quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Cognição visual

Já que os estudiosos afirmam que a "Cognição Visual" é uma área multidisciplinar, posso então arriscar algumas opiniões sobre o tema, e ainda, sugerir a "fisioterapia ocular" (não esqueçam que sou fisioterapeuta) para os mais "desligados." 
Me oriento pelas teorias de TREISMAN e GELADE. Segundo estas autoras, quando olhamos para um objeto, nossa atenção pode ser orientada por dois estágios; um chamado de "pré-atenção"e o outro de "atencional." Estes estágios são decorrentes de sinais exógenos (de fora) e endógenos (de dentro). Talvez por isso, não enxergamos igual à ninguém, mesmo que isso possa parecer contraditório. Um bom exemplo disso (isso explica a necessidade da "fisioterapia ocular") são os objetos que olhamos diariamente mas não enxergamos, ou pelo menos, não prestamos atenção. Em compensação, para outras pessoas, estes mesmos objetos (ou pessoas) podem muito bem ser admirados. Possivelmente as duas principais fontes de informações aos quais podem "estabelecer contato" e decidir algo quando vemos são: "bottow-up (que pode ser traduzida como "de baixo para cima") e a outra é "top-down" (de cima para baixo). A primeira quase sempre se responsabiliza pela visão de cor, tamanho, orientação e outras; a segunda é baseada no conhecimento prévio sobre o objeto. Por isso então que, quando falamos em VISÃO ou mesmo em enxergar, estamos nos referindo em algo muito mais complexo, o cérebro é um dos grandes responsáveis para nos orientar em o quê e como enxergamos. Uma analogia para este comentário: dizem que o amor é resultado de um processo químico, portanto, quando olhamos com atenção e percebemos um objeto ou uma pessoa com outros olhos (desculpe o trocadilho), estamos "olhando" com a química do cérebro. Que sem graça, né?

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