terça-feira, 19 de maio de 2009

SURDOCEGUEIRA

Os registros sobre a educação de surdos-cegos no mundo relatam casos de pessoas que conseguiram aprender a ler e escrever, havendo ocorrências de conclusão do ensino superior e de aprendizagem de diversos idiomas. Em geral, as informações a esse respeito são imprecisas quanto ao perfil das pessoas surdas-cegas e ao método empregado na comunicação e no processo de transmissão e assimilação do conhecimento acadêmico, social e cultural. Para Amaral (2002), a história da educação dos surdos-cegos sempre esteve próxima da educação de crianças surdas. Assim, o método gestual, desenvolvido na França, o o oral, na Alemanha, sofreram algumas adaptações ao serem utilizados com pessoas surdas-cegas. Foi acrescentada a percepção tátil ou a alteraão do espaço de sinalização segundo o campo visual da pessoa, possibilitando a recepção ou expressão da informação.
Collins (1995) aponta Victorine Morriseau como a primeira mulher surda-cega a receber educação formal, em Paris, em 1789, sendo a França pioneira na instituição da educação formal para esta população na Europa. Amaral (2002, p. 121) descreve Julia Brice aos quatro anos e meio, americana, cega e surda, que "entrou para o asilo de surdos e mudos de Hartford em 1825", aprendendo a se comunicar por sinais, não havendo registro sobre aprendizagem de leitura e escrita. Em 1829, a educação de Laura Bridgman, realizada na Escola Perkins, nos Estados Unidos, pelo professor dr. Samuel Gridley Howe, influenciou e contribuiu para o desenvolvimento de programas educacionais em diferentes países, entre eles a Alemanha, em 1887.

"Descobrindo a surdocegueira" educação e comunicação.

Fatima Ali Abdala A. Cader-Nascimento
Maria da Piedade R. da Costa

EDUFSCAR

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