de ipê e um pássaro cantando dentro.
Fazer um filho ainda não é o amor. Casar tampouco. A propaganda de Becel sem gorduras trans muito menos.
Só existe amor no entorpecimento. Amor é se drogar juntos, sem necessariamente carecer de traficantes ou aviõezinhos.
Mas amar parece LSD ou cogumelo, sem ser exatamente o que estou falando.
Amar, caro Sam Sheppard, é cruzar o paraíso.
É ser vaqueiro e laçar a jukebox, a radiola de ficha, para impressionar a amada-problema. Como no filme das cenas acima.
Amar não é com licença. Amar não é bons modos.
Se você ainda não perdeu o sentido nessa aventura, sinto muito, precisa viajar léguas para chegar perto do que estou falando. Amar é um sítio ao qual não se chega com informações ou GPS.
Talvez amar seja um vinho alentejano. Como o Rapariga da Quinta que bebi ontem com belas crias de costelas potiguares.
Replay, ao sonho: Amar é… Lost: começa cheio de perguntas e acaba quase sem respostas.
Xico Sá
No que sonhei, na beira do mar de Natal, com algo mais ou menos assim, repare:
Amar é… Lost: começa cheio de perguntas e acaba quase sem respostas.
Porque é ridículo que ainda tenha alguém sobre a face da terra que pense no amor como resultado, como algo saudável, como uma casinha longe do abismo.
Amar é flertar com o despenhadeiro, é sempre uma habitação na encosta de um morro.
Amar não é casa própria, consórcio, planejamento, carro ou bicicleta. O amor não precisa de quintal ou garagem. O amor não se guarda. Se for amor o ladrão não leva.
Se quer resultado, joga no bicho ou na Megasena. Que monte um negócio de lucros, um curtume, uma bodega sortida, uma padaria na rua da Aurora.
Que entre para a política, que faça lobby, que venda apólices, gado, que adquira uma franquia da Casa do Pão de Queijo.
Mas se queres amar, te juega, simplesmente, sem pensar no ponto futuro.
Amar é o lindo negócio da inutilidade. Como o tal do fazer poético. Não serve para nada. É um oco de um tronco de ipê e um pássaro cantando dentro.
Fazer um filho ainda não é o amor. Casar tampouco. A propaganda de Becel sem gorduras trans muito menos.
Só existe amor no entorpecimento. Amor é se drogar juntos, sem necessariamente carecer de traficantes ou aviõezinhos.
Mas amar parece LSD ou cogumelo, sem ser exatamente o que estou falando.
Amar, caro Sam Sheppard, é cruzar o paraíso.
É ser vaqueiro e laçar a jukebox, a radiola de ficha, para impressionar a amada-problema. Como no filme das cenas acima.
Amar não é com licença. Amar não é bons modos.
Se você ainda não perdeu o sentido nessa aventura, sinto muito, precisa viajar léguas para chegar perto do que estou falando. Amar é um sítio ao qual não se chega com informações ou GPS.
Talvez amar seja um vinho alentejano. Como o Rapariga da Quinta que bebi ontem com belas crias de costelas potiguares.
Replay, ao sonho: Amar é… Lost: começa cheio de perguntas e acaba quase sem respostas.
Xico Sá
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