quarta-feira, 23 de novembro de 2011

De repente, 46 milhões de deficientes.

Matéria da Folha de São Paulo de ontem (22/11) sobre o Censo de 2010 e o número de pessoas com deficiência no Brasil. O colunista (Jairo) sabe muito bem do que está falando.

Boa leitura



http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/10431-de-repente-46-milhoes.shtml



segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Vygotski e formação de conceitos.

sempre me perguntam, como os cegos formam conceitos, sem nunca ter visto algo. Existem várias formas, respondo, entre elas, segue uma explicação Vigotskiana.

(...) "Vale ressaltar que a relação entre o sujeito e  o contexto se dá de maneira interdependente, dialética e contraditória, estando a apropriação dos significados subordinada aos contextos determinados, às atividades e à participação dos sujeitos" (Autismo, linguagem e educação, 2 edição, Wak editora, Sílvia Ester Orrú).

Vygotski (1987), em sua investigação, divide o processo de formação de conceitos em três etapas.

- A primeira é por ele denominada de "conglomerado vago e sincrético de objetos isolados." O sujeito estabelece elos subjetivos com elos reais entre os objetos. Tais objetos são agrupados a partir do significado de uma palavra que, mesmo refletindo elos objetivos com as coisas nomeadas, refletem igualmente elos causais referentes às impressões subjetivas e às percepções próprias do sujeito.

- Segunda etapa, "pensamento por complexos", dá-se quando os objetos isolados se associam na mente do indivíduo, em razão das impressões subjetivas ocorridas ao acaso, como também em razão das relações que realmente existem entre eles, sendo obrigatoriamente concretos e baseados em fatos.

- A terceira etapa, "pensamento por conceitos", ocorre quando o indivíduo tem a capacidade da abstração e do isolamento de elementos que fazem parte de sua experiência, resumindo-os de maneira abstrata para sua utilização instrumental em outros contextos concretos. Esse conteúdo presente nas experiências pode iniciar sua organização de forma abstrata, sem relacionar-se a impressões ou circunstâncias concretas.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Correção

Na postagem abaixo havia escrito que as crianças com Síndrome de Edwards vivem em média 2 anos, pois bem, recebi um e-mail atualizando a informação; algumas crianças com esta síndrome estão fazendo aniversário de 20 anos, a tecnologia e a assistência familiar colaborando com a qualidade de vida dessas crianças mas, certamente de que não são todas. Maiores informações, busque em:   www.sindromedoamor.com.br  (um site especializado na área).

obrigado aos meus leitores

Carlos

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Síndrome de Edwards ou trissomia do 18

 
Características dos portadores da Síndrome de Edwards


Trissomia do cromossomo 18, descrita pela vez por John Edwards, em 1960. Apresentam em geral retardamento mental e físico, com outras características próprias: orelha, pescoço, crânio atípicos. Essas crianças em geral vivem muito pouco, podem chegar a dois anos.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Síndrome de Fregoli

O ator italiano Leopoldo Fregoli (1867-1936) era tão bom no que fazia, nas suas interpretações que, os neurologistas da época deram o seu nome "Fregoli" para a síndrome na qual o paciente vê a mesma pessoa em toda parte. Em geral são rostos de familiares, que se "camuflam" por toda parte. Os esquizofrênicos que sofrem deste mal devem ter alguma relação com o problema da "prosopagnosia" (não reconhecimento de faces)

Veja mais em: O homem que confundiu sua mulher com um chapéu de Oliver Sacks.

Sindrome de Capgras

Imagine uma pessoa próxima do seu convívio, pode ser um pai, uma mãe ou mesmo um irmão e de repente....ele (a) começa a suspeitar que você é um impostor (lógico que, a suspeita neste caso não tem lógica, porque sabemos que isso é normal em algumas famílias). Pois bem, este quadro pode se dar em doenças psiquiátricas, em demências ou mesmo em alguma lesão neurológica. "este meu filho está querendo me roubar" ou então " minha mulher organizou uma quadrilha para me roubar." Joseph Capgras, psiquiatra francês descreveu esta síndrome em 1923, pela primeira vez: "L ilusion des sosies (a ilusão dos sósias).
Alguns especialistas consideram "Capgras" como sintomas de um quadro de alguma alteração mental.

Conhecem alguém assim?

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Silhuetas e cegos

Produção de silhuetas para que crianças cegas possam exercitar o reconhecimento
de imagens corporais. As diversidades destas silhuetas podem contribuir na formação de
novos conceitos.

Veja também:  Análise exploratória das escalas de silhuetas bidimensionais e tridimensionais adaptadas para a pessoa com cegueira.
Fabiane Frota da Rocha MORGADO; Maria Elisa Caputo FERREIRA
Revista Brasileira de Educação Especial, v. 16, n. 01, 2010

Lewis Carroll - Através do espelho

"A gente não pode acreditar em coisas impossíveis.
  Ouso dizer que você não tem praticado muito, disse a rainha.
  Quando eu tinha a sua idade, sempre fazia isso meia hora por dia.
  Bem, às vezes eu acreditei em até seis coisas impossíveis
  antes do café da manhã."

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Apenas uma reflexão

É sempre assim, toda vez que viajamos para Congressos Científicos, voltamos mais reflexivos e mais gordos. Este último não precisa de comentários, por isso, vamos direto às reflexões. Participei de um Congresso Internacional sobre Atividades Físicas e Saúde, em Costa Rica, na última semana. Na ocasião, fui apresentar algumas considerações sobre a Deficiência Visual e os currículos adaptados para esta população (um dos resumos está postado abaixo). Como era de se esperar, não vi ou ouvi nada sobre as "pessoas com deficiência." Os currículos das Universidades, em todo o mundo, continuam engessados, sem uma proposta inovadora e discutindo muito pouco temas importantes que necessitam uma nova abordagem na sociedade. Se isso não mudar urgentemente, continuaremos "abrindo cursos de pós-graduação."

Nas próximas postagens, anexo os outros resumos que apresentei no Congresso.

hasta

Resumo de uma conferência sobre Educação Física e Cegos


UN CURRICULO DE EDUCACION FISICA ADAPTADA PARA DISCAPACITADOS VISUALES BASADO EN LA TEORÍA BIOECOLOGICA DEL DESARROLLO HUMANO
Dr. Carlos F.F. Mosquera y M.Sc. Marcos Tadeu Grzelczak Universidad del Estado de Paraná (Unespar) E-mail: cfmosquera@gmail.com Brasil

RESUM EN
PALABRASCLAVES: Educación Física, Teoria Bioecológica, Deficientes Visuales.

REFERENCI AS
Bronfenbrenner, U. (1943). A constant frame of reference for sociometric research. Sociometry, 6, 363-397. Bronfenbrenner, U. (2005). Making human beings human: Biecological perspectives on human development.
Thousand Oaks, CA.: SAGE. Krebs, R. J. (2006). A Teoria Bioecológica do Desenvolviemnto Humano e o contexto da educação inclusiva.
Inclusão, Revista da Educação Especial, 1, 40-45.

Los parámetros curriculares brasileños relacionados con la educación física proporcionan
autonomía para la construcción de la oferta pedagógica en las escuelas nacionales. Por lo
tanto, el objetivo de este análisis es discutir la posibilidad para integrar en la oferta
pedagógica de las escuelas la Teoría Bioecológica del Desarrollo Humano de
Bronfenbrenner, que permite una mejor comprensión acerca de la educación inclusiva para
las personas con discapacidades visuales. También se discutirá la relación de la teoría de
Bonfenbrenner en las personas con retraso motor con discapacidad visual. Finalmente, se
mencionan algunas posibilidades acerca del trabajo del docente de educación física.