Narciso era uma criança tão linda, mas tão linda que sua mãe não deixava-o em paz. O nome da "donzela" era Liríope - segundo a mitologia grega. A "Lili"estava muito preocupada com o excesso de beleza do filhinho (qual a mãe que não acha que seu filho é o mais bonito do mundo?), então encaminha-o ao sábio Tirésias (não podia ser João, assim era mais fácil). O sábio rapidamente dá a resposta para evitar o reencontro com o "lindinho"(vai que ele se apaixona pelo menino também?). Sábio diz "o menino só teria uma vida longa se jamais visse a própria imagem." O menino era cego? Como não ver a imagem? Ah, não havia espelho na época, só pode ser isso. Voltamos à estória ou história, como queiram; Passados alguns anos, já na adolescência, Narciso que não era tão devagar assim, mas muito soberbo, um belo dia, passeando pelos campos e jardins primaveris, uma jovem de nome Eco, o viu e no mesmo momento se apaixona pelo "lindinho," mas lógico que o rapariga não gostou da mirada. Não é sempre assim, os lindinhos nunca dão bola para a gente, não é verdade? Passado alguns dias, em uma outra caminhada - na época não se falava em cooper - Narciso com muita sede, resolve beber água de uma fonte muito límpida, nesse exato momento, o que acontece? Acertou! Lógico que ali ele se vê refletido no espelho das águas e ali mesmo enlouqueceu de amor pelo próprio reflexo. Imagina se fosse num espelho? O lindinho, agora ciente da sua beleza, enlouqueceu literalmente, não tinha olhos nem ouvidos para mais nada, só pensava na sua beleza (devia ser bonito mesmo). Para encurtar a conversa: a
loucura e a dor eram tão grande que ele mergulha no espelho e desaparece no encontro impossível. Escafedeu-se! Narciso não criou laços e nem partilha seu encanto. Perde-se na imagem de si. E a garotinha que se apaixonou por ele, a tal da ECO (alguma semelhança?). Ela também se perde (cotovelo doído) e, no desencontro, entrega-se à repetição compulsiva, sem poder se separar da miragem idealizada.
Tudo isso para dizer que a origem da palavra Narcisismo, vem dessa estorinha e é um dos conceitos mais conhecidos de Freud. Por isso, cuidado com os espelhos.
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