Atualmente me dedico a estudar a deficiência visual, principalmente os problemas da Escola Inclusiva. Isto também incluiu os cursos de especialização que ministro para professores de educação especial. Os encontros com os professores (meus alunos) servem também para alimentar algumas discussões que, no mínimo, podem colaborar com um novo discurso desta Escola que agora chamamos de Inclusiva.
Além das discussões, muitos estudos de casos são apresentados ao grupo de professores; casos que são relatados pelos próprios mas, nem sempre o caso é esclarecido.
Entre muitas conversas, encontrei alguns alunos com um diagnóstico de LEGASTENIA (a escola atendia o aluno como deficiente mental leve). Este casos de Legastenia são muito parecidos com a Dislexia. Quase sempre é resultado da imaturidade cerebral em fixar o olhar, as crianças com este problema não conseguem reter a visão em um determinado espaço e se perdem durante a leitura e escrita. Por isso que, quando os professores desconhecem o caso, podem ser confundidos com um atraso mental.
É interessante ressaltar neste momento, principalmente para os professores de sala de aula que as crianças em geral (adultos também) quando estão lendo ou prestando atenção em alguém, os olhos realizam movimentos sacádicos, que são em média de 3 a 5 deslocamentos por segundo. Isto que dizer, os olhos não param, mesmo quando olhamos para uma fotografia ou um quadro.
Então, quando isso não acontece, principalmente quando o olho está parado ou se mexendo mais do que o ideal, precisamos saber os motivos para estas alterações. A percepção visual depende desta maturidade neural, mas isso não pode ser interpretado como uma deficiência.
É isso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário