domingo, 28 de junho de 2009

Memória e processos cerebrais

A memória não é uma entidade singular nem um fenômeno que ocorre numa área única do cérebro. Há dois processos mnemônicos básicos: a memória DECLARATIVA, ou memória para fatos e eventos, que acontece principalmente nos sistemas cerebrais envolvendo o hipocampo; e a memória PROCESSUAL ou NÃO-DECLARATIVA, que é a memória para habilidades e outras operações cognitivas, ou a memória que não pode ser representada em sentenças DECLARATIVAS, que ocorre principalmente nos sistemas cerebrais envolvendo o NEOESTRIADO.
Os diversos aspectos da aprendizagem contribuem para a durabilidade ou a fragilidade da memória. Por exemplo, quando se compara a memória para as palavras com a memória para imagens dos mesmos objetos, verifica-se que as imagens têm um efeito superior. O efeito superior das imagens também é evidente quando se combinam palavras e imagens durante a aprendizagem. Sem dúvida, essa descoberta tem importânica direta para a melhoria da aprendizagem a longo prazo de certos tipos de informações.

COMO AS PESSOAS APRENDEM - de John D. Bransford, Ann L. Brown e Rodney R. Cocking
(org.)

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Inteligência e afetividade

A ciência admite a existência de dois cérebros, dividos pela diferença de suas funções ligadas às regiões que as operam e se complementam. As emoções são conjunto de reações químcas e neurais que ocorrem no cérebro emocional e que usam o corpo como "teatro". ocasionando até as emoções viscerais, que afetam os órgãos internos, de acordo com a sua intensidade. As nossas emoções são fontes valiosas de informações e ajudam-nos a tomar decisões, estas são resultado não só da razão, mas da junção de ambas, associadas a outras competências emocionais que podem nos levar ai sucesso na construção das relações no trabalho, tais como:

a) Tolerância à ambiguidade b) Compostura c) Autoconfiança d) Empatia e) Energia

f) Humildade g) Criatividade h) Planejamento.

O importante na construção dessa relação é saber usar essas competências para uma melhor qualidade de vida, capacitando o ser humano para suportar as adversidades, sendo generoso e empreendedor, cultivando sempre o equilíbrio entre a razão e a emoção.

REf. FUNDAMENTOS BIOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO. Marta P. Relvas. Ed. WAK, 2008

domingo, 21 de junho de 2009

Tecnologias Assistivas

Resumo de um trabalho que apresentei em um Congresso em Curitiba.


A aplicação das Tecnologias Assistivas, bem como a avaliação do uso destas ferramentas em nosso país ainda é um tema muito recente. Como já é sabido, estas ferramentas e tecnologias são necessários para permitir autonomia e independência das pessoas portadoras de alguma necessidade especial. Para que esta realidade se torne realmente democrática, novas pesquisas e mais investimentos públicos precisam ser efetivados. As avaliações na área da educação especial realizadas até este momento podem e devem orientar as novas estratégias de intervenção eficazes nos procedimentos que ainda são precários. Ao mesmo tempo, isto também pode colaborar com subsídios para os professores e para a implantação de novas políticas públicas que incrementem a reformulação de novos projetos na área de Tecnologias Assistivas.

sábado, 13 de junho de 2009

Deficiente X Normal

Sempre começo os meus cursos explicando como os autores clássicos definem estas diferenças entre o que são pessoas normais e quem são os deficientes. Apesar da responsabilidade em ordenar alguns raciocínios, fico sempre em dúvida sobre os "normais". A cada dia o "normal" mostra-se mais estranho e distante, distancia-se da "normalidade" e acredita que isso seja resultado da evolução. Pois bem, estamos em uma trilha que nem nós mesmos sabemos direito quem somos, bebemos de uma água que nos remete aos códigos do DNA de um cromossomo inexplicável, que queremos explicar. Me preocupa tanto isso que, talvez a gente encontre uma explicação: é tudo brincadeira.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

SURDOS em manifestação para que as Leis brasileiras sejam cumpridas


CUMPRA-SE A LEI: Lingua Brasileira de Sinais

Manifestação em Curitiba defende obrigatoriedade da Língua Brasileira de Sinais - 01/06/2009 15:40:00


Surdos de Curitiba e Região Metropolitana fizeram uma manifestação nesta segunda-feira (1º), na Capital, para reivindicar melhorias na participação da pessoa surda no ambiente escolar, na família e no trabalho. A mobilização defendeu o cumprimento da obrigatoriedade da Língua Brasileira de Sinais (Libras) nas escolas, serviços públicos e empresas privadas, conforme prevê o Decreto Federal 5.626 de 2005. “Entendemos a importância da educação bilíngüe. O Estado está mantendo as escolas para surdos, fazendo a inclusão deles nas escolas regulares e investindo na formação de tradutores e intérpretes de Libras”, disse a chefe do Departamento de Educação Especial e Inclusão Educacional, Angelina Matiskei, que participou da manifestação.

“A Secretaria da Educação apóia a reivindicação da comunidade surda”, afirmou Angelina Matiskei. Ela ressaltou que a política educacional de inclusão do Paraná está se fortalecendo e que há desafios a serem superados. “A inclusão educacional é um processo que vem acontecendo com êxito no Paraná, mas a implementação de políticas e mudança de cultura de uma sociedade se estabelece a médio e longo prazo”, disse Angelina.
Segundo ela, é fundamental a participação da sociedade na compreensão da Língua de Sinais, porque o surdo a tem como primeira língua e a Língua Portuguesa, como segunda.

Uma carta de reivindicações foi entregue na Prefeitura de Curitiba e no Palácio das Araucárias. Os integrantes da comissão dos surdos foram convidados para uma reunião na próxima quarta-feira (3) com o chefe de Gabinete do Governador, Carlos Moreira Junior.

DESAFIO - No Paraná a Lei Estadual nº 12.095 de 1998, que oficializa a Língua de Sinais, antecedeu a Lei Federal nº 10.436 de 2002 e o Decreto Federal nº 5.626 de 2005. O reconhecimento oficial da Libras fez surgir novas demandas para a educação de surdos. Entre as novas situações proporcionadas pela proposta de educação bilíngue para surdos está a situação do tradutor e intérpretes de Libras/Língua Portuguesa. “Neste ano contamos com 354 intérpretes atuando na rede estadual de ensino. O número só não é maior porque a formação requer tempo e a oferta de profissionais é pequena”, explicou Angelina.

Para Iraci Elzinha Bampi Suzin, diretora administrativa da seção paranaense da Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos, é necessário um avanço maior na educação. “Ainda temos muitos desafios pela frente, mas, em relação aos outros Estados, o Paraná tem sido referência, devido ao que já foi implementado pela Secretaria da Educação”, afirma. Segundo ela, a Língua de Sinais deve ser respeitada, e as instituições de ensino superior devem dar oportunidade de trabalho para que o professor surdo possa lecionar a disciplina de Libras.

A professora Maria Carolina de Freitas, intérprete de Libras, entende que uma das dificuldades apresentadas pela criança surda, ao ingressar na rede estadual, é a falta da aquisição da Língua de Sinais ao ingressar nas primeiras séries do ensino fundamental. “Se a criança viesse das séries iniciais com um bom conhecimento da Libras, o desenvolvimento dela seria mais rápido”, disse.

Arquivos anexados: 0106 Manifestacao dos surdos.doc


Confira aqui as fotos dessa publicação.



Fonte:Agência Estadual de Notícia - Paraná



Passeata cobra divulgação da língua de sinais

Passeata cobra divulgação da língua de sinais
Paraná-Online (Assinatura) - Curitiba,PR,Brazil As libras foram reconhecidas como a linguagem oficial dos surdos no Brasil em 2002, pela Lei 10463, e em 2005, pelo Decreto Federal 5626.