Darwin considerava o olho um milagre da evolução. O ouvido, a seu modo, é igualmente complexo e belo.
Em 1851, Alfonso Corti, fisiologista italiano, descobriu a complexa estrutura sensitiva que hoje chamamos órgão espiral, ou Órgão de Corti, situada na membrana basilar da cóclea e que contém 3500 células ciliadas internas, os receptores auditivos finais. Um ouvido jovem pode ouvir dez oitavas de som, abrangendo uma gama de aproximadamente trinta a 12 mil vibrações por segundo. O ouvido da pessoa média pode distinguir sons distantes 1/17 de tom entre si. De ponta a ponta, ouvimos cerca de 1400 tons discrimináveis.
Oliver Sacks, "Alucinações Musicais" p. 135
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