segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

TRANSTORNO DO DESENVOLVIMENTO DA COORDENAÇÃO

"O termo transtorno do desenvolvimento da coordenação (TDC) foi formalizado na terceira edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtorno Mentais (DSM-III) e revisado na quarta edição (DSM-IV). Na publicação CID-10, o TDC é denominado de transtorno específico do desenvolvimento da função motora. Apesar da nomenclatura diversificada, o termo TDC vem sendo mais utilizado, devido a encontro de consenso realizado em 1994, que reconheceu a necessidade de uniformização da terminologia e recomendou a adoção do termo a necessidade de uniformização da terminologia e recomendou a adoção do termo e critérios para diagnóstico segundo o DSM-IV. De acordo como o DSM-IV, o TDC engloba dificuldades diversificadas que afetam a capacidade do indivíduo para aprender e realizar atividades motoras que exigem coordenação. Dessa forma, observa-se atraso no desenvolvimento das habilidades motoras ou dificuldades para coordenar os movimentos. Essas dificuldades não podem ser atribuídas a outros distúrbios físicos, neurológicos ou comportamentais (paralisia cerebral, distrofia muscular, lesão cerebral etc...) Além disso, as dificuldades motoras devem ter impacto negativo no desempenho acadêmico ou nas atividades de vida diária, com desempenho significativamente abaixo do esperado para a idade cronológica e nível cognitivo da criança (BARNHART et al., 2003, VISSER,  2003; QUERNE et al. 2008)


Freitas, G.M.P.M.; MAGALHÃES, L.C.; LEITE, W.B.; MALLOY-DINIZ, L.F.
do livro Aprendizagem motora. Neuropsicologia e Desenvolvimento na Inclusão. VALLE, L.; ASSUMPÇÃO JR; WAJNSZTEJNA, R. ; MALLOYA-ADINIZ (org. 2010)









quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Protocolos experimentais

Fuçando algumas referências na área da Deficiência visual, encontrei Lakoff & Johnson, 1999, em uma tese doutoral (prometo encontrar o nome da autora da tese). As informações a seguir, detalham um pouco do que havia comentado no ano passado neste espaço; encontrar revisões que confirmem o que suspeito há tempo (apenas suspeitas e  elucubrações). Aí você me pergunta, o que isso tem a ver com as outras pesquisas? Pois bem, permita-me divagar um pouco: enxergar significa muito mais do que suspeitamos. Deve existir sim, processos visuais que desconhecemos (ou visões que decodificamos e não lembramos) e que interferem em nossas vidas. Vamos continuar sem saber o que acontece com o cérebro/visão mas, as informações que se seguem, abrem portas para uma "nova visão"de pesquisa.

(...) Cada olho humano tem 100 milhões de células sensíveis à luz, mas apenas 1 milhão de fibras que levam ao cérebro. Cada imagem precisa, portanto, ser reduzida em complexidade a um fator de 100 (compreenderam???). Isso significa que a informação em cada fibra constitui uma "CATEGORIZAÇÃO" da informação em torno de 100 células. Categorizações neurais desse tipo existem por todo o cérebro, até os níveis mais altos de categorias das quais podemos ter consciência. Quando vemos árvores, nós as vemos como árvores, e não apenas com entidades individuais distintas umas das outras. O mesmo ocorre com pedras, casas, etc... Uma pequena porcentagem - continua a autora - de nossa categorização forma-se por ato consciente, mas a maioria se forma automaticamente de forma inconsciente, como resultado de nosso funcionamento no mundo.

Acho que esse tema merece novas discussões, aguardem os novos capítulos.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Síndrome de Capgras

A Síndrome de Capgras ou delírio de Capgras, relacionado aos casos de esquizofenia, em geral são delírios megalomaníacos de perseguição. As pessoas com esta síndrome, imaginam que as pessoas próximas (pais, companheiros, filhos...) foram substituídos por impostores. Os "impostores" são idênticos aos amigos ou familiares, mas sabem que não são os verdadeiros. Identifica-se aí uma dissociação do "cérebro emocional" com o "cérebro racional", perde-se a noção da realidade e com isso o sofrimento acaba sendo uma constante.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

POR QUE NUNCA ESQUECEMOS COMO SE ANDA DE BICICLETA?

Um pesquisador californiano, Larry Squire, fez uma distinção entre os dois grandes sistemas de memória, a declarativa (memória consciente das palavras, imagens e rostos) e a procedural, relativa às habilidades motoras. Andar de bicicleta, por exemplo, faz parte dessa segunda, que se torna possível por causa de outros sistemas do cérebro (corpos estriados), e principalmente do cerebelo, que seria a sede dos automatismos. Consolidados por milhares de repetições, eles se tornam extremamente sólidos e que quase nunca são esquecidos.

Da revista PSICOLOGIA, experimentos essenciais. (Cérebro e memória)

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Carlos Drummond de Andrade

"Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial. Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão. Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui para diante, vai ser diferente."

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Teste de percepção visual: consegue enxergar rostos na imagem abaixo? Quantos? Conseguiu enxergar 10?

Atrofia cortical posterior

Um pouco mais do livro "O olhar da mente" de Oliver Sacks.

(...) A atrofia cortical posterior, ACP, foi descrita formalmente pela primeira vez por Frank Benson e seus colegas em 1988, embora sem dúvida existisse sem ser reconhecida por muito mais tempo. Mas o artigo de Benson et al. provocou um surto de reconhecimento, e há agora dezenas de casos descritos.
Os portadores de ACP preservam aspectos elementares da percepção visual, como a acuidade ou a capacidade de detectar movimento e cor. Mas tendem a apresentar complexos distúrbios visuais - dificuldades para ler ou reconhecer rostos e objetos, e ocasionalmente até alucinações. Sua desorientação visual pode tornar-se muito acentuada: alguns pacientes se perdem no próprio bairro ou mesmo dentro de casa, e para esses casos de Benson usou o termo "agnosia ambiental" (...)