segunda-feira, 8 de junho de 2009

CUMPRA-SE A LEI: Lingua Brasileira de Sinais

Manifestação em Curitiba defende obrigatoriedade da Língua Brasileira de Sinais - 01/06/2009 15:40:00


Surdos de Curitiba e Região Metropolitana fizeram uma manifestação nesta segunda-feira (1º), na Capital, para reivindicar melhorias na participação da pessoa surda no ambiente escolar, na família e no trabalho. A mobilização defendeu o cumprimento da obrigatoriedade da Língua Brasileira de Sinais (Libras) nas escolas, serviços públicos e empresas privadas, conforme prevê o Decreto Federal 5.626 de 2005. “Entendemos a importância da educação bilíngüe. O Estado está mantendo as escolas para surdos, fazendo a inclusão deles nas escolas regulares e investindo na formação de tradutores e intérpretes de Libras”, disse a chefe do Departamento de Educação Especial e Inclusão Educacional, Angelina Matiskei, que participou da manifestação.

“A Secretaria da Educação apóia a reivindicação da comunidade surda”, afirmou Angelina Matiskei. Ela ressaltou que a política educacional de inclusão do Paraná está se fortalecendo e que há desafios a serem superados. “A inclusão educacional é um processo que vem acontecendo com êxito no Paraná, mas a implementação de políticas e mudança de cultura de uma sociedade se estabelece a médio e longo prazo”, disse Angelina.
Segundo ela, é fundamental a participação da sociedade na compreensão da Língua de Sinais, porque o surdo a tem como primeira língua e a Língua Portuguesa, como segunda.

Uma carta de reivindicações foi entregue na Prefeitura de Curitiba e no Palácio das Araucárias. Os integrantes da comissão dos surdos foram convidados para uma reunião na próxima quarta-feira (3) com o chefe de Gabinete do Governador, Carlos Moreira Junior.

DESAFIO - No Paraná a Lei Estadual nº 12.095 de 1998, que oficializa a Língua de Sinais, antecedeu a Lei Federal nº 10.436 de 2002 e o Decreto Federal nº 5.626 de 2005. O reconhecimento oficial da Libras fez surgir novas demandas para a educação de surdos. Entre as novas situações proporcionadas pela proposta de educação bilíngue para surdos está a situação do tradutor e intérpretes de Libras/Língua Portuguesa. “Neste ano contamos com 354 intérpretes atuando na rede estadual de ensino. O número só não é maior porque a formação requer tempo e a oferta de profissionais é pequena”, explicou Angelina.

Para Iraci Elzinha Bampi Suzin, diretora administrativa da seção paranaense da Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos, é necessário um avanço maior na educação. “Ainda temos muitos desafios pela frente, mas, em relação aos outros Estados, o Paraná tem sido referência, devido ao que já foi implementado pela Secretaria da Educação”, afirma. Segundo ela, a Língua de Sinais deve ser respeitada, e as instituições de ensino superior devem dar oportunidade de trabalho para que o professor surdo possa lecionar a disciplina de Libras.

A professora Maria Carolina de Freitas, intérprete de Libras, entende que uma das dificuldades apresentadas pela criança surda, ao ingressar na rede estadual, é a falta da aquisição da Língua de Sinais ao ingressar nas primeiras séries do ensino fundamental. “Se a criança viesse das séries iniciais com um bom conhecimento da Libras, o desenvolvimento dela seria mais rápido”, disse.

Arquivos anexados: 0106 Manifestacao dos surdos.doc


Confira aqui as fotos dessa publicação.



Fonte:Agência Estadual de Notícia - Paraná



Passeata cobra divulgação da língua de sinais

Passeata cobra divulgação da língua de sinais
Paraná-Online (Assinatura) - Curitiba,PR,Brazil As libras foram reconhecidas como a linguagem oficial dos surdos no Brasil em 2002, pela Lei 10463, e em 2005, pelo Decreto Federal 5626.

Nenhum comentário: