terça-feira, 29 de junho de 2010

Analogias fisiológicas

Tendemos a deixar os nossos fluídos ("óleos'' e "líquidos")corporais, com o passar da idade, quase sempre com poucas "drenagens". Me explico: crianças com hidrocefalia, se não tratadas podem levar à morte, por isso precisam drenar o líquido cefaloraquidiano. O mesmo acontece com o glaucoma, quando não conseguimos drenar corretamente o homor aquoso(o liquido dentro do olho), a pressão intra-ocular sobe e de imediato precisamos tratar. Os especialistas sabem como, no caso do glacoma. Em muitos casos, um colírio pode resolver. Não esqueça, quando mal administrado, pode matar. Minha sogra (e não é brincadeira), morreu pingando um colírio, devido as contraindicações do remédio (colírio). Na época, com uma saúde de dar inveja a qualquer jovem. Volto as analogias. O mesmo acontece, no cado das "lubrificações", com as articulações; toda vez que deixamos de nos exercitar por muito tempo, podemos sofrer de dores articulares, os casos podem ser provocados pela escassez do líquido sinovial, o que lubrifica as articulações.
Não preciso nem comentar sobre os rins, um órgão vital para a nossa saúde geral, quando não ingerimos uma quantidade mínima de líquidos (aí entra a cerveja também), podemos provocar lesões renais. Enfim, somos movidos a líquidos e as drenagens dos mesmos (fique com vontade de fazer xixi por muito tempo), se isto não ocorrer, nossas funções podem estar comprometidas. Dá-lhe líquido no corpo.

Vygotski y el niño ciego

do original.

(...) "Nuestra reseña ha concluido: estamos llegando a puerto. No figuraba entre nuestros objetivos un esclarecimiento más profundo de la psicología de los ciegos; sólo deseábamos señalar el punto central del problema, el nudo al que están ligados todos los hijos de su psicologia. Encontramos ese nudo en la ideia científica de la compensación. Que divide la concepción científica de este problema de la precientifica? Mientras que el mundo antiguo y el criatianismo veían la solución del problema de la ceguera en las fuerzas místicas del espíritu, mientras que la teoria biológica ingenua la veia en una compensación orgánica, la expresión científica de la misma ideia formula el problema de la solución de la ceguera como un problema social e psicológico. Para una mirada superficial puede parecer facilmente que la ideia de la compensación nos hace retroceder al criterio medieval cristiano sobre el papel positivo del sufrimiento, del martirio de la carne. En rigor, no es posible imaginarse dos teorias más opuestas. La nueva teoria no valora positivamente la ceguera en sí ni el defecto, sino las fuerzas contenidas en ella, las fuentes de su superación, los estímulos para el desarrollo que entraña. No simplemente la debilidad, sino la debilidad como camino hacia la fuerza es lo que aquí se marca com un signo positivo. Las ideas, así como las personas, se conocen mejor por sus actos. Debemos juzgar las teorias científicas por los resultados prácticos a los que llevan.
Cuál es el aspecto práctico de todas las teorias antes mencionadas? Según la acertada observación de Petzeld, la sobrevaloración de la ceguera en la teoria fue creada en la práctica de Homero, Tiresias, Edipo, como testimonio viviente del desarrollo infinito y ilimitado del hombre ciego. El mundo antiguo creó la idea y el tipo real del ciego eminente. La edad media, por el contrário, encarnó la idea de la subvaloración de la ceguera en el auxilio a los ciegos. Según la justa expressión alemana: Verehrt-ernahrt, la antiguedad respetaba a los ciegos, el medioevo los alimentaba. Tanto lo uno como lo otro fue la expresión de la incapacidad del pensamiento precientifico para elevarse por encima de una concepción unilateral de la educación de la ceguera: admitia ya sea la fuerza, ya sea la debilidad; empero, el hecho de que la ceguera es ambas cosas, es decir, una debilidad que conduce a la fuerza, era una idea extraña a esa época."

Lev Semiónovic Vygotski - Obras Escogidas

Congresso de Educação Especial

Anote aí:

IV CBEE - Congresso Brasileiro de Educação Especial e VI Encontro Nacional dos Pesquisadores de Educação Especial. De 02 a 05 de novembro de 2010. São Carlos/SP
UFSCAR.  http://www.cbee4.ufscar.org/

quarta-feira, 23 de junho de 2010

A misteriosa surdez de um gênio - BEETHOVEN

"Pobre Beethoven. Embora a genialidade do compositor tenha sido reconhecida muito cedo, sua personalidade sempre foi mal interpretada. A imagem que entrou para a posteridade é a de um senhor recluso e rabugento. Nada a ver, entretanto, com o rapaz de bem com a vida que ele demonstrava ser na juventude. A mudança de humor tem explicação: por volta dos 26 anos de idade, Beethoven começou a ficar surdo.
Nascido em 1770, o alemão Ludwig van Beethoven atingiu o ápice de sua carreira em 1814, quando foi aclamado o maior músico do mundo em atividade. Tinha 44 anos. Mas o misterioso problema de audição já o impedia de saborear momentos de glória. Além da surdez progressiva, àquela altura ele era atormentado também por um zumbido ininterrupto. Até que a situação finalmente evoluiu, por volta de 1816, para a surdez quase absoluta. Mesmo assim, foi na reclusão motivada pela incapacidade de ouvir que Beethoven criou algumas de suas mais belas obras - como a Sinfonia n. 9, composta entre 1822 e 1824.
Antes de perder completamente a audição, Beethoven recorreu a váriso médicos, que lhe receitaram desde tônicos à base de ervas até banhos termais e temporadas de descanso no campo. Tudo em vão. A única coisa que lhe garantia algum alívio - pelo menos para o zumbido - eram chumaços de algodão enfiados nos ouvidos. O compositor morreu, em 1827, sem que ninguém lhe apresentasse um tratamento eficiente, muito menos a cura. E a causa de seu infortúnio até hoje é motivo de controvérsia.

Revista Super Interessante, maio 2010, p. 31.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Fenotipia da percepção sensível

Da sensação

"As análises da percepção visual - formal, estrutural e colorida - indicaram que a senseção pura, vibração recebida de um mundo exterior em si, indeformável e inteligível, não corresponde a nada de que tenhamos experiência. Foi possível demonstrar que as sensações estão ligadas a relações e não a coisas absolutas, que percepções nascem dessas sensações por dupla interferência de influências exteriores que desinstrumentalizam os sentidos, e de interações mentais que lhes conferem particularidades fenotípicas imprevisíveis e não reprodutíveis. Só podemos concordar com Merleau-Ponty (1945) quando escreve: o aparelho sensorial não é um condutor, até mesmo na periferia a impressão fisioógica se vê envolvida em relações consideradas antigamente como centrais, e: o sensível é o que apreendemos com os sentidos, mas (se sabe) agora que esse "com" não é simplesmente instrumental."

livro: O olho e o cérebro
autor: Philippe Meyer

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Vitiligo

Vitiligo é uma alteração adquirida na pigmentação da pele, caracterizado clinicamente pelo desenvolvimento de manchas brancas (acromia) e microscopicamente pela completa ausência de malanócitos, que são as células que dão cor à derme. A doença já era descrita na antiguidade. O Ebers papyrus, um clássico médico egípcio, escrito por volta de 1500 a.C., já mencionava dois tipos de doenças da pele, referindo-se à mudança de tonalidade. Uma delas caracteriza-se pela afecção leprosa, enquanto a outra faz alusão à falta de pigmentação e parece tratar-se de vitiligo.

Revista Mente e Cérebro, p.59, n. 209.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Orientação e Mobilidade

Fui convidado a escrever um capítulo de livro sobre os "Princípios de Orientação e Mobilidade." No estado do Paraná, ministro esta disciplina há mais de vinte anos. Muita coisa que ensinei, são frutos da minha experiência com cegos, nem por isso foram publicadas, estão "perdidas" e não difundidas. Agora chegou a hora de sistematizar esta disciplina. Também sei que muita coisa já foi publicada, e com qualidade, mesmo assim vou arriscar a contribuir com a área. Mas acho que a opinião dos colegas sobre este assunto, pode me ajudar a escrever algo que interessa à todos. Se você tiver alguma sugestão ou contribuições, por favor, faça contatos, vou ficar agradecido. obrigado. Em breve anuncio como está a escrita do livro.

abraços

Aprenda braille sozinho

Há muito que a USP desenvolveu um programa para os videntes que querem aprender a mexer com esta técnica de leitura e escrita para cegos. Não precisa ser professor da área para aprender braille. Acho que esta técnica, todos as crianças deveriam aprender, é uma forma de comunicação muito importante. Além disso, também favorece a plasticidade cerebral e uma forma alegre e divertida de aprender algo novo.

Anote aí:  Braille virtual - http://www.braillevirtual.fe.usp.br/

Aproveite que é de graça

sexta-feira, 4 de junho de 2010

O enterrado vivo

É sempre no passado aquele orgasmo,
é sempre no presente aquele duplo,
é sempre no futuro aquele pânico.

É sempre no peito aquela garra.
É sempre no meu tédio aquele aceno.
É sempre no meu sono aquela guerra.

É sempre no meu trato o amplo distrato.
Sempre na minha firma a antiga fúria.
Sempre no meu engano outro retrato.

É sempre nos meus pulos o limite.
É sempre nos meus lábios a estampilha.
É sempre no meu não aquele trauma.

Sempre no meu amor a noite rompe.
Sempre dentro de mim meu inimigo.
E sempre no meu sempre a mesma ausência.

Carlos Drummond de Andrade