segunda-feira, 26 de novembro de 2007

História que ajuda entender um pouco mais a Educação Especial

"Há setecentos anos, Frederico II, imperador do Sacro Império Romano-Germânico, efetuou um experimento para determinar que língua as crianças falariam quando crescessem, se jamais tivessem ouvido uma única palavra falada: falariam hebraico (que então se julgava ser a língua mais antiga), grego, latim ou a língua de seu país?
Deu instruções às amas e mães adotivas para que alimentassem as crianças e lhes dessem banho, mas que sob hipótese nenhuma falassem com elas ou perto delas. O experimento fracassou, porque todas as crianças morreram."

fonte: Paul B. Horton e Shester L Hunt, Sociologia, p. 77)

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

O HUMANO DO HUMANO

UNIDUALIDADE: O humano é um ser a um só tempo plenamente biológico e plenamente cultural, que traz em si a unidualidade originária. É super e hipervivente: desenvolveu de modo surpreendente as potencialidades da vida. Exprime de maneira hipertrofiada as qualidades egocêntricas e altruístas do indivíduo, alcança paroxismos de vida em êxtase e na embriaguês, ferve de ardores orgiásticos e orgásmicos, e é nesta hipervitalidade que o HOMO SAPIENS é também HOMO DEMENS.
O homem é, portanto, um ser plenamente biológico, mas, se não dispusesse plenamente da cultura, seria um primata do mais baixo nível. A cultura acumula em si o que é conservado, transmitido, aprendido, e comporta normas e princípios de aquisição.

do livro "Os sete saberes necessários à educação do futuro" EDGAR MORIN

domingo, 18 de novembro de 2007

Drogas, coisa do esporte

Como só se fala em Rebeca Gusmão, se usou ou não drogas para melhorar seu rendimento, busco, para uma compreensão mais técnica, um trecho do capítulo do livro "Ensaios sobre história e sociologia nos esportes" escrito por Ivan Waddington. ..."naturalmente, é difícil chegar uma estimativa precisa da extensão do uso de drogas para melhorar o desempenho nos esportes, uma vez que os envolvidos na prática normalmente tratam de esconder suas atividades. Entretanto, a evidência disponível sugere que o uso de drogas para melhorar o desempenho atlético tem aumentado substancialmente desde 1945 e que o seu uso nos esportes de elite está bastante difundido.
Acredita-se que o aumento atual no uso de drogas que melhoram o desempenho nos esportes data do final dos anos 1950 e começo dos anos 1960. Em 1968, o númeto estimado de atletas americanos de campo e pista que tinham usado esteróides nos campos de treinamento pré-olímpico era de 1/3 do total dos participantes (Todd, 1987, p.95). Nos anos 1970, o uso de drogas que melhoraram o desempenho atlético passou a ser considerado essencial nos treinos e/ou competições por muitos atletas. (Coni, 1988, p.B14) e existe evidência sugerindo que, desde então, o uso dessas substâncias passou a ser ainda mais comum."
Alguma dúvida em alguns dopings do séc. XXI

domingo, 11 de novembro de 2007

INCLUSÃO NAS ESCOLAS DE CAMPINAS - relato de um programa por, Claudia Mara da Silva.

Campinas tem um trabalho com alunos deficientes na rede municipal desde 1990 após Constituição Federal de 1988 que colocava como ponto “ educação é direito de todos”.
Neste inicio começou de uma forma simples com poucos alunos espalhados pelas escolas do infantil e fundamental , com apenas um professor de educação especial mediador e orientador .
A partir de 1990 um grupo de 5 profissionais da área , ingressantes no concurso público para o ensino regular, mas com graduação em educação especial ,apresentaram um projeto de orientação as escolas que na época já apresentavam um número maior de alunos.Este projeto passou a ser programa e com isto aumentando o número de profissionais .Em 1999 houve uma conquista de cargos públicos em educação especial , 200 no total, e em 2000 ocorre o primeiro concurso público efetivando 126 profissionais das mais variadas habilitações.
Atualmente estamos com 146 professores com formação em educação especial , sendo 132 efetivas e o restante contratadas.
Nossa rede é composta de 205 escolas entre fundamental e infantil e estamos com 1.230 alunos deficientes nestas 205 escolas, contamos com salas de recursos em deficiente auditivo , visuais e múltipla deficiência.
De 2005 para frente começamos a observar um ingresso maior de transtornos invasivos do desenvolvimento devido uma reorganização de verbas da Ação Social para com as entidades , quanto mais alunos incluídos nas escolas regulares mais verbas receberiam.
Com esta nova proposta o ingresso de alunos com transtornos invasivos triplicou frente ao que tínhamos, chegando hoje a um total de 28 alunos com diagnóstico e outros em processo de avaliação .
Estes números e a complexidade dos casos nos fez buscar recursos e conhecimentos pontuais para realizar um trabalho de qualidade e com a perspectiva deste aluno na escola regular, encontramos um referencial de trabalho com transtornos invasivos do desenvolvimento na rede pública de Belo Horizonte no núcleo de inclusão de Autismo, na pessoa do prof. Odilon Marciano da Mata, no qual já realizou duas formações em Campinas com resultados muito bons .
Transtornos invasivos do desenvolvimento é um quadro que nos desafia muito devido a complexidade , mas quando observamos que existe uma forma de trabalho, uma rotina , que este aluno necessita muitas vezes de um colaborador para realizar a antecipação , nos faz ver que muitas exclusões dos espaços escolares é feita pelos profissionais , por desconhecer um trabalho , não buscar formação adequada.
Os debates nos espaços escolares hoje ressalta o conteúdo formal sempre em primeiro lugar , e estes alunos trazem como características do próprio transtorno dificuldades de comunicação , dificuldades de socializar , estereotipias , rotina constante, faz com que seja um desafio estarem entre alunos normais e algumas vezes o conteúdo funcional será trabalhado em primeiro lugar, e este entendimento para escola muitas vezes é difícil.
Já obtivemos muito sucesso com alunos que ingressaram nestes anos , síndrome de Asperger formando-se na 8ª série , autistas com 12 anos ingressantes com fralda e que agora já controlam esfíncter e fazem parte da escola na sua composição , nos programas , nos passeios ,no processo da escola.
Agora nos deparamos com quadros mais complexos, são síndromes diversas que trazem o autismo como mais um fator junto aos demais nesta criança , G. é um aluno com síndrome de Down surdo cego e autista, é um desafio , uma busca contínua de trabalho , de observação e entendimento das reações apresentadas , progressos já são observados tanto do aluno quanto da escola na leitura de seu significado , pois deixamos de ver apenas conteúdos formais para repensar conteúdos funcionais porque também faz parte da apropriação deste indivíduo , não só dele e sim de todos , precisamos rever os espaços educacionais , as propostas curriculares impostas e rever nossa prática docente, muitas vezes para não sermos nós profissionais da educação as maiores barreiras encontradas por este aluno.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Fernando Pessoa

...Toda a vida da alma humana é um movimento na penumbra. Vivemos, num lusco-fusco da consciência, nunca certos com o que somos ou com o que nos supomos ser. Nos melhores de nós vive a vaidade de qualquer coisa, e há um erro cujo ângulo não sabemos. Somos qualquer coisa que se passa no intervalo de um espetáculo; por vezes, por certas portas, entrevemos o que talvez não seja senão cenário. Todo o mundo é confuso, como vozes na noite. Estas páginas, em que registro com uma clareza que dura para elas, agora mesmo as reli e me interrogo. Que é isto, e para que é isto? Quem sou quando sinto? Que coisa morro quando sou? Como alguém que, de muito alto, tente distinguir as vidas do vale, eu assim mesmo me contemplo de um cimo, e sou, com tudo, uma paisagem indistinta e confusa...

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Folha de São Paulo de hoje

Estudo reforça hipótese de que cérebro administra memória como um computador:
O que o neurocientista Sidarta Ribeiro diz sobre o assunto: no cérebro, a estrutura chave por trás da memória de curto prazo é o hipocampo. Funciona como a memória RAM de um computador. Ele registra apenas as informações que precisam ser guardadas por breves momentos, como as letras de um texto no momento em que está sendo digitado.
A estrutura principal da memória de longo prazo no cérebro é o córtex, que cobre a superfície do órgão. Ele seria como um disco rígido de computador.
O grande achado dos pesquisadores brasileiros (um laboratório de pesquisa inaugurado recentemente em Natal, isto mesmo, no nordeste brasileiro, fazendo pesquisa como os países desenvolvidos) é que o cérebro, num processo que dura poucos segundos durante o sono, o hipocampo e o córtex entram em sincronia com seus neurônios, transferindo informações de uma estrutura para a outra.
Por isso, meu leitor(a), que são poucos ou poucas, durma sempre bem.

Mais informações: www.frontiersin.org "Frontiers in Neuroscience"

Pós Graduação em Pranchita/PR