quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Síndrome de Williams

O nome desta síndrome vem do médico cardiologista neozelandês J.C. P. Williams, que a descreveu em 1961. É uma síndrome rara, afeta uma criança a cada 10 mil. As características: defeitos no coração e nos vasos, conformações faciais singulares e retardamento. O que mais chama atenção nestes indivíduos: personalidades cordiais e loquazes e, domínio incomum da linguagem. Extrema facilidade para a música, são verdadeiros "profissionais" da música. Para se fazer uma comparação, os portadores da síndrome de Williams, apresentam potenciais antagônicos aos autistas. Uma constatação interessante e curiosa.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Critérios duvidosos sobre o tratamento do autismo

Como tenho permanentemente escrito neste espaço sobre o autismo, gostaria de lançar mais um questinamento ou mesmo uma reflexão sobre este transtorno. Estas minhas questões são fruto, obviamente, de muitas leituras sobre o assunto. Primeiro, por que o investimento público e privado nesta área é tão precário? Porque o número de indivíduo com este transtorno é pequeno? Ou mesmo, porque isto é resultado das nossas políticas públicas? Segundo, será que o autismo, em virtude das dúvidas sobre as verdadeiras causas deste aparecimento, não é um motivo para "pensarmos" de que a melhor alternativa é deixarmos estes indivíduos "isolados", como "eles mesmo desejam"? Como a causa mais aceita do autismo é a multicausalidade e, a genética é um fator preponderante neste momento, como podemos melhorar a vida de um autista? O respeito ao "isolamento" não seria um "tratamento" adequado, procurando o bem estar deste indivíduo? Alguns plantomistas podem alegar o sucesso de alguns autistas na recuperação para a sociedade, mas esquecem de que há diferenças nos comportamentos apresentados pela lógica da sua deficiência. Alguns já estão mais predispostos a recuperação, isto é mais fácil conciliar e entender.
Fica a pergunta, que não é necessariamente a minha opinião.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

No córtex cerebral, assim somos


Síndrome de Münchausen

O mestre Moacyr Scliar escreve na revista Mente e Cérebro deste mês sobre "Münchausen e outros epônimos". Para definir Münchausen ele escreve: são pacientes que simulam doenças, de tipo e gravidade variáveis. E o fazem com tanta habilidade que muitas vezes enganam os médicos, induzindo-os à prática de cirurgias desnecessárias. O ventre de um paciente com essa patologia costuma ser um repositório de cicatrizes operatórias. A síndrome de Münchausen é um problema psíquico, a pessoa não tem consciência de que aquilo é simulação. Apresenta longa história de perturbação mental e, muitas vezes, foi vítima de abuso físico e emocional. Manifesta sentimentos de culpa com o consequente desejo de autopunição.
Scliar também define na mesma matéria o que significa "Epônimo": é o nome de uma pessoa, real ou fictícia, associado a um lugar, a uma época ou a uma situação mórbida. No caso de nomes fictícios, a literatura é fonte inesgotável. Juntando então, estas duas definições, podemos imaginar da onde surgiu este nome, conclui Moacyr Scliar: o nome da síndrome vem de um personagem real, o barão Karl Friedrich Hieronymus von Münchausen (1720-1797), que lutou a serviço da Rússia contra os turcos entre 1763 e 1772. Clássico mitômano, o barão costumava narrar histórias fantasiosas sobre a guerra e sobre seus próprios atos heróicos.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Estatísticas de crianças autistas

Anteriormente considerado um distúrbio bastante raro, com taxas de prevalência de talvez 5 em 10.000, estudos epidemiológicos mais recentes indicam taxas mais elevadas, de 16 crianças a cada 10.000 com autismo definido de forma mais restrita e até 40 crianças a cada 10.000 com diagnósticos mais amplos dentro da família de condições marcada por déficits de socialização significativos ( CHAKRABARTI e FOMBONNE, 2001).
Pelo número absurdo de crianças autista, indiferente da classificação adotada e, mesmo não se sabendo corretamente as causas desta fatalidade, o que se propõe pelo estado e/ou organizações preocupadas com esse assunto? Podemos pensar em intervenções necessárias para atender as necessidades destas crianças, o autismo e as condições a ele associadas têm se tornado um ponto muito mais central na discussão de politicas sociais, trazendo à tona as questões de identificação precoce, estimulação precoce e a natureza e intensidade do tendimento educacional que precisa ser oferecido para esta substancial minoria de crianças (NATIONAL RESEARCH COUNCIL, 2001)